Quando eu fiz parte do conselho da OAB/ES, votei contra criação das provas para habilitar advogados. Se o estado reconhece os cursos de direito, não pode permitir que entidade, que não é pública , autorize o exercício da profissão. Muitos bacharéis reprovados nas provas da OAB foram aprovados em concursos públicos para as polícias civis, estaduais e federal. Alguns são juizes e membros do Ministério Público. Como se não bastasse o autoritarismo de entidade profissional, exercido por um grupo que discrimina a participação em seus quadros dos advogados independentes, o mal alastra-se ao médico. Parece punição a profissional , sabidamente arrogante, que recusa-se trabalhar em rincões do país e insurge-se contra vinda de médicos do estrangeiro sem prova de revalidação, contrariando diretrizes do governo petralha.
Exigir de pessoa que estuda , sem apoio algum do estado, paga sua habilitação e conhecimento, esquenta os bancos estudando como ninguém,tenha acrescido dois anos de prática médica, doados ao estado.
Quem teve esta idéia de exigir dois anos de prática, com remuneração pequena , analisou o número de profissionais da medicina. Sabe que , mesmo se fizerem protestos nas ruas, serão pacíficas, ordenadas e sem nenhuma repercussão, como foi na semana passada. A preferência pelo local do exercício profissional faz parte do direito de ir e vir, de trabalhar, protegidos pela Carta Magna.O contrário é trabalho forçado.
No Curso de Direito, o aprendizado da prática é feito nos atendimentos durante o curso, ligados a Departamento de Atendimento Judiciário Gratuito das faculdades ou Defensorias Públicas.Obrigar o atendimento no SUS, em extensão após residências médicas, especializações é golpe nas vocações médicas e escolhas de suas especialidades. Não pode prevalecer oito anos para uma pessoa estar habilitado e exercer sua profissão. O estado não pode obrigar o exercício da medicina em regras autoritárias e ideológicas.
Por simples análise, entende-se o motivo dos quebra-quebras nas manifestações públicas.Se fossem ordeiras não seriam ouvidas.
Mais informação ? KLIKA
Os petralhas e a piada pronta? KLIKA
2 comentários:
Olá, Magui, vi hoje uma entrevista com o presidente do CFM e, pelo que entendi, ele falou que esses dois anos seriam durante o curso, no final, antes da residência e da especialização. Isso envolve risco para a população, porque se trata de estudantes, exercendo uma profissão em que aina não estarão habilitados. Teoricamente, esses estudantes teriam 'supervisão' de médicos e professores e nós sabemos como isso vai funcionar... Segundo o entrevistado, isso já não funciona, na supervisão das residências médicas que já existem.
Enfim, mais um equívoco ou malandragem desse governo inqualificável (não encontrei um adjetivo à "altura").
Trabalhei na implantação da filial de uma escola de uma rede muito conhecida em uma cidade do interior. Qdo cheguei haviam vários estudantes de medicina fazendo estágio nesta cidade ( pequena e carente), Almoçavamos juntos na casa em que moravam. Bagunça, bebedeira, namoros, um horror. Levantavam às 10 horas e não tinham acompanhamento de um professor. A prefeitura local fez todo o possível para equipar o hospital local para que atendessem bem os pacientes. Não deu certo. Em 6 meses o prefeito desistiu e acabou com a farra. Muito triste. Isto foi há 10 anos. Imagine agora....
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