quarta-feira, 4 de maio de 2016

Condor


                             

Não é raro envelhecer e ficar cheio de dores nas juntas. As charges mostram os velhos capengando. Tem um bloco de carnaval em Guarapari com o nome de Condor. OH!

Pois chegou a minha vez. Talvez por excesso de exercícios físicos nas academia ou por genética, pensei que ia acabar na cadeira de rodas. O meu tendão de Aquiles estava me matando assim como meus tendões dos pés. Melhorava e piorava num alívio e dor. Além de um cansaço monstro e dor nas pernas. Fui ao médico, receitou isso e aquilo mas pouco efeito fez. Quase dois anos. Não voltei lá nem fiquei insistindo porque ninguém sabe nada, é tudo experimento.

Meu filho Marcus é um atleta e muito atento às baboseiras do corpo. E, pela profissão, tem que fazer exame físico de seis em seis meses. Para resumir: Numa dessas tomou conhecimento que as dores articulares e de coluna, artrite, gota , cansaço e o escambau é falta de magnésio no corpo.

Uma frasco custa dez reais. Resolvi tomar duas pitadas ao dia: Pela manhã em jejum e à tardinha. Como disseram, em dois dias minha dores sumiram completamente e estou andando normalmente, estou mais animada e voltei à academia de onde preferi me afastar um mês na tentativa de me sentir melhor.

Vou me privar de falar poucas e boas contra os médicos. Os farmacêuticos podem substituir muitas de  suas  práticas porque são eles que conhecem a composição dos remédios. E, o magnésio é produto natural , tirado da água do mar, sendo  excretado pela urina se estiver sobrando no organismo.

Quem estiver na mesma situação, vai por mim, e aproveite os tempos modernos.

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 Nota: Se puder, se achar que deve : #compartilhe

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Bebedouro no limoeiro do quintal

                                                                        
Meu vizinho fazia academia no mesmo horário que o meu. Anda sumido. Talvez esteja em sua fazenda no interior de São Paulo. Se fosse capixaba nunca teria conversado comigo pois não existe pessoa mais fechada do que os naturais do ES. Roberto Carlos é o mais proeminente e perfeito representante desse lugar. Quando falam que ele é arrogante porque  não libera publicação de sua biografia, respondo que só fala isso quem não conhece os costumes daqui. Ainda mais de Cachoeiro que se nomeiam a capital do mundo. São fechados, fechados, fechados, fechados. Já fiz teste em fila de banco: Se você puxar conversa e responderem com um grunhido é capixaba ( eu pergunto) mas se entabular conversa é de fora.

Pois bem, meu vizinho, quando estávamos fazendo esteira, deu a sugestão de eu colocar um bebedouro para os saguis. O calor intenso pressupunha muita sede nesses macaquinhos. Ainda mais que as piscinas foram cobertas por conta do  aedes aegypti. 

Aceitei a sugestão, cortei uma garrafa pet, na horizontal, amarrei no limoeiro e, a partir daí, troco a água toda manhã. Algumas vezes troco no começo da tarde porque o nível desce ou fica suja.
É que os saguis são os que menos tomam água. Os pequeninos talvez. Mas o número de pássaros tomando água e banho é grande. O dia todo. Até formiga toma água, borboleta. O gambá ou gambás, não sei, tomam banho à noite porque a água fica empoeirada. Apareceram outras espécies, um verdinho do tamanho de um garrincha, um branco e preto de perna fina. Marcus comentou que , ao virar e entrar  na rua,   é um impacto, pela quantidade de pássaros na grama, nas árvores, no mato, em volta da casa. A cantoria é grande e eu gravei mas não consegui passar do celular para cá. Vou pedir Maurício para me ajudar.

Eu, ainda comprei dois ninhos de madeira e estão na comunheira da varanda do segundo andar. Também amarrei a casinha de barro porque notei que não estavam fazendo ninho, não criam no mesmo ninho duas vezes e pensei em tapear-los, fingindo que era casinha nova e deu certo, tem ninho nela.


Meu vizinho me disse que passa por aqui. Então estou dando notícias que a sua sugestão deu certo, cem por cento.
                                     
                                      

O DNA de cada um


                     

Quando éramos crianças recebíamos qualquer presente sem reclamar. Se fosse algo comprado por papai ou mamãe não podia nem pestanejar. A mãe do papai, Vovó Umbelina, fazia roupa para nós, talvez porque teve oito filhos, e, mesmo uma marmota, usávamos. Nem notávamos se era feio ou bonito.
Eu penso que isso forjou nossa personalidade que não se verga às intempéries. 
Frases como,  menina cheia de vontades, cavalo dado não se olha os dentes, dinheiro não dá em árvores, pobre com tosse, não é filho de cego, se não estudar vai puxar carroça, se não quer passa a mão no chão e sai correndo, se tá com raiva tira as calças pela cabeça e pisa nelas, etc, fica introjetado no inconsciente e nos faz mais fortes para enfrentar as perdas, o que não podemos ter e os inimigos.

Minha neta é uma das cheias de vontades. Está com a mãe, filha de um bando de pobretões que ainda usam celular pré-pago, não tem casa própria, devem as calças, poupar não existe no seu dicionário e educam os filhos para a derrota. Os outros é que devem pagar suas contas e lhes dar moleza. Jamais agradecem o que recebem e , se bobear, roubam sua bolsa. E, não é figura de retórica.

Meu filho caiu na esparrela porque cometi um erro fundamental e crasso em sua educação: Jamais discriminei quem quer que fosse. Jamais falei mal de pessoas ou condições. Eduquei, na vã filosofia de que todos são iguais. E, não dei a ele o escudo para diferenciar os maus dos bons, os espertalhões dos generosos, as putas das mulheres de respeito. Aprendeu a duras penas. O erro foi meu e ele quem pagou. Agravado por ter puxado o pai, um homem generoso e manso. Caiu em uma armadilha e, só não pagou um preço maior, porque sou carne de pescoço. Bateu, levou. Gosto de briga, boas ou ruins. Pago para entrar em uma e pago para não sair. Nasci advogada. Hoje sou onça sem garras mas ainda estou atrás do toco pronta para dar o bote. Se ele fosse contratar advogado estaria morto. Não ficaria por menos de cinquenta mil reais. Não teria como pagar, seria subjugado. Sorte dele. Fiz de graça.

Pois a vagabunda está criando a filha da mesma forma como ela foi. Minha neta tem todos os requisitos para ser uma vitoriosa, mulher independente e livre mas presta atenção em aparências, tem medo de tudo,  torce o nariz para qualquer um e qualquer coisa que não seja cor-de-rosa e cheia de lantejoulas, sempre a espera que alguém faça o que é de sua obrigação. E, a mãe continua a fazer desaforos, exigências, estupidez para NÓS nos enquadramos em seu estilo, fudido, de vida. Ledo engano...

Marx tinha razão no confronto da luta de classes. Eu completo no choque cultural com pessoas que nunca leram um livro na vida. Jornal? Duvido. Revistas? Só se for Tititi. Música? Nunca ouviram falar de Chopin. Debussy? Deve ser veneno. E, Elvis é horrível.

Nesse embate, veremos qual será o caminho do DNA de Rafaela. A vida é um jogo.

Nota: Se klikar na foto, vai ver maior

sábado, 30 de abril de 2016

Para meu deleite de fim de semana


                                   Se tem alguém melhor, eu nunca vi

O lugar do intelectual destrutivo

                                    

Nunca foi fácil sobreviver. Desde quando o macaco desceu da árvore ele teve que enfrentar o predador.
Mas uma coisa é certa, depois que o humano disseminou a escrita e obriga todos a lerem e escreverem, o foco foi mudado. E, as distâncias entre uns e outros é ligada pela linha tênue do domínio do mais inteligente.
Óbvio que aquele que primeiro viu utilidade para a pedra lascada   saiu na frente. Mas de mero instrumento da paz, alguém  conseguiu fincar uma vara e virou arma.
Stalin mandava os intelectuais para quebrar pedra na Sibéria. O primeiro que usou o cérebro para o bem da humanidade foi companheiro do que a usou para o mal.

A humanidade melhorou, poliu-se, em trajetória doente e sofrida. E, no caminhar pela história, o intelectual trouxe muita discórdia, com idéias eivadas de morte. Teorias absurdas aproveitadas pelos autoritários de sempre, pensando ser o povo manada de búfalos.

Ainda acho que Stalin tinha razão. Certos intelectuais precisam quebrar pedra para dar valor ao trabalho braçal.

sexta-feira, 29 de abril de 2016

A vingança dos guerrilheiros


A tática guerrilheira está em pleno vapor e despudoradamente.
Não assinaram a Constituição, não assinaram o Plano Real, não teem vergonha de levar o Brasil à bancarrota.

Era o que faltava, dar voz a argentino. Ele não perdeu a deixa e comparou o Brasil com Honduras e Paraguai.

Ora, se a própria presidente da república pede intervenção de instituição, sul americana, capenga contra o país? Quem espanta-se? 

domingo, 24 de abril de 2016

Insônia

               

Meu pai tinha insônia. No corredor entre os quartos ele colocou luz vermelha porque, se fosse preciso levantar à noite, a luz branca espanta ainda mais o sono. Quando é ligada a mente entende que o dia chegou.

Um dia, conversando sobre o sono e ficar acordado ele disse que o pensamento não é substantivo abstrato mas substantivo concreto.

E, Eldes tinha um número imenso de revistinhas de Snoopy por causa do traço do desenho. Ele era arquiteto e eles gostam desses desenhos. Vendi tudo para um colecionador. Ele mesmo me disse certa feita que quando morresse eu podia fazer com elas o que eu quisesse.

Então, quando eu vi essa charge acima resolvi guardar aqui no blogue. Eu poderia mostrá-la para eles mas como não posso...
Faz de conta que eles viram .


sábado, 23 de abril de 2016

Troca de farpas

                                            

  
A mídia tornou-se palanque político. Procurar isenção é coisa para garimpeiro. Jornalismo, mais que nunca, dirigido pelos interesses de cada um. Talvez certos, talvez inconfessáveis. Cansa ler bobagens desmentidas pelos fatos. Antigamente, no jornalismo isso tinha nome de barriga. Hoje, é falta de compromisso com a verdade, é difamação mesmo. Impunidade, tal qual aqueles ao qual denigrem, os fatos inventados descaradamente.

Ninguém está imune de ser vítima da mídia. Alguns morrem em decorrência das mentiras estampadas na primeira página, para vender jornal. E, isso, desde que a malta tivesse condições de separar a verdade da mentira. E, ninguém tem. 

A última foi do presidente da Câmara Federal que, antes de esperar o fato acontecer, mandou publicar nota de repúdio por Dilma ter feito apologia contra o Brasil, pregando dissidências em sua estadia na ONU. Mentira. Outra foi disseminar que Tiririca foi citado na delação de Delcídio do Amaral como se fora venal e se vendido. Sabemos que a referência foi justamente por ter sido o contrário. Depois, o deboche à democracia quanto os votos a favor do impeachmet, parecendo que vimos outra coisa.

Quando eu fui escolher entre direito e jornalismo, papai me disse para não fazer jornalismo. Que jornalista é pau mandado do dono do jornal, escreve o que ele manda ou recebe para escrever o que quem paga manda. Que tio Fabrício ( seu irmão mais velho) quando era deputado recebeu ameaças de um jornal, através de um jornalista, porque fazia oposição ao governo. E, como ele recusou-se sofreu campanha difamatória implacável. Isso foi há décadas. Imagina hoje a briga de foice no escuro!

quinta-feira, 21 de abril de 2016

quarta-feira, 20 de abril de 2016

Baixo clero

                            

Na 
 votação para aceitar o impeachment da Dilma, os deputados federais, em vez de votar sim ou não,  soltaram a alma. Talvez tenha sido melhor do que todos votarem, obedecendo fila indiana e com as palavras secas, sim ou não.

Os puristas, gente que é incapaz de tomar a frente de qualquer coisa, não tem ideia do que é liderar algo. Liderança é um impulso e, geralmente, tem muita paixão envolvida. É um karma, é uma praga que muita gente carrega pela vida toda. Mas, se não fosse essa gente o  macaco não teria descido da árvore.

A maioria absoluta dos deputados jamais pode chegar à tribuna da Câmara. O sistema político brasileiro é perverso com quem elege-se para o cargo, sendo obrigado a não ter voz ativa em nada. Entra na política para uma coisa e encontra outra. E, ainda tem que ser sujeitado à mídia chamá-los de Baixo Clero.

Portanto, para aqueles que vituperam contra os micos dos deputados na Câmara Federal, faço uma sugestão:  Quando vir um cano quebrado na rua, jorrando água, telefone para a companhia de água responsável.

A bomba sobre o MST

                         

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Dança do Guarupe no Exército

                                           

Os índios do Xingu tem uma dança típica.É dançada,especialmente, na festa do Guarupe. Em Goiás.

O Brasil é para quem gosta. A Tropa de choque do Exército treina seus soldados com uma espécie da dança do Guarupe, Até o canto de ordem imita os gritos.

Como pano de fundo, os gritos falam em matar a jararaca, provavelmente com inspiração na fala do Velhaco que disse ser uma jararaca.

Mas nem foi por isso que publico esse vídeo. É para me deleitar com o mundo masculino. Nada de filhos, nada de panelas, nada de ficar discutindo violências de gênero. Só quando velho faz compra em supermercado. Nem roupas ou futilidades específicas. Falam das gostosas sem pejo, brincam sem medo da patrulha e não precisam mostrar virtudes para serem aceitos. Cheios de força física e seus corpos são muito mais bonitos do que os femininos. Nisso concordo plenamente com Schopenhauer.

Eu não quero nascer homem na próxima encarnação. Quero vir mulher mesmo. Deus me livre, mais uma vez, de suportar mulher. Tenho muita pena dos homens.
Oh bicho chato é mulher !

sábado, 16 de abril de 2016

Eternos paus mandados

                             

A minha maior tristeza é  por ser Dilma  mulher.
Lutei muito pela igualdade de direitos.

 A luta foi geral mas a minha foi particular. Paguei um preço muito alto.

Vim de Minas Gerais onde havia desembargadora e voto secreto na OAB. No Espírito Santo? Nem um e nem outro.

Cai num buraco onde mulher não podia fazer concurso público a não ser para cargos subalternos.  Juiz e promotor de justiça, delegado de polícia e afins, nem pensar. Lutei na rua pela mudança que beneficiou mulher que me atacava publicamente. E, fiquei de fora por pura discriminação.


Eu tinha a convicção que a mulher tem mais honestidade e independência para exercer a política. Mas o que as mulheres fizeram é  vergonhoso: Paus mandados de políticos covardes e corruptos, repetição de catecismo decorado, alienígena, velho, cheio de bolor, covardia sem limites. Humilhação pública por ser atreladas, como pano de fundo para senhores sem o mínimo pejo. Como mulher vagabunda, elas não tem coragem para romper o vínculo.


Se tem exceção eu não conheço porque a que traçou caminho junto com meu grupo, não aparece no Senado, nem para dar força para os senadores que se posicionam.

Não posso achar que está perdido porque, senão, perco o que me resta dos sonhos da juventude. O prazer de me envelhecer eles não terão...

sexta-feira, 15 de abril de 2016

Mutilação de obras cinematográficas

Novela Sila, da Band
                                                          

A literatura manifesta-se em várias modalidades. A filmagem de cenas teatralizadas rendeu-se ao cinema e à televisão. Hoje, o teatro é, basicamente, reduto para treinamento de atores ou deleite de aficionados.
Meu marido não ia a teatro nem com ameaças. Quando eu o convidava ele dizia: - Isso não tem nem resposta... Mas conseguia patrocínio com os conhecidos empresários para bancar teatro amador. É que eu  ia a algumas encenações locais, em Vitória/ES, porque Vera Viana, uma autora de peças de teatro, era minha amiga. Eu gostava de suas peças, também dirigidas por ela, geralmente voltadas para o social. Acabei conhecendo os atores, todos amadores. Tenho saudades.

Não vejo novelas. Gosto de representações sem nenhum histrionismo, bem simples, onde um esgar é um texto. Sem influência de Stanislavski ou qualquer outro método que manda o ator contorcer-se em cena. Gosto de tomadas de cena em ângulo fechado, com câmeras posicionadas como se fosse o olho do telespectador. Nada muito limpo como se tivesse passado água sanitária.

Mas outra coisa vem me chamando a atenção. A montagem, a finalização de um filme ou novela. Depois de filmadas as cenas, estas são postas em ordens certas, para contar a história, passar a mensagem do texto, fazer crível a história. Pelos letreiros é uma equipe imensa.

Como resolvi ver a novela turca Sila, na Band, passei a estudar a forma deles fazerem novela. Para eu entender porque gosto dela. Não é, apenas, porque o ator é um macho alfa mas porque é primorosa nas tomadas de cenas, na montagem, na direção enxuta, na falta de caras e bocas dos atores, nos cenários diferentes de um local árido, sem verde, tão diferente de onde vivo, na historinha água com açúcar tipo MDelly, Max du Veuzit ou Concordia Merrel que sempre gostei.

Entretanto, as cenas estão sendo cortadas, mutiladas como dizem as espectadoras de  países da América Latina, em debates sobre, e, por onde a novela também é exibida. Como assim, cenas cortadas? Sem autorização dos autores? Uma nova história é contada ao bel prazer de algum bestunto? Tem autorização? Como são feitos os contratos para ceder a transmissão da novela? 

Quanto mais se vive, mais se aprende. A mentalidade dessa gente, para cortar cenas de uma obra cinematográfica a ponto de mutilar um trabalho difícil de uma equipe, é semelhante aos bestuntos que colocaram tanga nas pinturas de Miguelângelo ou esculturas de Aleijadinho. Ou rasgar páginas de um livro porque o inculto considera supérfluas. Ainda, cortar cenas porque a ditadura moral ou política não aprovam. Quiçá, porque precisam passar em tempo determinado no pagamento dos anúncios.

Para aceitar o fato, convenci-me que, desde que não cortem cena alguma com MAA, que  eu tenha paciência. Valeu a pena.

Ninguém respeita mais ninguém.



Vingança das desvalidas

                                     

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Enriquecendo meu arquivo

                         
                                 

O poeta e músico baiano Compadre Washington ironizou, na manhã de hoje, a matéria publicada pelo portal 247 intitulada: “Stédile é o Tiradentes da atualidade, dizem pesquisadores.”
Para o músico, “a comparação é teratológica, esdrúxula e ordinária, pois nas escolas da Bahia, onde estudei, não é ensinado que Tiradentes vivia por aí ordenando invasões de terra alheia.”
Compadre Washington também declarou que “Se Stédile é o Tiradentes da atualidade, eu sou o Heitor Vila Lobos, a Graça Foster é a Sônia Braga e o dia do índio se comemora em homenagem ao Guarani-Kaiowás do Facebook.”
Por fim, Compadre Washington comentou que “por outro lado, até onde eu sei, o Stédile nunca tirou dentes de ninguém. Na verdade, nem sei se ele já trabalhou alguma vez na vida.”
Procurados por nossa equipe de reportagem, os editores do portal 247 se recusaram a nos atender, havendo uma funcionária informado pelo telefone que “Temos muito respeito por Compadre Washington, mas desse vez ele está equivocado.
Fonte: UOL KLIKA

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Academia, ai de...

                                      
Sete ponto zero
                                          

Faço academia há quinze anos. Segunda, quarta e sexta. Religiosamente. Meus exercícios veem em fichas mudadas mês a mês. Falto raramente pois minha vida é um marasmo com absoluto contraste do que foi durante décadas quando eu trabalhava doze horas ou mais porque havia a dupla jornada de trabalho. Meu marido foi embora com a morte e me deixou para criar dois filhos aos quarenta anos. Um dia ajusto contas com ele.
Depois de tanto tempo, como os metais, meu corpo começa a dar sinais de cansaço.Usei um aparelho na academia, ótimo para queimar a gordura das coxas e nádegas, um tipo de rema-rema, mas detonou os meus tornozelos, meu tendão de Aquiles da perna esquerda. Fui ao médico,ele  mandou-me fazer um exercício de alongamento e passar remédio mas não tem havido muito resultado. Tenho certeza que é porque não parei de fazer os exercícios, especialmente correr na esteira.

Sou muito disciplinada e quando tenho que fazer algo não sei parar. Mas dessa vez, preciso dar um tempo para meu corpo. Os treinadores da academia , acostumados a me ver fazer o que muito jovem não faz, não aceitam que envelheci e que preciso maneirar nos exercícios.
Andei pensando e tomo como exemplo papai que foi um atleta, campeão de esgrima pelo Minas Tênis Clube, andava todos os dias, fazia alongamento, ensinou-nos a fazer ginástica quando éramos pequenas, no quintal de casa, em Belo Horizonte, na Rua Canadá, Sion, morreu com a barriga tanquinho e bíceps com cinturinha, aos 88 anos. Enquanto isso, mamãe  nunca fez execício na vida, brigava com papai quando ele a chamava para fazer caminhada. Papai dizia que o único exercício que ela fazia era levantamento de copo nos fins de semana quando havia cerveja farta no almoço. Ela morreu, gordinha, aos 92 anos.

Vou parar um mês, dar tempo para meu corpo. Só espero que eu não perca o controle do meu behind ( Como dizia tio Marcílio, irmão do papai ) e dos meus culotes.