Mas, quem se importa? Importa que podem acessar, pela internet, as páginas nacionais e falar mal de tudo e de todos, jogar pedras para cima para afogar suas frustrações de latinos apátridas. Dar-se como mais importantes porque saíram do Brasil, como se isso fosse novidade. Para eles é sinal de coragem sair daqui e ir pra lá como se os seus ascendentes não tivessem feito o mesmo. Sedentário fica e planta e o nômade vai onde o capim é mais verde.
Mudar para outro lugar, dentro do Brasil e trabalhar duro para fazer um país melhor, não. Afinal, se fosse assim teriam que misturar-se à gentalha que fala alto, dá risadas, ouve funk ou sertanejo. Tão diferente da gritaria das gargantas do Tio Sam ou dos seios mostrados para os cantores pops da Zoropa, encarapitados nos ombros dos nativos, nos shows a céu aberto e que lhes dá tanta água na boca. Ali ninguém tem celular roubado e podem exibir, tranquilos, seus desbundes.
Por aqui, querem empregados dando tudo nas suas mãos. Lá, são empregados a servir. A diferença é que lá são os americanos e aqui são os macacos. América é lá. Aqui é Brasil. Aqui é nóis!
Não me canso de suplicar a essa gente para esquecer seu país de origem como fizeram meus avós quando vieram da Zoropa. Com uma mão na frente e outra atrás. Depois, falavam somente o português, sem sotaque, e nunca mais voltaram. Fizeram história e transmitiram para seus descendentes a liberdade e a obrigação de ser forte para construir o futuro a longo prazo. Principalmente dentro de cada um.
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