segunda-feira, 10 de abril de 2017

O cinismo das lutas sociais

                                    
Um segmento da sociedade brasileira finge o que lhe dá na telha. Todos vem novela da Globo e, portanto, vem o Big Brother Brasil.
Quando um ator mete a cara com uma figurinista desconhecida os aficionados da Globo pulam na frente para demonizar sua atitude. A enxurrada de protestos e textões infestam a net. Os mesmos jamais mexeram um dedo com a verdadeira discriminação ou violência contra a mulher mas a mobilização é tocada como cordas de fantoches. Eu sei, eu vi. Poucas assumiram e assumem exposição por qualquer exigência de mudança a não ser para levar vantagem ou movidas pela vingança.

Eu não acompanho BBB porque não gosto dos tipos que lá aparecem. Eu vi o BBB7 porque gostei dos participantes e gosto deles até hoje. Mas não sei como funciona e nem como se ganha. Leio textos e seus comentários no UOL porque tem abertura para isso. E, meus comentários devem ser tão sem noção, porque não vejo o programa, que sequer são publicados. 

Em meio aos protestos por assédio sexual em sua figurinista a Globo patenteia violência de um participante contra uma ninfeta e na cara dos que acompanham o programa. Pelo que foi veiculado, se foi verdade e não encenação, é motivo de interferência do Ministério Público. Não importa se as pessoas gostam ou não do BBB, ou se a participante sujeita-se à violência explícita. A autoridade não pode ser seletiva. E violência não exige iniciativa da mulher ofendida.

Esses militantes de causas sociais são gente que procuram a mudança desde que a exposição pública não lhes renda revertério na berlinda do discurso decorado. Nenhum é fiel à causa mas ao bastão de um chefe interesseiro. Para essa gente, não é de bom tom misturar-se com os supostos incultos que participam do BBB. As vestais da defesa não se misturam e ninguém sabe se o olhar escolhe quem o eleva mais e mais, para o bem ou para o mal.

Enquanto isso, fazer vista grossa aos acontecimentos seletivos, cobre com o manto do cinismo qualquer luta social. 

Ai, que feio falar de BBB e supostos direitos ali infringidos. Que mediocridade ...

Tá por fora? Eu também. Então  KLIKA



quarta-feira, 5 de abril de 2017

A César o que é de César

- Meu casamento
                                  

Eu sou feminista e, por assim ser, fui muito discriminada. Podia ter sido esse tipo que lamuria, faz drama, choraminga e nada faz de concreto. Tem gente que trata o ser mulher como sintomatologia de doenças ou incapaz, como os loucos de todos os gêneros. Está rindo? Pois foi assim até 1961 e esta expressão é da lei. 

As amarras do sistema escravizam homens e mulheres. Nunca fiz parte de quem protesta contra agressões a mulher. Faço parte da facção que defende ser a luta contra assédios sexuais, agressões e ataques criminosos, obrigação e dever de quem sofreu esses atos. Não tem cabimento alguém, que nunca sofreu isso, puxar protesto, fazer parte de movimentos agressivos, enquanto as interessadas dormem em berço esplêndido. Se são pessoas fracas que admitem um homem meter a cara com elas, que procurem reação nelas mesmas. Usar a força moral de quem sabe impor-se, também é uma violência.
Falo isso com propriedade porque fui presidente  de grupo feminista, sofri agressões públicas e privadas, inclusive de mulheres. É mais fácil um homem defender uma agressão desse tipo do que uma mulher. Aliás, nesse momento , não me lembro de mulher alguma, dando passo a frente mas lembro bem da fisionomia e das atitudes de alguns homens. Pelo contrário, mulheres me abandonaram na planície e isso, na guerra, é considerado traição.

A mulher não é feminista e nem feminina. A mulher é a fêmea da espécie humana, do homo sapiens e evoluíram juntos. Mas o sistema, as conjunturas, as circunstâncias da vida, as peculiaridades forjaram as diferenças no tratamento social. Ninguém é santo ou demônio nessa história. A formação do XX ou do XY vem acompanhado de outros cromossomos e as características transmitidas não param por aí. Mulheres líderes, dominam no público e no privado e em qualquer civilização. Quem quiser buscar diferenças, lidere seu discurso mas não cuspa em quem não o acompanha.

Quando eu me casei, há décadas, a lei não era clara o assumir os apelidos do marido. Mas eu, desde meus dez anos, já tinha definido que não mudaria meu nome se me casasse. Eu me diverti muito com namorados, quando eu puxava assunto com essa vertente, só para ter certeza que o cara era um bestunto. Um deles , engenheiro de trinta anos e eu com vinte, disse que o nome era um carimbo a ser colocado na mulher para mostrar que ela tinha dono. Quando retruquei que seria como um ferro em brasa nos animais, ele concordou. Pelo menos isso não deixou que eu me esquecesse dele. 

Eu me casei sem lorotas, sem vestido de noiva, sem que papai me levasse ao altar, sem ninguém levando alianças. Como meu noivo morava fora de Belo Horizonte, papai foi seu procurador. Nos preparativos dos papéis no cartório, papai estava comigo quando o tabelião perguntou como ficaria o meu nome depois de casada. Perguntei só para zoar, como assim ? Fiz que era burra. Ele explicou e explicou que a mulher mudava o nome com o casamento. Talvez não tenha percebido que estava falando com uma advogada. Quando, afinal, eu disse que ia manter o nome de solteira papai teve um troço. Dizia que eu estava insistindo no absurdo, que pensasse bem. Olhei fixamente para ele e perguntei se ele estava desconhecendo a filha que tinha. Quem sai aos seus não degenera. E, ele nunca mais tocou no assunto. É óbvio que eu havia conversado com Eldes  e ele me respondera, faça o que achar que deve, isso é assunto seu. E, olha que me casei três vezes, de uma só vez : Um no civil, outro no católico e outro no presbiteriano em um casamento ecumênico, com padre e pastor, com convicções diversas quanto o casamento. Poucos puderam  presenciar na vida uma coisa dessas, curiosa, no mínimo.  Durante minha vida, ter mantido meu nome inalterado, gerou situações interessantes. Um dia conto aqui para que percebam como a sociedade mudou. E, nunca fui para  jornal fazer escândalo. 
A busca pela igualdade, na sociedade e na civilização, tem várias frentes. Eu fiz a minha parte de muitas formas, contribuindo direta ou indiretamente.
Que venha o futuro no passo do cognitivo pessoal e coletivo. Paciência...

terça-feira, 4 de abril de 2017

O cara do Obama

- Boca fechada não entra mosquito ...
                          
 A  ERA PT
Texto de João Alves

O pobre não entrava na faculdade. O que o PT fez? Investiu na Educação? Não, tornou a prova mais fácil.
Mesmo assim, os negros continuaram a não conseguir entrar na faculdade. O que o PT fez? Melhorou a qualidade do ensino médio? Não, destinou 30% das vagas nas universidades públicas aos negros que entram sem fazer as provas. Querendo dizer que eles não tem capacidade. 
O analfabetismo era grande. O que o PT fez? Incentivou a leitura? Não, passou a considerar como alfabetizado quem sabe escrever o próprio nome.
A pobreza era grande. O que o PT fez? Investiu em empregos e incentivos à produção e ao empreendedorismo? Não. Baixou a linha da pobreza e passou a considerar classe média quem ganha R$300,00.
O desemprego era pleno. O que o PT fez? Deu emprego? Não. Passou a considerar como empregado quem recebe o bolsa família ou não procura emprego.
A saúde estava muito ruim. O que o PT fez? Investiu em hospitais e em infraestrutura de saúde, criou mais cursos na área de medicina? Não. Importou um monte de cubanos que sequer fizeram a prova para comprovar sua eficiência e que aparentemente nem médicos são. (Um já foi identificado como capitão do exército cubano)
Alguém ainda duvida que esse governo foi uma tremenda mentira?
(Texto de João Alves)
Espalhem!!!! Tipo vírus... pra todo mundo ver o que fizeram com esse país

           
      


O engodo do sistema

                       

Na sociedade contemporânea, a prioridade com a violência não fica longe do mundo antigo. O ser humano oscila entre a tranquilidade e a tempestade em si mesmo. Quando não pratica a violência para si, para os seus, procura no exterior. Sempre foi assim. 

O Brasil não fica atrás na violência de sua sociedade. Se não cria guerras oficiais deixa ver a violência na população. Em alguns lugares é uma verdadeira guerra, como no Rio de Janeiro. 

Com relação a violência doméstica, o governo tem responsabilidade direta. Ao divulgar matérias contra a violência não é educativo mas rancoroso, raivoso,vingativo. Nas entrelinhas fica claro o incentivo a velha guerra dos sexos. Em nenhum momento prega a paz na família, o controle dos atos e da raiva, a necessidade do companheirismo entre as pessoas como melhoria da qualidade de vida. 
Eu não sei quem está por trás dessas campanhas que atingem todos os segmentos da sociedade em cruzada cheia de ódio e vingança. Destila nos textos, nas fisionomias.

Quanto lemos sobre ataques terroristas na Europa, sabemos que é revanche cheio de ódio, uma guerra escondida nos meandros da sociedade. E cada sociedade tem a guerra que cria, nas diferenças e nos interesses inconfessáveis.

A paz, o respeito começa em casa, na mídia, nos filmes, nas obras de arte, espalha-se pelo inconsciente coletivo. Assim é quando países levantam estátuas e monumentos em homenagem a guerras e seus comandantes. O mesmo aplica-se a violência, a guerra, ao ódio e a vingança.

Campanhas a favor da paz, pelo fim da violência e dos abusos precisam destacar esses itens e não apresentar gente espancada, sendo violentada, em guerra, mergulhada no ódio porque o inconsciente coletivo e particular  vai buscar a revanche, no embutido da mensagem.

A quem interessa o engodo?


sábado, 1 de abril de 2017

Prozamigo ...

- Quem nasceu para viver na gaiola nunca voa a liberdade 
                                                         
De jeito nenhum vou usar o meu blogue como plataforma para escrever contra alguém. Da política muito menos. Pelo que leio por aí, existe uma crise no sistema político do mundo todo. Com a super população, o aumento da criminalidade da qual o terrorismo é uma faceta, aqueles que exercem a política sequer andam em público com  tranquilidade.

Há uma ou duas décadas era comum encontrar políticos andando nas ruas. Na cidade turística onde moro atualmente, essa gente andava de chinelos e bermudas, parava na rua para conversar, se encontrava algum conhecido. Ninguém parava um homem público para pedir emprego ou pagar a sua conta de luz. Mas com o intrincado jogo social, o aumento da população e a divisão da riqueza, virando a esquina para ficar com meia dúzia, toda a estrutura e o papel de quem a conduz ficou perdida.
O segredo para ser feliz no mundo de hoje é não destilar adrenalina ou queimar neurônio com essa gente. Para colocar o peito na ponta da baioneta é preciso interesse direto ou a coragem de quem não tem nada a perder.

José Dirceu, o petralha, hoje um símbolo de bestunto perdido nas oportunidades que a vida lhe deu, escreve cartas prozamigos, de dentro  da penitenciária onde está preso.  Certamente, na vã esperança de serem publicadas, como foram as de José Lins do Rego. Mas esquece que na cadeia nada mudou e na vida ele tropeçou como qualquer chefe de quadrilha que não perdeu a embocadura. E, pelos textos divulgados, ninguém vai passar da terceira frase. Aceita, Zezinho, que dói menos!

sexta-feira, 31 de março de 2017

Nuvens negras no horizonte

Foto de Mhaia Maia.Céu de Guarapari/ES. Nuvens negras no horizonte
                   

O meu medo é perder minha memória. Quando vou a academia não preciso de ficha, de ajuda porque acredito que guardar a sequência dos exercícios faz parte do treinamento. Evito fazer listas ou memoriais no cotidiano, como exercício.

A falta de respeito com a pessoa que envelhece aumenta na proporção que a idade avança. E, eu quero ser invisível na minha velhice. Para isso me preparo. Sei bem, que o idoso deve ser independente porque a vida não dá mais tempo para ninguém ser cuidado por parentes. A vida é dura com todos e a sobrevivência profissional não dá trégua. 

Acho de uma hipocrisia sem limites uma pessoa beber, fumar, usar drogas ilícitas, fornicar com tudo e todos sem limites ou pudores, cultivar a arte de comer, dormir mal ou saltar noites de sono e, no final da vida, quando o corpo dá um piripaque, ter ajuda de quem se cuidou.
Se a pessoa tem uma doença natural, que chega sem dar causa, hereditária ou porque a vida foi dura demais e trouxe as consequências é outra coisa. Precisamos ser solidários com todos mas com cachaceiro e farrista não acho justo.

Falo de mim, que tenho saúde, boa formação congênita e não posso empatar ninguém porque sequer tenho a quem. Mas meu medo é perder a minha memória que sempre foi ótima.

O primeiro sinal aconteceu por esses dias. Eu fiz uma petição ótima mas minha memória me traiu quanto a competência de juízo. Não bateu , não emergiu, não veio à tona e ajuizei com erro. Nada grave porque o juiz mandou distribuir outra vez para a Vara correta. Apenas perdeu tempo. Mas estou preocupada com essa falha de memória e com medo que ela se repita. Entrei em pânico, me deu medo. Até perdi sono esta noite.

Que venha o futuro e que  vida tenha pena de mim.

Educando para a vida

- Se quer ver maior klika na foto.
 Chefe Boran cuidadoso com  um dos filhotes, que começa a descer para os galhos 
                          
Uma lição interessante vem do tratamento que Chefe Boran tem com seus filhotes.
Eu sei que ele é o chefe pelo olhar,  porque nunca corre ao menor ruído, vive atento olhando pros lados e me encara nos olhos sem medo. 
Com os filhotes é muito cuidadoso e assume carregar nas costas pulando de galho em galho. Como os mais velhos de dois anos, foram levados pelo pessoal do IBAMA, os que ficaram ainda são pequenos demais para carregar seus irmãos mais novos que estão com  um mês. Notei que houve uma recusa ou não conseguiram. Então, ele foi obrigado a assumir sozinho.
O treinamento para sair das costas, pular nos galhos e voltar sozinho para casa é uma aula. Ele fica de longe, escondido e, mesmo que o filhotinho chore, ele não sai do lugar. Como nascem aos pares e andam juntos, tem sempre um mais espertinho que descobre como não ficar andando em círculos pelos galhos da amoreira.  Eu vi Chefe Boran pegar cada um nas costas, uma vez, e mostrar qual o caminho a seguir. Não sei se ele fez isso várias vezes mas o vejo  impassível, observando os filhotinhos, ir e voltar, até achar o caminho que é passando pelos galhos emaranhados do limoeiro e da sibipiruna da rua. Os outros pulam, direto, do muro para o tronco da sibipiruna.

Para começar a comer banana é muito interessante porque ele me vigia e não deixa eu dar pedaço grande e puxa o filhote quando come um ou dois pedacinhos. Parece que ele controla a quantidade de banana enquanto não estão totalmente desmamados.

Tem um deles, o que sobrou no par onde Tortinho morreu, pensávamos que era fêmea e demos o nome de Lili. Mas, ao descobrir que era macho, passamos  a chamar-se Lilico. Este parece ser um tipo de batedor. Ele chega primeiro, procurando comida e dá o sinal para todos virem. Boran exige ser o primeiro mas deixa os outros pegarem um pedaço  da sua parte sem perder a pose. Aquele que vem com tudo ele dá um chega prá lá e um grunhido, sendo obedecido. A princípio Chefe Boran mordeu meu dedo e não sei se foi por não saber pegar na minha mão ou se para mostrar poder. Deu uns tapas no Maurício e em mim talvez para exibir poder e comando, mas hoje são todos mansos. A convivência é boa mas eu não sei se ele são  capazes de me reconhecer fora daqui. Não consegui determinar porque eles me olham quando passo lá embaixo na rua, assovio para eles, mas não me acompanham como fazem os cachorros. O mesmo assovio que eu uso para eles virem ao quintal e saberem que estão seguros; pelo menos é a minha intenção.

Eu já tive cachorrinhos mas hoje prefiro animais livres e soltos. Eu poderia pegar um deles para ficar comigo dentro de casa mas não o farei. Dá vontade de ter um sagui nos ombros, andando para todo lado. Mas precisamos vencer esse sentimento de posse, tão humano e tão inconveniente.

Passam aqui em casa na ida e quando voltam para casa, na sibipiruna lá do lote em frente. Às vezes entram em casa, até a sala mas é caçando, procurando insetos debaixo dos móveis, atrás das portas. A toca deles, é um cupinzeiro muito grande lá no alto da árvore, no lote em frente e  que eles desativaram para fazer de casa. Também, tenho a impressão que, ao sentirem que está sendo feito o almoço, eles costumam aparecer para comer. De bobos não tem nada. Eu disse ao agente do IBAMA que é impossível não interagir com eles. Ele viu e aceitou a minha teoria. Não há saída... Na verdade a vizinhança toda interage com eles, sem muita disciplina mas quando dá na telha. 

... Inté o próximo capítulo

quinta-feira, 30 de março de 2017

O platônico

                              
Justin Bieber está no Brasil em turnê memorável para suas fãs adolescentes. Ele é alvo de um tipo de amor  indispensável para a formação do cognitivo emocional da mocinha e para toda a sua vida.
Quem nunca teve um amor platônico não  ama livremente na fase adulta. Sem ter esse sentimento a pessoa não ama de verdade ou constrói um amor possessivo que não sabe lidar com a perda, com o distante do outro, com o espaço de cada um. 

Muita gente, de forma estúpida e ignorante, ofende as moças que sentem seu delírio por uma figura longínqua e distante como se isso fosse um mal a ser cortado pelos pais. Ledo engano. Respeitar o desabrochar para o amor não tem nada a ver com o concreto, com a verdade na pessoa do rapaz, alvo do sentimento que só os jovens sentem. É totalmente empírico. Melhor amar uma pessoa do que um gato ou um cachorro.

Na seara masculina, não sei porque, a sexualidade é direcionada ou para a pornografia ou mulher nua. Portanto, que observem mais que tudo, para saber a diferença na formação da sensualidade e da trajetória de um e de outro.

Minha adolescência era Elvis, Elvis, Elvis. Ele também foi execrado, chamado de transviado, de lixo branco sulista e proibido por pais que não entendiam o que acontecia com suas filhas. Também sofreu processos de inimigos, ávidos por transformá-lo em mau-caráter. Só depois de sua morte, contrariando os haters de sempre, é que se pode saber quanto era doente, quão foi generoso, como escondia suas mazelas para não arranhar sua figura de ídolo de tantas mulheres. Seus detratores jamais pediram desculpas enquanto ele era vivo mas escreveram livros e ficaram ricos com o seu nome e fama, como uma espécie de retratação.

Muitas mocinhas que foram  ver o show de Justin Bieber, viajaram pela primeira vez, sozinhas, em grupo com outras fãs. Vieram de longe, de perto, dali e daqui e nada substitui esse momento. Fizeram amizades e conhecimentos, marcaram para sempre a capacidade de amar o amor. O cantor tenta controlar essa massa de adolescentes, manter o controle em cada uma, educar e deu certo. As regras que ele impôs foram obedecidas e isso é bom, também, para ele medir a dimensão de seu sucesso e fama, um cantor que saiu da  adolescência e  firma-se na  sua própria vida.

Aos invejosos, que recolham-se, sem memória própria de uma vida bem vivida. 

Informação? KLIKA AQUI


quarta-feira, 29 de março de 2017

Nostalgia

                                     

Aqui vai uma filmagem do casamento da minha tia Carmem com Tio Franz, a caçula dos treze filhos dos meus avós maternos. Imigrantes da Europa. Minha avó aparece, nasceu na Espanha, em Salamanca e meu avô era da Itália, de Pádua mas já falecido nessa ocasião.
Talvez seja do ano de 1951 ou 1952.
No filme aparecem alguns familiares, inclusive mamãe e papai.

Estou publicando como meu arquivo e para mostrar como era um casamento naquele tempo, a roupa da noiva de um Brasil que perdeu-se no tempo. Família da TFM de Belo Horizonte / MG.

Os que aparecem? Todos na saudade.



terça-feira, 28 de março de 2017

Recolha-se ao ostracismo

                          
A política nacional tem muitos erros. Mas essa cambada que devia sair da berlinda e dar lugar para quem chega é  terrível. 
Políticos que trilharam seu caminho, cumpriram sua trajetória, deviam recolher-se às páginas da história. 

FHC é um deles.O que faz esse cara que não ocupa nenhum cargo, está aposentado e continua colocando o nariz de fora  do mergulho a que tem direito?

E, não é somente para dar pitaco sobre novos políticos ou novas idéias mas pegar a legalização da maconha. Tem cabimento, nesse momento político pelo que passa a nação, onde reformas importantes são discutidas a múmia sair do sarcófago para pedir que o Congresso discuta a legalização da erva ?

- Senhor FHC, pode fumar seu baseado tranquilo que ninguém vai denuncia o cheiro que sai de seu apartamento. Mesmo porque, contra o bater de pino do seu cérebro, todos preferem a quietude do que a volta. Recolha-se ao ostracismo que o Brasil agradece...


Passou o cavalo encilhado...

      - Pra quem não acredita, gravei da minha casa os estudos de mãe e filho
   
Apareceu na minha vizinhança uma família, vinda do interior da Bahia. O cara traz seus cachorros para fazer cocô  na grama em frente da garagem da minha casa. Eu pedi a ele que recolhesse porque se ele não o fizer, eu terei que fazer. Ele nem tomou conhecimento.

Então, toda manhã, a esposa dele estuda com o filho e grita, xinga, diz palavrões  e berra "presta atenção". Um dia, dois dias, três dias você aguenta mas todo dia vai dando nos nervos. Ainda mais porque não é assim que se ensina uma pessoa.

Então, quando eu estava molhando minhas plantas, o camarada sai na rua com os cachorros. Até então, eu não sabia que a gritaria era do apartamento dele. Cumprimentei e perguntei se ele sabia de qual apartamento a mãe estudava com o filho e ele respondeu que era dele.

Eu lhe disse que ouvia a mãe, estudando com o filho. Falando junto comigo ele disse que o filho não prestava atenção e que eles tinham vindo do interior da Bahia onde o ensino era mais fraco do que o daqui. Que o menino ficou seis meses sem estudar porque não havia vaga. Que a mãe não tinha paciência. Eu respondi que não era impaciência mas falta de conhecimento de como ensinar e que haviam métodos diferentes para cada tipo de inteligência.
Pois é, por isso mesmo queria me oferecer para estudar com a criança toda manhã até ele pegar o prumo. Que isso não ia durar nem vinte dias. Era só detectar as falhas, os conceitos mal dados no português e aritmética. Expliquei a minha experiência e que eu com dezesseis anos já dava aulas particulares para crianças com dificuldades no aprendizado, depois fui professora. Que o menino ia dar um salto. Ele perguntou qual o preço e eu disse nenhum. Se ele quisesse podia aparecer as nove horas da manhã seguinte.
Na manhã seguinte eu estava a postos, fui até o portão para facilitar e, até hoje, não veio ninguém. Já o vi, depois,  com os cachorros e cumprimentou sem levantar a cabeça.

Quando eu fiz o Curso de Formação para professora no Instituto de Educação de Minas Gerais eu li, tirado da biblioteca,  Os Quatro Gigantes da Alma do espanhol Myra e Lopez. Um dos melhores livros que eu li na minha vida. Cala fundo no aprendizado da pessoa e sua composição e facilita a compreensão do magistério. E, vivendo esse episódio, lembrei-me que o ser humano não mudou quase nada pelos séculos afora.

Uma pessoa é medíocre porque não sabe aproveitar as oportunidades. O cavalo passa encilhado e a pessoa não monta. Como um pai desdenha uma ajuda para seu filho e que não traria nenhum prejuízo, nenhum esforço a não ser atravessar a rua?

As diferenças individuais é que trazem as outras diferenças, sejam quais forem. Fiquei agoniada com essa família e o que me deixa tranquila é que eles irão embora e nunca mais vou saber no que foi a vida dessa criança.

Nota: Myra e Lopes? KLIKA




Cuspindo pra cima

- Acabou de cortar um arbusto de três metros de altura, no facão.

                                           
A propriedade privada é consagrada na Constituição Federal. Mas regulamentada para ser desapropriada por motivo social. Há quem direcione os olhos para propriedade rural, grandes fazendas improdutivas. Mas deviam fazer o mesmo com lotes urbanos abandonados na prática e no pagamento dos impostos. Se eu tivesse poder, fazia uma lei que autorizasse desapropriar um terreno urbano abandonado. Tem gente que possui muitos imóveis desse tipo e deixam ao deus dará. O mato cresce solto, árvores e arbustos como se fosse  em uma floresta. Pode ser exagero? Nem tanto, pois eu moro onde há resquícios da Mata Atlântica e uma semente vira árvore em cinco anos. Crescem a olhos vistos quando cai uma chuvinha.

Ao redor da minha casa tem muitos lotes vagos. Duas mulheres são donas. Uma por herança do pai porque  era uma chácara e tão logo o crescimento urbano chegou, foi loteada. A outra foi uma prostituta nativa  daqui da  cidade, que exercendo sua profissão no Rio de Janeiro,  conheceu um cidadão da Suiça na orla marítima, casou-se com ele  e ele investiu nas redondezas. Com a morte do zoropeu, a mulher tornou-se proprietária dos lotes que inclusive estão à venda pelos olhos da cara. Mas não manda limpar e o mato toma conta se não tomamos alguma providência. Eu pedi a ela o telefone para qualquer eventualidade mas ela deu-me o número errado. E, a situação do lote, atrás da minha casa ficou terrível.

Quando havia pleno emprego no país, a desculpa para não encontrar um cara para carpir o lote era que todos estavam empregados. Mas agora que a casa caiu, também não há nenhum homem que tope cortar o mato ou as árvores ainda em crescimento. Nem pagando o preço de uma consulta médica. Já marquei com dois que não vieram. Meu filho mais velho me enrolou e não fez o serviço duro, difícil e que requer força e vontade.

Até que meu filho mais novo, que cultiva a boa forma e o preparo físico, beirando o narcisismo porque é muito bonito e elegante, topou a parada. Precisou colocar duas luvas e mesmo assim deu bolhas nas mãos. O Sol inclemente não deu moleza. Fez o serviço mais urgente mas é perfeccionista e quer voltar outro dia. Eu não acho necessário porque não é para cortar todas as árvores, só as que rodeiam a casa, pois Chefe Boran anda por ali com seu bando. E, como cortaram outras árvores, limpando outros lotes, ele vai ficar quase sem opção.

O péssimo prefeito atual da cidade devia fazer como Paulo Hartung quando foi prefeito de Vitória, que cunhou uma lei onde dá desconto significativo no imposto para quem faz uma horta ou um jardim em seu terreno sem uso.

Enquanto isso, eu tenho que fazer o que um grande proprietário devia fazer mas reclama do governo porque este não cumpre suas obrigações. Para essa gente, cuspir para cima é a tônica.