segunda-feira, 24 de junho de 2019

Os bedelhudos

Minha escola : Instituto de Educação de Minas Gerais
             

Os meios de comunicação bem que fizeram de tudo para prestigiar a seleção feminina do Brasil  na sua participação na Copa do Mundo realizada na França.
Mas não conseguiram nada mais que narizes torcidos.
Afinal, quem se importa com as mesmas jogadoras  selecionadas há décadas para compor a seleção? A estrela do time já está com corpo de trintona sem a sorte de parecer mais nova.

Quando eu estava no ginásio, hoje ensino fundamental, minha escola tinha piscina, quadras e aulas de futebol, basquete, queimada, vôlei e natação. Aprendi a nadar lá e tinha, até, aulas de nado sincronizado. D. Terezinha bem que esforçou-se mas não conseguiu muita coisa a não ser que as alunas fizessem  estrelas e batessem as pernas, revezando as fileiras. Eu, inclusive.

No basquete eu ia bem, até Beatriz me dar um chega-prá-lá, debaixo do garrafão que eu caí no chão cimentado, arranhei-me toda. D. Terezinha disse que era assim mesmo. Nunca mais.
No vôlei tinha umas moças  que jogavam no Minas Tênis Clube e não deu espaço. Afinal a meta era fazer um time para disputar com outros colégios. Apenas fiz aulas para aprender os fundamentos. Meu braço ficava todo vermelho por conta do saque dado por baixo da bola e doía uns dois dias. Depois, eu  arrisquei jogar no fim de semana quando eu ia no  no Centro Esportivo Universitário da Pampulha. Até que, os rapazes tomaram conta da rede e , praticamente, expulsaram as mulheres de lá.
Exatamente como foi todas as vezes que eu tentei jogar futebol. Fizemos um time na faculdade e, enquanto jogávamos, sempre , sempre, sempre aparecia um cara para ensinar, para apitar, para dar palpites, para rir dos nossos erros e, até, pasmem, para  reforçar o time.
Uma vez eu fiquei de goleira e estava pegando tudo. Um imbecil percebeu que eu não ia cair para fazer a defesa e ensinou o outro time a atacar com bola rasteira. Fizeram os gols e só não viraram o placar porque o jogo acabou. De outra feita, eu fiquei como quarto zagueiro, posição que eu gosto até hoje para acompanhar jogos e um idiota entrou para jogar no time contrário e me driblar até fazer gol. Eu não quis meter o pé nele para não correr o risco de ser chamada de sapatão mas me arrependo até hoje. Eu devia ter dado uma ombrada nele, chutado os tornozelos, sei lá o que ele merecia... Rsss...
Outra vez, um solão dos infernos, férias em uma colônia de férias da qual meu marido era o arquiteto, eu fui jogar em um dos campinhos de grama, pequenos, acho que society, também como zagueira, e um cara apareceu para corrigir as regras, dizer o quê era impedimento, diz ele diferente do marcado em campo. Perdi a paciência, tirei meu tênis e nunca mais me atrevi. Foi o ponto final. Minha paciência esgotou-se, ainda mais que a gente joga e o Sol marca a manga no braço, o calção na perna e  eu me queimo com muita facilidade. Nunca mais.

Conto minha experiência porque percebo que o mesmo acontece até hoje nos campinhos onde as moças vão jogar, nos clubes e no esporte amador ou profissional. Tem sempre um homem tutelando as bestuntas. Os bedelhudos, os palpiteiros, os geniozinhos que fracassaram no esporte masculino. Sempre com ares de sabichões, autoritários e, pior, feios. Nunca tem um homem bonito, caramba!
A Seleção brasileira de futebol não foge as regras. Só tem homem querendo dar palpites na prática do esporte que, por ser feminino, tem outra forma de jogar. Não deixam emergir a forma feminina de jogar e querem impor a forma masculina. Resultado? Não tem elenco. Mulher não aguenta mais homem mandando e desmandando no que ela faz. Saiiii ...

Portanto, não acredito que vá para frente. Com homem tutelando, querendo impor seus bofes. Duvido que a mulher brasileira vá jogar como os homens, descalça, machucando os pés, ficando toda marcada pelo Sol, cabelo estragado pelo Sol ? E a pele do rosto?  Esqueçam, não vai dar certo.

Aliás, posso afirmar que isso vale para o mundo todo. Podem partir para outro tipo de futebol, em quadra fechada  porque em campo, mulher não topa. E, de preferência, com homens somente na torcida.

sábado, 22 de junho de 2019

Quem chora ?

                               

Minha música preferida, Pedacinhos do céu de Waldir Azevedo.
Eu o vi tocar no Teatro Carlos Gomes em Vitória, capital do estado do Espírito Santo.
Quando ele veio para fazer a apresentação eu disse a meu marido que não podíamos perder pois poderia ser a única chance. E foi não só  a última mas a única.
A emoção que eu senti quando ele apresentou Pedacinhos do céu, poderia ser comparada a que eu, certamente, sentiria em um show do Elvis; emoção à morte...

Para  quem não é brasileiro e procura conhecer o Brasil, informo que o instrumento é o cavaquinho e a música é o choro, estilo musical brasileiro. Mesmo sem ser prestigiado pela mídia, pelos grandes empresas, grandes gravadoras, nem sei se as pequenas, sobrevive no meio do povo com grandes intérpretes, criatividade, improvisos.
A partir desse choro acima, o interessado pode encontrar outros tantos no Youtube. É somente a ponta do iceberg.

Desejo um bom fim de semana.

Outra versão?  Pelo próprio autor? KLIKA

Ouvido de tuberculoso

                                       

Quando uma pessoa tem um ouvido que escuta de forma supimpa diz-se que tem ouvido de tuberculoso. Não sei o que tem de verdade ou se é crendice popular quando se diz que um tuberculoso escuta melhor. Deve ser coisa daquele tempo em que a doença não tinha cura.
Você tem bom ouvido? Daqueles em que os músicos chamam de ouvido absoluto?
O violinista gaúcho Yamandú Costa diz que tem. Jô Soares contava que seu filho, já morto, sabia a nota musical do som de um papel caindo no chão. Como não consigo captar a melodia tocada pelo violinista e por isso desisti de seguir sua carreira., sou bestunta absoluta, não  afirmo nada. O músico, na visão da minha mediocridade, toca o que papai dizia " lo que saíre".

Então, resolvi colocar para vocês um teste para ver se conseguem captar sons diferentes de guitarras, em uma apresentação interessante no Youtube.
Eu amo guitarrras, daquelas bem estridentes, tipo AC/DC.

Convido-os a testar seus ouvidos para o som da música., no filmete acima.
Que sejam felizes!

sexta-feira, 21 de junho de 2019

A trama

                                      
                                    
Se algumas nações foram construídas com guerras, extermínios e confrontos civis, ao Brasil coube ser  com fofocas e alcoviteiros.

A maior arma política do Brasil, portanto, não são as guerras civis, os confrontos com inimigos a invadir nosso território para firmar um lado, apoderar-se de riquezas e pedaços de terras. No Brasil, vale a fofoca política para buscar o poder e destruir o  adversário. Da fofoca mais simples a mais sórdida.

Um exemplo foi D.Pedro I,  vítima dos fofoqueiros que levantaram calúnias, desmentidas quase cem anos depois, quando exumaram os restos mortais da imperatriz Leopoldina e  constaram que ela nunca teve o fêmur quebrado. A fofoca, que minou o imperador, foi que ele  espancou-a e empurrou-a escada abaixo, fazendo-a quebrar o fêmur, abortar e morrer vítima de tudo. As fofocas do alcoviteiro mor do palácio, o Chalaça, fez história nos meandros  do romance entre o imperador e Domitila e mostrou que chegar ao poder com fofocas, rodeando o mandatário principal vale  pena e pode derrubar o alvo como se fosse um petardo.
Outro exemplo, a Inconfidência Mineira sucumbiu a um fofoqueiro que entregou a revolta contra a Coroa e levou Tiradentes a ser  enforcado, esquartejado e espalhado seus pedaços pela estrada até  Vila Rica,  com cabeça exposta em praça pública.  Quer coisa mais macabra?

Na história contemporânea a fofoca é aplicada como arma de guerrilha, por cartilha decorada. Sem ter o que fazer, cabeças pensantes de apenados de Curitiba, matutam dia e noite para criar factóides, versões políticas estapafúrdias jogada em  meio a plebe de um país inculto, de gente que nunca leu um livro na vida, não sabe, portanto, interpretar texto. Tal qual, perde-se dinheiro e alimentam os fofoqueiros na   política nacional e os alimentam para não produzir nada que faça avançar o progresso. O Congresso Nacional é uma casa de fofocas, exibição do mais reles perder o tempo como as  futricas de esquina.

O velhaco mais velhaco da história da humanidade, sem igual em qualquer fofoqueiro na  humanidade, que passou a perna e convenceu humanitários, intelectuais e intelectualóides, com discurso na mentira, na fofoca, nas calúnias, difamação reles e afinal punido por tratar o Brasil como se fosse um sindicato de esgoto, usa seu cérebro para criar fofocas e atacar a quem o desmascarou.  O único que não foi na sua conversa de cachaceiro, que teve coragem para arrancar-lhe a máscara é seu atual alvo. Como qualquer chefe de quadrilha que a Justiça não consegue isolar e continua a dar ordens a seus asseclas, o Velhaco continua tumultuando o Brasil, na tentativa de não deixar grama viva na meta a que se propõe. Até quando?

Fofoqueiros, uni-vos ...


quinta-feira, 20 de junho de 2019

A construção do ego

Foto:Jair Amaral,Ouro Preto/MG
                                     
As exibições em procissões das comemorações religiosas de Corpus Cristi, neste 20 de junho, escondem uma cara que ninguém vê. Nas roupas dos padres, dos anjos, dos participantes, só está quem pode pagar os paramentos e as asas.

Mesmo sem o hábito de olhar para trás ou lamuriar o que não tivemos, eu vejo essa gente com outros olhos. O quê é isso tudo?
Para entender melhor quero relatar um fato que aconteceu comigo. Esqueci por muitos anos mas me veio à mente nessa data, quando vi crianças vestidas de anjos.
Estudei no Grupo Escolar Barão do Rio Branco, em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, situado na Av. Getúlio Vargas, no bairro Funcionários. Construído no início da fundação da cidade, início do Século XX, soube que ficou abandonado e quase em ruínas mas foi feita restauração, voltando ao seu esplendor inicial.

As festas do mês de maio eram comemoradas todo ano e com coroação de Maria, com um altar  erguido no pátio principal, onde duas escadas laterais subiam  até o alto. Tudo enfeitado de branco, com flores naturais, papel crepom, laços de fitas. Muito bonito.  Culminava com a coroação onde uma menina cantava uma canção acompanhada de outras tantas postadas nas escadas, em um coro ensaiado durante algumas semanas na aula de canto orfeônico.
As  meninas deviam vestir-se de branco  com sapatos idem.                         

Eu nunca participei porque papai não comprava as roupas  e muito menos os sapatos para eventos assim. Mas  eu   resolvi participar sem autorização de papai. Sempre quis participar das festas mas nunca pude. Eu ainda tinha meu vestido branco da primeira comunhão e sabia que podia ir com ele. Fui aos ensaios e, no dia, vesti meu vestido branco, desenhado e feito por mamãe, mas fui com meu sapato preto. Ninguém lá em casa disse nada, eu apenas fui para a festa. Eu tinha oito anos.
No momento em que as participantes da coroação ficaram perfiladas para entrar, uma professora notou que meu sapato não era branco. Veio até a mim, com outras para dizer-me que eu não podia participar. Mas eu fingi que não era comigo e não saí da fila. Fizeram uma rodinha, conversando, apontando para mim mas eu permaneci no lugar. As meninas a meu redor, disseram para eu sair porque estava de sapatos pretos mas continuei firme no mesmo lugar. Lembro-me do burburinho, da falação, dos dedos apontados. Não sei o que aconteceu, não sei se chegou  o momento de entrar, o fato é que a fila andou, caminhando e cantando para, afinal, a coroação. E, eu firme, participei de tudo. Já bastava escolherem a menina que coroava todos os  anos por ter a voz bonita. Não achei justo ficar de fora se  já não participava da coroação na igreja, pelo mesmo motivo.

Essa lembrança me veio enquanto eu matutava para  entender por que não suporto essas festas, esses anjos, essa pantomima, essas caras de santos dos organizadores e dos padres. O inconsciente é poderoso.

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Nota: Quando houver um destaque em azul ou vermelho, klika em cima porque remete a site ou link sobre o grifado.

terça-feira, 11 de junho de 2019

Os cordéis do poder

- Literatura de cordel
                                     

Pouco depois de Padre Manoel da Nóbrega, em 1554, ter fundado a cidade de São Paulo, ele correu atrás da Coroa portuguesa para fundar outra cidade, onde seria o Rio de Janeiro. Mais de uma década. Percebeu, desde então, que para o paulista valia o dinheiro, os negócios, a mercancia. Precisava de uma via de escoamento mais do que isso para gerar uma colônia melhor que dinheiro, dinheiro e sua exploração. Não sabia bem o que era mas antevia qualquer coisa que não lhe agradava. Isso é verdade histórica e não minha opinião. Tem mais de um livro sobre isso. Comprei pela internet, em sebos porque não vendem facilmente.

E, os dias de hoje continuam a estampar o mesmo perigo que se  espalha pelo Brasil afora, impedindo que seja uma nação civilizada, fora da grana e de seus interesses nefastos; que seja sugado o  país, com acordos políticos  espúrios, imundos, impedindo o crescimento de outras regiões e fazendo  metade do país manter-se ajoelhado para fornecer-lhes  mão de obra barata e poder político sem limites. No mínimo.

Mas, não conseguiram impedir ou esqueceram, essa corja nacional, que os ditadores do Brasil saíram todos do sul do país e, portanto, não se vergam facilmente aos desmandos. Pelo contrário, estão mais para mandar do que para obedecer. 

Portanto,  a Lava Jato jamais aconteceria se dependesse de São Paulo, do seu Poder Judiciário estadual ou federal, dos seus pensadores de meia tigela, repetidores de idéias alheias, decoradas  e usadas como o livreto de Mao Tze Tung, como se fossem oráculos da nação.

Agora, SP com seus políticos encarcerados, apenados em Curitiba, capital de  estado sulista, Paraná,  por  decisões de juízes e tribunais sulistas , resolveram inovar e exigir que juiz não pode falar com promotor de justiça ou  advogado sobre as ações que tramitam nos foruns. Não pode, sequer, ter amizade, companheirismo, ligação nenhuma com ninguém. O juiz deve ter vida de monge e nada mais. 
E mais, juiz sequer pode trocar mensagens com alguém porque, um haker inimigo, a serviço da pauliceia, em estratégia de guerrilha, pode invadir e fazer público suas conversas, quiçá fotos e troca de idéias com alguém. Como se juiz não trocasse ideia com outros do mundo jurídico, seus posicionamentos políticos e sociais.

Juiz não gosta de advogado e vice versa. Mas isso é porque são profissionalmente antagônicos . Mesmo que, em tese, o juiz precise ser  alheio as contendas e fixe-se na lei. Mas conversam civilizadamente, frequentam festas de uns e de outros. Será que não interagem? Imagine se fosse anular toda audiência onde juiz e promotor troquem idéias...

Nunca vi, em toda as minhas décadas de profissão e querendo ver juiz a metros de mim, um desembargador ir contra um juiz, um julgamento judicial, tomar partido de alguma tese jurídica de forma pública. Nem a OAB ir em defesa ou atacar qualquer juiz, mesmo que massacre um advogado, a não ser de forma administrativa, e, o profissional em audiência.

Portanto, desembargador paulista e presidente da OAB, contra Sérgio Moro e a Lava Jato é uma vergonha que deve ser anotada na história quando da análise desse momento onde o povo exige sejam presos os corruptos e que o tempo passe rápido para aposentar essa horda de velhos corruptos, frutos de uma geração que nasceu em São Paulo e ainda continua com a mesma política de levar vantagem sobre todo o resto da nação. Um resto, que não se sabe se de SP ou de todo o Brasil.
 E, o presidente da OAB, oriundo do resto usado como mão de obra barata para alimentar a locomotiva,  não faz mais que deixar seja manejado seu cordel como nos livretos de seu estado de origem, Pernambuco. Como sempre, pelos paulistas.

Não sabe? KLIKA

quinta-feira, 6 de junho de 2019

À forra !

Qualidade de vida? Olhar a chuva cair.
                                     

Eu nem estou ligando a televisão em noticiários. A coisa anda tão feia que eu preciso poupar meus nervos, meu cérebro, minha tranquilidade.
Se eu vivo em um lugar plácido onde a qualidade de vida é ótima, por quê vou viver a vida das metrópoles? E, pior sem as vantagens que elas oferecem como teatro, museus, cursos, sei lá o quê mais.

A bandalha dos lamaçais que antes ficavam escondidos do povo, agora são como reality show ou novela com capítulos a cada hora.
A vida de uma pessoa que atreve-se a ganhar muito  dinheiro em um país de miseráveis, com treze milhões de desempregados, casa própria indo pro brejo nos financiamentos  executados aos mangotes pelos bancos, o jogador de futebol derrapa na sorte e vende a alma para o diabo. Foi na onda dos debochados, importando prostituta astuta do Brasil para Paris, em hotelzinho semelhante ao da  beira de estrada, dos antigos. Com enredo enredado, a mulher colocou  corda no pescoço do jogador destaque da Seleção e puxou. Caramba ! Já foi o tempo em que ninguém importava-se . Estão comendo o fígado do gajo , afogando-se no ódio das frustrações subdesenvolvidas e inflando os egos dos advogados. Estes são como moscas na bosta de vaca. Não que eu tenha vivido no interior, em fazendas mas fiquei impressionada quando vi na fazenda do meu sogro e nunca esqueci.

Imagina hoje, João Goulart, quando vice presidente do Brasil,  indo a um prédio na Av. Atlântica, no Rio de Janeiro, atirar na fechadura do apartamento porque a vedete não abria a porta e dar de cara com o Garrincha semi nu, saindo do quarto da libertária?
E uma ordem do Poder Judiciário do Estado do Espírito Santo, em pleno anos setenta,  proibindo a entrada de mulheres, trajando calças compridas? Incluída a Justiça Federal. Já pensou o quebra quebra da mulherada  nos dias de hoje?

Já lá se vai os tempos em que ao homem era garantido que nada pegava, nem a paternidade. Hoje os golpes são engendrados com celular, gravando às escondias. A forra não tem limites.

Para quem acredita na reencarnação, a grosso modo porque não entendo patavina mas só de ouvir falar, essas mulheres encarnaram nessa geração para ir a forra de algo de vidas passadas. É a única  explicação para tanta coragem, exposição e busca de uma grana que vai levá-las ao plano superior. Se não na outra vida, nesta mesmo.

terça-feira, 4 de junho de 2019

Nuvens diferentes

                               
- Bons tempos quando tudo era bonito


Morreu um camarada que eu pensei ser um maluco quando ouvi uma música de sua autoria. Nem ouvi tudo porque senti-me mal com os termos, com as frases, com o discurso doentio e tóxico a Chernobyl.

O cara, MC Reaça, orgulhava-se de ser de extrema direita, cantou em campanha do presidente eleito . Mediocridade em estado bruto.  Parece que o Ministério Público de Pernambuco chegou a pedir suspensão de suas músicas por incitar violência e discriminação contra a mulher. Mas como é moda confundir liberdade  com libertinagem, ele  continuou a cantar horrores. Até que, mesmo casado, envolveu-se com uma mulher e quando ele disse que queria terminar ela disse que estava grávida. Sem raciocinar, avaliar a situação, o cara espancou a mulher. Pensou que a havia matado. E, o que ele fez? Pegou a moto, parou na beira da estrada e enforcou-se. Não sei como o fez porque não noticiaram mas está morto. Deixou esposa e mensagem, pedindo que a mesma cuidasse da amante e do filho.
Como funciona a cabeça de uma pessoa assim? Será que os pais não perceberam que o filho não estava bem? Ou tentaram conter um misógino de quinta grandeza e não conseguiram ?  Um extremista, gritando a quatro ventos sua doença e a família não faz nada? Os pais permitem que o filho chame feminista de cadela e coisa pior, ao microfone, para uma multidão? Ah, mas é funk e, para esse estilo, isso não é nada.

Paralelo a isso, vem a notícia que o jogador de futebol, estrela da Seleção e do esporte, estuprou uma mulher em Paris. E a moça faz um BO em São Paulo... Socorro! O que dizem é  que a moça está toda roxa depois de, no mínimo, um sexo selvagem.

Alguma coisa está acontecendo e precisa, urgente, ser estudado. A menos que sempre tenha acontecido e só agora ficamos sabendo... Acontece é que , no mínimo ler notícias é perigar não dormir a noite. Mesmo que sua vida seja tranquila e nem conheça essas jamantas.

Deixa prá lá. O mundo sempre teve esses energúmenos. Só que não tomávamos conhecimento.
O que resta é a música ordinária do MC Reaça que vai ficar para sempre na nuvem; ele e sua música. Em nuvens diferentes.

Não vou colocar músicas e fotos dessas duas peças. É muito deprimente.

Só por curiosidade: KLIKA


quinta-feira, 30 de maio de 2019

Dentro da cachola

                         


Existem expressões que alguém inventou e são repetidas à exaustão.
Muitas veem e vão, sem deixar rastro.

Uma delas é :
-Arrependo-me do que eu não fiz e não do que eu fiz.

Passa pela cabeça  que a frase  poderia  ser:
- Não me arrependo de nada ?




terça-feira, 28 de maio de 2019

Barbas de molho

                      

Dar palpites na moda feminina todo mundo dá. A partir do princípio que a mulher deve estar na moda, ficar antenada nos cortes de cabelo, no último lançamento das roupas, joelhos de fora, tudo  proposto pelos estilistas. Desde a endinheirada que pode comprar roupas caríssimas até a simplesinha que veste roupa em série. Maquiagem ? Estoura palpiteiro na propaganda e no palpite.

Por isso mesmo vou falar da moda masculina porque da feminina não precisa. E, especialmente do uso de barba grande,escondendo o formato do rosto, o desenho do queixo.

Para quem mora em um lugar de clima quente e úmido fica inviável barba grande. A moda vem da zoropa, onde a barba é quase proteção do frio, do vento a machucar a pele. E, está no top da moda.

Como consequência da barba a cobrir o rosto, no clima tropical, mesmo a de máquina um, aparecem brotoejas,  alergias e, pior, o mau cheiro. Fumante? Esquece. Um horror! O suor no rosto é inevitável e, para ir mais longe, namorar é impossível se não de um lado, o da outra. Não adianta disfarçar. Para manter uma barba sedosa não é em um clima tropical. Os rapazes tentam mas desistem com a coceira, o repuxo, o desconforto. Talvez uma barba rala possa vingar mas essa não conta. Dá igual sem ela ou com ela. Refiro-me a barba bonita, bem formada, bem masculina.
Tenho dois filhos adultos e que puxaram o pai, com  a barba bonita, fechada, bem posta. Mas  desistiram há tempos dos cavanhaques, dos bigodes, das costeletas. O mesmo se dá com os rapazes  circunstantes e agregados.
Uma conhecida, de certa feita, deitada para dormir, sentiu um odor estranho. Farejando no espaço, acabou no rosto do marido. Ele nunca mais deixou a barba crescer.

Então, a moda para os homens depende  do lugar, do clima e da compostura. Assim como para as mulheres.
É óbvio ? Nem tanto... Nada é obvio nessa vida.


- Depois reclama, que as mulheres só querem o seu dinheiro ...
                                            

Batendo cabeça

                                     

Interessante os analistas, os especialistas em política, em fatos ou acontecimentos políticos. Não têm o mínimo compromisso com as palavras. O que falam hoje é esquecido hoje. Os participantes de programas na televisão aberta estão fadados ao sumiço. Se antes haviam sabichões capazes de dar palpite sem paixão, hoje o medo impera. O medo da patrulha, pior do que a dos tempos da ditadura.

A manifestação sobre a importância da educação, dos cortes das verbas das universidades foram consideradas motivo para derrubar o governo. Não importa se a dinheirama, saída dos bolsos do cidadão e gastas sem planejamentos ou projetos, suportavam a bancarrota das palavras levadas pelo vento. Pois, ficar discutindo com estudante que não sabe nada e está na universidade para aprender é jogar fora palavras e dinheiro que não dá em árvore.

Chega a ser piada quando um estudante não pode fazer seu trabalho final de formando, contrariando qualquer tese ou pensamento. Nem mesmo criar uma terceira via, depois de analisar o que lhe foi apresentado. Tem que concordar com o já existente sob a vigilância de um professor escolhido para estalar o chicote. Direcionado, bem entendido.
Ao mesmo tempo, essa mesma estudantada pode ficar discutindo o sexo dos anjos no diretório acadêmico, pichando parede e fumando maconha. Improdutivo a perder de vista.

Lembro-me do meu tempo, em plena vigência do AI 5, quando tivemos aprovado  pelo diretor pedido de poder estudar em grupo em uma sala da faculdade, na Praça Afonso Arinos em Belo Horizonte-MG. Dali, discutíamos a matéria, fazíamos o relatório, quem iria datilografar, tirar cópia na gelatina,  e quem iria fazer a exposição. Tudo sem interferência do professor. Só depois é que a turma dava sua opinião, depois o professor, no final a nota. Bons tempos aqueles.
Talvez por não haver internet, computador  e impressora fôssemos obrigados a pesquisar em livros de grandes pensadores do direito, hoje relegados as poeiras das estantes abandonadas.

Os mesmos analistas que deram as passeatas contra cortes de verbas na educação como motivo de tirar o governo, entendem que os que saíram neste fim de semana para fincar pé nas mudanças custe o que custar, dão ao governo motivo para extrapolar nas decisões. Não houve briga, não se perderam na pauta de reivindicação, conforme as previsões mais otimistas.

Uma pena, porque mesmo preocupados com o que pensa o estrangeiro sobre o que faz o eleitor brasileiro não conseguem tanger a massa para o seu curral. O brasileiro insiste em não se importar com o que pensa o estrangeiro de suas exigências com  o governo. Será que o complexo de vira latas está nos deixando?

sábado, 25 de maio de 2019

Puro prazer

                                     


Nascer artista é um mistério como qualquer outro nessa vida. Para alguns é uma maldição. Para outros é saber administrar e não ser tragado por nada. AQUI

Por esse fim de semana, às vezes um domingo tedioso, vou mostrar para vocês um dançarino, um tangueiro profissional, dançando com uma cantora, naquele tipo de programa existente na televisão, onde há disputas e eu detesto disputas, sejam quais sejam.
Achei por acaso no Youtube, apareceu para mim quando via tangos e flamencos pois gosto de ambos.
Eu já publiquei exibição dos dois tipos de dança e não sei se vocês viram. Publiquei  o tangueiro no Tango Santa Maria é de ficar com a boca aberta, mesmo porque os dois  especialistas, naquela ocasião,  tinham pouco mais de vinte anos. Por AQUI   para vocês constatarem.

Por hoje, o  artista da dança merece  que não sejam tirados os olhos dele, embora a mulher também seja excelente. Dali podem visitar outra páginas e perderem-se...

Que gostem ...


sexta-feira, 24 de maio de 2019

Maluco contra-cara

                                   

Em um país cuja formação nunca foi pensado como nação,algo acontece de inusitado.
Um senador da república, jornalista corrido de muitas emissoras de televisão, eleito por Goiás, pediu explicações ao presidente da república ao que significaria conchavos  entre o Executivo e o Legislativo.

O que isso pode demonstrar? O nada. Pois se um senador entrado em idades e com polêmica como estilo de vida não sabe dizer, a porta do nada é fechada na cara do povo.

Entretanto, o povo sabe sim o que é conchavo e o demonstrou quando teve que escolher entre o caos e a maluquês.
Não vejo nenhuma ofensa em dizer que o presidente da república é meio maluco. Pois, se não o fosse não teria enfrentado a horda de corruptos, de ataques, até vencer as eleições. E, por acaso os que estiveram no poder nos últimos anos são Os Caras só porque um neófito em Brasil assim o disse ?
Eu, por exemplo, não votaria nele se tivesse opção  diversa dos que se apresentaram. E, faça ele o que fizer para a Queda da Bastilha,  está na hora de romper com o poder corrupto e pagar, afinal, um preço diferente do que seja o desperdiço do dinheiro público no  país do faz de conta como disse a ministra.

O povo sabe o que é conchavo e não o quer, custe o que custar. Em reação de trezentos e sessenta graus, o presidente compartilhou um texto, desconhecendo o autor, dizendo basicamente, que a recusa em fazer conchavo tornava o país ingovernável. O texto rodopiou na nuvem, foi usado pela oposição para carimbar o JB de maluco de pedra, capaz de inventar um texto no subliminar de sua própria autoria. Pois quando apareceu o autor, jovem, mero engenheiro , gente do povo, que assumiu a autoria e encarou a turba, o achincalhe morreu.

Mas o povo viu tremular o perigo e vai às ruas dia 26 para misturar alhos com bugalhos e dizer que a mistura é conchavo e não o quer.

quinta-feira, 9 de maio de 2019

Lantejoulas ao vento

           
                           

Uma das lantejoulas jogadas sobre o povo e que não tem retorno prático, a não ser  pelo preço pago com o dinheiro público, é uma viagem que o presidente da república e seu séquito devem fazer aos EUA   por  medalha comemorativa  em indicação de Personalidade do Ano.
O prêmio seria entregue em Nova York. Mas o prefeito de lá, que deve ter pouco a fazer, não deu aval.  Pensa de forma diferente do que pensa  o JB.   Diferente de  outros tempos, onde faziam salamaleques aos mandatários nacionais mas debochavam por trás. Ou dizer que o Velhaco era O Cara não é deboche?

Esses prêmios, indicações, loas infindáveis, distribuídos pelos países desenvolvidos, tem um vies interessante: Explorar a baixa auto estima de gente escondida entre os pobres do mundo, com necessidade imensa de ser reconhecido, aplaudido pelos desenvolvidos, pelo Primeiro Mundo.
São entidades privadas, prometendo aos miseráveis retorno em esmolas que não pagam o deslocamento e as espinhas vergadas.
Então, a última é que foram criadas tantas dificuldades para a entrega  da medalha de Personagem do Ano na capital do mundo a ponto de ser  transferido para a cidade de Dallas no Texas.

Eu só queria ver qual presidente da república recusaria comparecer a estas cerimônias vazias de significado para o povo e os interesses brasileiros.

Jair Bolsonaro recusou ir a Ouro Preto- MG  no Dia de Tiradentes, 21 de abril,  para receber uma comenda entregue pelo governador de  Minas Gerais. Mas vai sair do Brasil para receber um título no estrangeiro, entidade privada, coberto de desprezo e falta de respeito com um presidente , independentemente de quem seja a figura.

Bolsonaro não tem que mostrar coragem ao estrangeiro, nem provar nada ou valer mais por receber loas alienígenas e tornar-se xodó do mundo.
Coragem teria em recusar sair do Brasil em um momento em que a estagnação toma conta da nação. Recusar-se a comparecer a uma cerimônia, como fez com Minas Gerais, no dia do herói da pátria é o mínimo que deve ao povo mineiro, ao brasileiro, ao cargo que ocupa. Ou Dallas vale mais do que Ouro Preto?

Detalhe: Em Dallas assassinaram John Kennedy pelo Crime Organizado e em Ouro Preto colocaram a cabeça de Tiradentes espetada em um poste depois de o enforcarem, esquartejarem como traidor de Portugal.

Captas ?


quarta-feira, 8 de maio de 2019

Nem terceiro, nem quarto

                           

Uma pesquisa demonstrou  que mais da metade do brasileiro prefere confiar na providência divina do que em si mesmo. Deus está no comando de tudo.

Resolvi conversar, aleatoriamente, com gente aqui e lá só para ver se isso é  possível. E confirmei , é verdade. Se for contar minhas conversas posso dizer que a porcentagem é maior. As pessoas tem convicção absoluta que Deus manda e desmanda em tudo, inclusive  pessoalmente na vida de cada um.
Daí, acreditam que o governo está a salvo dos petralhas, os demônios, porque Deus vai cuidar de tudo. Que o Brasil está no " buraco " porque  abandonou Deus mas vai ser salvo porque está com Deus acima de tudo.

Minhas conversas não representam nada, não contém nada, são conversas e nada mais. Inclusive conversei com gente com pouca visão do mundo, quase uma sabedoria popular. E, justamente por isso, represente o cerne desse país onde a maioria nunca leu um livro na vida.
Também mostra que o aprendizado não está nas escolas, como temem os componentes do governo federal mas nas igrejas, espalhadas , a cada esquina, com pastores grudados na Bíblia e elaborando seus próprios discursos.

Se as lideranças representam o povo, duvido que letrados possam trazer mais convicções do que os pastores, que mal tem o segundo grau e repetem as letras da Bíblia ao bel prazer. Desconfio que a maioria do que falam nem está na Bíblia mas tudo inventado de última hora como argumento de dominação.

Mas o pior é que, em vez de ir atrás de soluções, engendrar esforços e iniciativas, preferem entregar nas mãos de Deus que, com certeza, vai resolver tudo.

Em vez de dar voz a estúpidos que sequer moram no Brasil, já abandonaram o barco para usufruir das benesses do  primeiro mundo; querer tirar a voz de professores tutelados por teorias alienígenas, vetustas como eles mesmos; repetir sempre o mesmo discurso na certeza de que Deus está no comando dos detalhes terrenos , deviam baixar os olhos para a rede de igrejas onde  hordas de fronteiriços espertalhões enchem a cabeça de ávidos de esperança com palavras sem sentido algum. Mas que mantém esse país no terceiro mundo.

A mesma conduta que fazia o crédulo acreditar que o Velhaco comandava o caminho para o paraíso terrestre, repete-se na certeza que Deus tem porta-voz . E, o endereço é o mesmo.

O desemprego? Deus vai resolver.

Nem terceiro nem quarto, seu nome é Brasil.

Vou morrer sem ver mudança...



terça-feira, 7 de maio de 2019

Cuspida na cara do desempregado

                            


De vez em quando alguém manifesta sua irritação com a elite burra do Brasil, dizendo-se envergonhado de ser brasileiro. Alguns arrumam as malas e se vão. Mesmo que, de longe, ainda olhem pelo retrovisor o que deviam deixar para trás. Alguns, até votam. Em vez de esquecer até o idioma, verdadeiro  código secreto, denominado  português.

Ora bolas, a Europa mantém-se rica  porque os pobres debandaram, alguns aos chutaços, de uma forma ou de outra. Inclusive para o Brasil. Essas ratazanas são unidas e capazes de darem risadas enquanto espantam os pobres. E, com convicção absoluta que o pobre é pobre porque incapaz de ganhar dinheiro.  Não importa se as portas estão fechadas, exatamente por essa gente que domina e suga o povo sem o mínimo remorso.

Portanto, quero juntar-se a quem pode resmungar contra a licitação do Supremo Tribunal Federal - o STF- onde estão listados lagostas e vinhos raros para seus lanches de intelectuais, enfadados com a gentalha que ruge enquanto eles comem broas.

A coisa anda tão feia que um ministro processou alguém por críticas feitas a ele e a outros componentes do STF. Um limpando o outro. Portanto, sempre se corre o risco de ser mandado para tribunais capazes de desonrar o  não desonrável.

Quando estudamos Teoria Geral do Direito, ou matérias correlatas, há de entender que as instituições da nação devem ser preservadas. Não quero, portanto, espinafrar com o Poder Judiciário como instituição. Não queimei pestanas em vão. Mas não se pode calar quando é para levar ao pelourinho essa gente suja que não tem pejo de sugar o povo brasileiro. Ainda compram imóveis fora do Brasil, mudam-se com mala e cuia e só vem buscar o dinheiro, manchado pela miséria de sua arrogância. Tudo para não precisar enfrentar alguma revolta sem controle. Não é a instituição mas seus componentes.

Essa gente é intocável. Sequer a ditadura teve poder para mexer com eles. No máximo uma Lei Orgânica da Magistratura foi imposta por Geisel. Mas não foi nada ante o medo de mexer com essa gente e,  depois, precisar de uma decisão  em qualquer ação penal ou civil. Ainda mais em um Estado intrujão, mamútico que regula até como você deve entrar em um banco onde um segurança regula quem entra e quem sai, na certeza  de que somos todos bandidos.

Uma Ação Popular e intervenção do Ministério Público fez barrar a Licitação, por uma juíza federal. Mas esta foi cassada  e a lagosta e os vinhos raros estão liberados em orçamento de mais de  um milhão  de reais.

Os que têm fome, os desempregados pela incúria palaciana petralha, sabem que os miseráveis não tem condição de ir para a porta do STF, em Brasília,  e clamar por participar do lanchinho. Nem as migalhas lhe serão jogadas para baixo da mesa.

Que venha a Queda da Bastilha !

Não sabe?  KLIKA

segunda-feira, 6 de maio de 2019

Tangueiros de cá

                                   



Para os argentinos, terra do tangueiro, divinérrimo,  Mauro Caiazza , esse vídeo de nordestinos dançando tango.

E, para os inadvertidos que por aqui passam, as diferenças entre eles e nós.

Homem

                                 

Virou haste de guerra as bandeiras sobre o tipo de sexo a que uma pessoa pode ser. Deixou de ser masculino e feminino para tornar-se um leque que abre cada vez mais desde que alguém reivindique um lugar. Mas nenhuma proposta é sobre a formação do ser humano na ótica da biologia. Vale o aparelho sexual refletido no cérebro ou vontade de este ou daquele. Assim, hoje eu sou X e amanhã Y, muito longe de seus pares.

Eu quero marcar meu lugar em defesa do homem de verdade. Nada relacionado a macho ou o machista. Muito menos o antigo e desatualizado porco chauvinista, E, muito menos uma defesa do que seja política  ou batalha armada, de peito de fora e com lata de xixi nas mãos.

Mais de uma vez chamaram-me de sapatão e suas várias denominações. No trabalho, dei de ombros porque não converso fiado com gente burra. Na Faculdade de Direito não faltou quem viesse de valente  e quebrou a cara. Se é para dizer que sou macho, passe pela cabeça que nem toda mulher gosta de homem feio e muito menos dado às letras falsas do direito nacional. Deus me livre! Minhas preferências intelectuais sempre andaram anos luz dos falantes com palavras que o vento leva. Falar muito e ter idéias, basta eu. Prefiro a cabeça de cimento armado. ( Como o estudante de medicina dizia, invejoso , do estudante de engenharia). O que ser feliz é olhar o mundo sem horizontes prontos,  para ser ele mesmo e amar a companhia da  mulher como par agradável, querida e complementar.  Amei mais de um, casei-me com um.

Pois o que quero dizer é que ainda tem muito homem de verdade por aí, aquele que assume seu papel junto da mulher, para formar parelha e construir uma humanidade sem diferenças ou ódios escondidos entre as pernas. Aquele que sabe assumir seu papel de companheiro da mulher, sem invejas, sem mentiras, sem ciúmes e sem achar que esta precisa pagar por ter o privilégio da maternidade. Nem sujeitar as suas idéias a ela mas, pelo contrário, multiplicar as suas próprias.

Existe uma campanha muito grande para mostrar a mulher como interesseira, que só pensa no dinheiro de um possível e inadvertido homem. Que ela só valoriza  o homem rico, com posses, grana, bufunfa, money para pagar seu sustento e caprichos de pessoa dispensável após dispor e indispor. Uma campanha machista, suja para demonstrar que a mulher é uma puta na alma e na espécie. Ao pobre, ao homem de poucos recursos resta o abandono ou a homo sexualidade.
De onde vem essa horda de asquerosos? Que manda textos, memes, filmetes, piadas para desmoralizar a mulher, inclusive com a participação de umas tantas? Eu não vou reproduzir por aqui porque nem tem cabimento. Mas até onde isso vai chegar?
Faço parte de um grupo no Zap que é espantoso. No Face, Instagran estão aos montes, qual mosca na bosta de porco,  junto de muita coisa criativa, engraçada, dou risadas mas preciso tomar uma atitude. Mas como? Isolar-me do mundo?  Depois vão dizer que eu brigo com tudo...  Adrenalina esguincha  porque não consigo ser da Turma do Deixa Prá Lá.  E, ninguém atreve-se, hoje em dia, a tomar partido. Metade sequer sabe interpretar um texto e joga o pobre diabo na vala comum do fascista ou o que seja.

Homens e mulheres, definidos qual são e podem ser são alvos do insofismável.

Quem é essa gente ?

                              

domingo, 28 de abril de 2019

O sheik


                                         


Para quem gosta de cinema, sabe quem foi Rudolpho Valentino. Para quem não sabe quem é, foi o primeiro ator, ainda no cinema mudo,  a perceber o jogo entre sua imagem e a câmera e transformar-se de pessoa comum em astro  a  personificar o personagem da tela.
Na vida cotidiana foi um imigrante italiano que veio ganhar a América. Sem lastro, trilhou seu caminho para a fama, a imortalidade e morreu antes de ficar careca e a vida consumir sua beleza, aos 32 anos. 
Um dos seus filmes, que sempre ouvi falar, onde ele é o protagonista, foi O Sheik. Nele acontece na plenitude  a figura do galã. Marcou para sempre o cinema. Ouso dizer que Marlon Brando, tido como o maior ator do cinema,  sabia dos segredos do antecessor.
Os EUA são mesmo uma grande nação, e, portanto não deixa morrer suas criações. Com o Youtube, quem quer pode aprender até o turco, quanto mais ver uma preciosidade histórica.

Domingo é dia de descansar, ter tempo para pesquisar, aprender, ver um filme. Até mesmo  um pedaço para ficar bem informado.

Então, que façam bom proveito.


sexta-feira, 26 de abril de 2019

Como se formam os corruptos


                                           

A corrupção existe em todo o mundo. Não é privilégio do Brasil.
O que importa é detectar, punir e tomar como exemplo para avançar como pessoa, família e nação.

Eu tenho lido que os meios de informação mudaram. Não é mais somente a televisão ou jornais que trazem até a nós informações, seja qual seja.
Por isso resolvi sair dessas mídias óbvias e ingressar no mundo mais moderno, tal qual  a juventude, estar ligada em outras páginas de informação.
Não é para generalizar mas valeu a pena minhas incursões no Youtube e encontrar coisas muito interessantes.
Uma delas é sobre a mente do corrupto. Como é formada a mente de um corrupto, que nunca aceita sua responsabilidade sobre um erro, ou seja  jamais reconhece um erro. 

Não é fácil explicar para um leigo os meandros da formação da mente. Muito menos quando é em simples entrevista quando se leva anos de estudo. Mas quero compartilhar essa entrevista, que suponho deve ter nascido por a morte de Alan Garcia, tido como um homem que fazia o que queria e nunca reconhecia um erro.
É de uma rádio em Lima no Peru, portanto feita em espanhol, dito latino. Mas, mesmo não reconhecendo certas palavras dá para entender e aprender muito.
Serve, também, para quem vive e aceita os erros dos outros sem olhar para suas próprias limitações. Só para que entendam melhor a entrevista, Alan Garcia visitava o pai na prisão quando em tenra idade e desconhecia o crime porque sua mãe dizia que estava preso injustamente.

No final, fiquei feliz por perceber que acertei no meu conceito de educação, contrária a quem entende que deve esconder a verdade das crianças. Eu sou partidária em dizer a verdade, sempre, para o que der e vier. Tenho a convicção que a personalidade é formada na dureza da vida e não na maciota.

Mas quero deixar aqui a entrevista acima. Se tiver um tempo, vale a pena assistir.