domingo, 20 de janeiro de 2019

Que braseiro !

                                          

Que braseiro, que fornalha... Essa frase da canção de Asa Branca fala do  sertão nordestino. Mas pode ser aplicado em Guarapari/ ES. E, não é porque  acontece o aquecimento global. Sinto frustrar os catastrofistas porque  sempre foi assim. O  que pode diferir é haver uma chuvinha sem vergonha na primeira quinzena de janeiro ou não. Esse ano não houve mas ano passado choveu uns três dias.
Não é verdade, tem uma diferença monstro: Quando uma pessoa é jovem e quando  ultrapassou essa fase. 
Quando se é jovem, esturricar no braseiro não faz diferença. Pode até ficar sem beber água, atolar na cerveja . E, a cor dourada tornar-se, devagar, em esturrico só. 
Com o tempo, a pessoa passa a ir cedo e sair às dez, onze horas. E fica sem fôlego, precisando descansar , fazendo a sesta das duas horas.
A coisa piora, viu!  Hoje em dia, depois das quatro horas é tempo bom para ficar na água, o mar está calmo e o frescor é uma delícia.

Quem não veio para Guarapari, perdeu. Depois que o prefeito deu dura na horda de gente que só vinha para destruir e sujar a cidade, as coisas voltaram ao que já foram.

Não adianta  a petralhada reclamar e dizer que há elitização e preconceito. Como diz aquele ex presidente do Uruguai, Mojica, fazer uma pessoa subir na vida não é transformá-lo em consumidor mas fazer do camarada um cidadão. 
Para ser cidadão é preciso saber ver as coisas, manter o ambiente saudável, respeitar o outro, contribuir para o desenvolvimento, o amanhã. Isso, sem deixar-se levar para a desmoralização e a ignorância do construtivo e ser um pau mandado, um bem mandado de quem quer o poder e precisa dos manipuláveis e useiros e vezeiros, de qualquer cor ou desenho.

Quem não veio este ano, reserve uma grana esse 2019 para vir à Cote  DÁzur brasileira.
Não acreditem nas informações megalômanas que um milhão, dois milhões de pessoas vão para a cidade no verão. No máximo cinquenta mil e olhe lá.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

O engulho na notícia.


                                       


Ética é para gente civilizada. Mais ainda  a ética profissional (Aqui).

Perderam-se as estribeiras onde já foi considerado o Quarto Poder. Para quem ingressa no jornalismo hoje, ainda tem um recuo e mais cuidado com a notícia. Mas esse pessoal que viveu o auge dos desmandos, onde noticia acabaram com vidas e honras sem cobranças ou qualquer prurido de consciência  , a coisa tá pegando.

Há tempos faço protestos ante a parcialidade das notícias, não entendo bem o pessimismo e o espírito destrutivo que dá engulhos. Dizem que, se a notícia não contem  miséria, escândalos ou indecência não atrai leitores. O maior exemplo é um jorna da Baixada Fluminense, onde seus editores dão as mesmas notícias dos jornais comuns mas com tiradas agressivas e com mulher pelada na primeira página e vende mais do que todos juntos.

Hoje, com a recusa do governo em ter um porta voz, as fofocas, as notícias plantadas e os inúmeros especialistas surgidos do nada, fazem parte dos noticiários  e da raiva dos profissionais da notícia.
Não é atoa que muitos jornalistas da velha guarda, com trinta e tantos anos de notícia, estão sendo aposentados. Vale também para qualquer setor inclusive do esporte. Mas ainda prevalece , aqui e ali, algum que ainda se dá de oráculo, escondido no meio de raivosos profissionais e haters à medula. Ainda os partidários , vencidos na cabeça ou na alma, que buscam a vindita sem trégua. Esses matutam ou estão  treinados apenas para o ângulo destrutivo.

Portanto, todo cuidado é pouco ao ler as notícias para não estragar, logo cedo, o seu dia. O que não ler,  não vai mudar nada, não faz diferença porque o mundo continua a girar. Mas serve para não se deixar manipular por comunicação, à manipulação  das decepções  ou esperanças frustradas,  de qualquer um, pedindo apoio seja para o que for mas, no fundo, levar vantagem e estragar mais o que aí está.

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Éica zero, pretensão  dez :  KLIKA

terça-feira, 15 de janeiro de 2019

Bagunça na informação

                              

O governo federal, na sua complexidade e tamanho,  precisa  ter  um assessor de imprensa. Não pode haver a obrigação de todos interessados aderirem  a  páginas no Facebook, Instagran, Whatzap.  Todos do mesmo dono. São empresas privadas, que usam  os incautos para tornar seu dono  um dos homens mais ricos do planeta.
É como obrigar o cidadão a ter acesso a  informado, aderindo a uma empresa privada, estrangeira, fornecendo   seus dados, em verdadeira e completa  invasão de privacidade, manipulada  de forma  ilegal a ponto de o  proprietário precisar prestar contas no senado do seu país de origem.
Até censura é exercida nessas páginas. Se uma pessoa escreve algo que desagrada a um passante  desconhecido, a página é suspensa, bloqueada, como se fosse colocar o usuário de castigo. - Mamãe não quer, fica aí no canto uns dias para aprender  a escrever, pensar o que eu quero. Ah! Vá se catar!
Ora, ora, então não tenha sua página aberta ao público, coloque no privado. Pior ainda porque fica parecendo reunião de família, da turma da esquina de antigamente. O bom é ter muita gente diferente visitando sua página, com pensamentos  diferentes, mesmo que não queira expressá-lo.
Sim mas e os haters? Por isso não tenho páginas. Não tenho nenhum ânimo de conviver com gente grosseira ou que sequer distingue mas de mais. Se é forma de participação na internet que aceite quem quer. Obrigar, não.

O resultado, a grosso modo, são notícias inventadas por jornalistas que precisam preencher espaços e escrever alguma coisa. E, quem lê fica perdido com as contradições.
Além disso, quem mora fora do país se dá o direito de palpitar porcaria, fazer julgamento com base em informações distorcidas. Como virou moda artista de televisão, canastrões seminus de primeira linha, bonecos que a moda enfeita,  leitores de internet e seus pensamentos curtos, modelo do capitalismo fútil enriquecida por ter nome e aparência internacional, querer ensinar especialistas, corrigir pensamentos diferentes dos seus, bancar o hater  da nação, cuspindo  na brasilidade e na vontade política dos que escolheram o que não lhes agrada. Nem começou mas já batem o martelo  sobre decisões inexistentes,  e que poderiam atingir interesses inconfessáveis.

Portanto, vai ser difícil interpretar os fatos e saber o que se passa.
Quem sabe, bastam os preços estabilizados e a criminalidade controlada. E o gado tocado na manipulação de todos os lados?

sábado, 12 de janeiro de 2019

De monarca

                                   
  
Não me canso de admirar quanto as diferenças  entre as classes sociais. No Brasil tem convivência  entre umas e outras se há os mesmos interesses  e, até mesmo, coincidência intelectual.
Mas a classe social do topo da sociedade não se mistura, assim como a da base da pirâmide.

A diferença é percebida nas festas de família. Mesmo que em todas tenham o brigadeiro  Mas é nele mesmo que a diferença se mostra bem clara ou que representa a diferença.

Na classe da elite, onde o dinheiro corre solto o brigadeiro é pequeno, delicado, com as continhas de chocolate delicadas , pequeninas. Não sei onde as bolinhas  são compradas mas é coisa delicadíssima.
Nas festas comuns o brigadeiro é grande, salpicado de bolinhas parrudas do tamanho dos olhos arregalados das crianças.

Uma rica  família, com casa de praia a um quarteirão da minha casa, em Guarapari/ES possui fazendas  de café no município de Itapemirim/ES , donos de uma universidade em Vitória, carões importados pois carro nacional não está na sua reta, sempre dão festas no verão, quando alguns deles fazem aniversário.
Eu já fui convidada para uma  e, este ano, meu filho esteve em uma delas.
Eu já fui em festa de rico, banqueiros, grandes empresários , políticos no auge mas nunca  em uma festa como tem na casa desse pessoal.

Basta dizer que o fundo musical é um grupo que toca  na surdina, com violões, violas e que tais acompanham , cuja música é bossa nova e afins, daquele tempo e considerada sofisticada, preferida da elite da zoropa. Eu não suporto esse tipo de música. E,  não fiquei muito tempo pois para mim é insuportável mesmo mas  fiquei o bastante para observar o requinte das toalhas, dos pratos e talheres e dos sofisticadíssimos docinhos e salgadinhos. Bebida tinha de tudo, com garcon para fazer ou servir.  Sorvete  e picolé era servido de um carrinho da fábrica, abarrotado até ma boca.
Tudo fino, caprichado, bem feito, sofisticado. Nunca vi.
Meu filho , como bom agente do populacho , trouxe-me, dessa vez,  alguns brigadeiros  e eu mostro para vocês, um deles, na foto acima.

Eu queria ser gente fina assim. Verdade. Mas Deus me fez diferente.
Na próxima encarnação  quero ter muito dinheiro para pagar  serviçais à minha volta. Mas só gente  com verve delicada. Nada de grosseira. Todos bem mandados e subservientes ao meu dinheiro. Comandados só no olhar .  Mesmo que tenham o preço de ouro em pó. Nada de gente grosseira, bizarra, suja de alma e de espírito. Quero  fidelidade canina.

 Que comprem brigadeiro na padaria. daqueles bem grandes e do tamanho da falta de finura. Que coloquem  tudo na boca de uma só vez mas que eu sequer saiba que existam.

Só não gosta de coisa fina quem não conhece.

Destrinchando a notícia

- Árvore remanescente em Coari/AM com dois pontos brancos  ao pé, à direita, uma sou eu, para comparação do tamanho.. KLIKA na foto para ficar  maior.
                           

Quero levar uma experiência  que eu tive para  termos a chance, inclusive eu, de interpretar as notícias. Além disso, quando participamos de movimentos  populares e no rabo da política, sabemos que as notícias raramente correspondem aos fatos. Quando não são totalmente distorcidos.

Uma vez, houve um comemoração ao Dia Internacional da Mulher e resolvemos convidar uma personagem de fora para fazer uma palestra. Conseguimos o auditório do Palácio do Café, no centro de Vitória. Muito pequeno, não cabe  mais de cem pessoas. Por isso ficou esburrando de mulher, em pé, nos corredores. Não contávamos com tanta gente.  Mas não tinha outro jeito. Não há auditórios grandes na cidade, onde a vida é ao ar livre e ficar preso, ouvindo outro falar  é quase impossível de conseguir.

No dia seguinte, a notícia do jornal ressaltou , com fotografia,  a mesa  com garrafas d'água grandes e com copos de plástico sem ninguém para servir,  que o calor era insuportável pela falta de ar condicionado. Falou que estava cheio  e muito desconfortável, com gente sentada no chão, inclusive crianças.
Não escreveu uma linha sobre a palestra, não percebeu que as pessoas estavam ali, mesmo de forma desconfortavel mas  alegres, confraternizando, com mulheres de todas as classes sociais e níveis de cultura.

O pessoal organizador do evento telefonou-me para discutir se deveríamos telefonar para o jornal, em protesto porque   fizeram um parágrafo grande sobre as roupas desiguais, evidenciando a diferença social sem  escrever  nenhuma  letra positiva mas em tom de deboche. Com aquela foto absurda da mesa com as garrafas grandes de água.
Era um tempo recente  com o fim da ditadura, quando era proibido por lei             ( AI 5 ) haver  reuniões ou debates de direitos mas o jornal só viu roupas, garrafas e desconforto . Tiramos muitas fotos do evento mas não as tenho comigo. Estão, se não foram pedidas, nos arquivos da associação e doados para os arquivos da Assembleia legislativa do ES.
Prevaleceu a  minha opinião  e não retrucamos nada. Afinal como explicar para  energúmenos o que suas inteligências não conseguem  captar e a pessoa tem propensão para a destruição e o achincalhe. Inclusive o risco de fazer desafetos definitivos é muito pior.

Vejo em notícias de jornais e portais da internet que a questão continua, a ânsia em mostrar o negativo, o material, o que não tem nenhuma relevância social ou política, talvez para denegrir e desviar a atenção do principal.

É preciso saber ler um texto e retirar a notícia, duvidar de algo que aparece nas entrelinhas e perceber a linha editorial do jornal.
Tenho pavor de gente virulenta, agressiva na forma de escrever seja de qual segmento seja, como não gosto de filmes de tiros, socos e sangue escorrendo.

De toda forma, não podemos deixar de ler tudo mas ficar esperto, não custa nada.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Terrorismo petralha no Ceará

                     
                             - Porta voz petralha ...


Não sou de publicar texto com autoria de outrem. Mas dessa vez quero publicar esse texto, apenas para meditação de quem passa por aqui.
O Brasil é um país em formação e as teorias estrangeiras insistem em ser aplicadas por quem não nasceu para pensar sozinho. Aprendem lá fora e se julgam gênios ao aplicar corretamente o que aprenderam.
Eu tenho nojo dessa gente. A nação não caminha para a prosperidade e desenvolvimento porque está travada por essa corja desde os anos trinta.

Então, transcrevo o texto de Rosana Bensiman:


A gente quer mudar de assunto mas, de repente... Os cabeças do PT se mudam para o nordeste, o único reduto eleitoral que lhes restou.

Que interessante o condenado ( e solto ) José Dirceu ser agora conselheiro contratado da Governadora petista do Rio Grande do Norte.


Que interessante  o petista Pimentel, ex governador que acabou de falir MG, ser  agora secretário estadual do governador da Bahia.


Que coincidência a carga gigantesca de relógios de detonação de explosivos, seguindo para o nordeste, através  do aeroporto de Guarulhos.


Que coincidência começarem os ataques terroristas em Fortaleza, logo no Estado onde o governador reeleito é um petista  que no mandato anterior se entendia tão bem com os chefes do crime organizado do Ceará.


Que coincidência esse governador petista pedir ajuda militar ao governo federal, fingindo uma humildade que não em.


Que coincidência sabermos que depois do envio da Força Nacional, há possibilidade de o caos em Fortaleza demandar que seja feita intervenção federal no Ceará.


Que coincidência votações importantes do novo governo federal no Congresso estarem marcadas para os próximos dias.


Que coincidência sabermos que uma intervenção federal em qualquer estado impede votações no Congresso e isso acarretará ao atual Presidente da República uma acusação  de irresponsabilidade fiscal, já que a principal votação é a Reforma da previdência que está à beira do colapso financeiro.


Que coincidência  a outra votação no Congresso ser justamente sobre a liberação da posse de arma de fogo, que ameaça a supremacia do crime organizado que tem sido " exclusividade "  de posse e porte ( ilegais ) nesses últimos 16 anos.


Que coincidência sabermos que se houver intervenção federal no Ceará, haverá blitz e repressão policial nas ruas, um prato cheio para Gleise Hoffman espalhar vídeos pelo mundo inteiro, dizendo que o atual governo federal é uma ditadura militar  violenta  e opressora mas deixando de dizer que na realidade a repressão é aos bandidos que se transformaram em ousados incendiários e terroristas, que inclusive explodiram uma ponte com a intenção de derrubá-la.


Quantas " coincidências ".

Só que não.

E, o mais estranho disso tudo: O silêncio do cearense Ciro Gomes diante do cenário de guerra dentro do seu próprio estado, local da sua base política.

Mas aqui não cabe injustiça. Cabe aguardar. O tempo dirá se é suspeito ou não o seu silêncio.

terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Formação de um feminino

                                    - Enquanto estivermos vivos, será..

Quando começamos a viver um pouco independente, saindo da infância e entrando na puberdade, o mundo entreabre suas portas. Durante a vida, pensamos que podemos controlar alguma coisa mas é ledo engano. Apenas nos é permitido ter um foco no futuro. Ainda mais se os neurônios não ajudam.
Podemos almejar grandes coisas mas é balela achar que os sonhos serão realizados. Os sonhos dão caminho, permitido o  que se pode traçar na vida.

Minha neta está com onze anos. Pela primeira vez, ela fez referência a um menino que mora no prédio do meu filho. Disse que estavam brincando na área livre do condomínio e que o menino insistia em jogar a bola nela. Icha! Aí tem coisa.
Então, eu comentei com ela que foi com a sua idade que eu vi e ouvi Elvis a primeira vez. E, nunca  mais deixei de gostar dele e de sua voz.  

Com onze anos a mocinha já está despertando para o outro. Por isso é tão importante a figura do pai na vida da menina. O futuro vai ser o molde a começar nessa idade.

Freud diz que a moça se apaixona pelo pai ou o ante pai.
Não concordo totalmente mas acho que depende de como há reação  no decorrer da vida e do que teve em troca na figura masculina. Pode até ser.

Nessa esteira, não posso entender como uma moça relaciona-se com homens que as dominam. Só pode ser o DNA e não só o espelho do pai. 
Minha prima Luíza, disse-me uma vez, que  só interessava-se  por homens  que bebiam muito e chegou a conclusão que eram como seu pai. Por isso, não se casou. Tentou livrar-se da maldição mas não conseguiu.

Hoje é aniversário de Elvis e tem festa em Graceland. Não tenho ideia certa mas eu ter despertado tão nova para a figura libertária daquela época, parece-me que já direcionava minha cabeça para  um caminho que resultou eu  apaixonar-me por quem foi, mudar minha vida da água para o vinho e ter vindo para onde estou hoje. Contou ser o ante pai.

A implicância de quem acha que a figura do homem Elvis me interessa não tem nenhum significado. É o artista, que nunca morre, que tem lugar nos corações de suas fans.  Sua voz embala  multidões porque  acalma a alma  e dispensa tratamentos convencionais. Então. ligando alhos com bugalhos, esse é o mistério do papel do artista, Aqueles que  não prosperam, talvez  seja  porque não percebem o seu papel no intrincado  jogo da formação  da mente humana. Mesmo que não seja tema universal mas que não se pretende  passar em branco.

Detalhe, não tenho compromisso com minhas palavras. cada um vê o mundo como lhe aprouver. Mas a felicidade está a mais na gentileza e na suavidade do que nos moldes dos tiros ao alvo.

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#violênciacontramulher
#formaçãodafiguramasculina

segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Pedacinho do céu

                                      Um pedaço de  Guarapari 

O prefeito de Guarapari / ES tem prestígio e ganha eleições com o discurso de aplicar severamente a lei do silêncio e fiscalizar o fluxo de turistas.
Com isso, não tem música alta por aqui. A pessoa chega de fora, aumenta o som do carro ou resolve anarquizar em casa mas há plantão do Disque Silêncio, e, funciona. Afinal, uma pessoa compra imóvel, pagando os olhos da cara e não tem cabimento o bar da esquina atormentar a vida da cidade com funk onde a palavra preferida é bunda e a pseudo música é omo um bate estaca, tum... tum...tum...

Os imóveis, que antes alojavam trinta, quarenta pessoas não é mais permitido.
O proprietário tem que fazer cadastro na prefeitura e um fiscal  regula quantas pessoas podem ficar nele. O motivo é porque  as caixas d'água não estavam suportando o consumo e havia muita falta, gerando protestos dos turistas como se fosse possível uma casa calculada  para seis pessoas, dar o mesmo suporte para quarenta.

Na gestão passada, o prefeito deu declaração que repercutiu muito, dizendo que turistas da miséria  não seriam bem-vindos. Ou gastavam dinheiro ou fossem para outro lugar. Os sem educação que sujassem a cidade ou a praia, quebrassem os bancos ou aparelhos, pichassem muros seriam presos. Mandou  monitorar  as praias com câmeras e fez valer a lei.

O resultado é que este ano o povo está mais educado. Ninguém estacionou no passeio nem passou por cima das plantas. Não vi ninguém fazendo xixi na rua, o que já é um avanço... Foram construídos  mictórios públicos. Já soube que, mesmo com menos gente, o dinheiro  deixado na cidade é maior do que antes. A PM multa os carros de quem não obedece a lei sem dó, desde que um carro de Belo Horizonte não obedeceu a faixa de pedestres e atropelou uma pessoa.  Quem pretende  trafegar a mais de quarenta está frito porque o andar é de tartaruga no centro e na beirada da praia.

É verdade que os motoristas continuam reclamando dos costumes da cidade onde os transeuntes são a prioridade pois há o costume de andar a pé ou dos ciclistas sem faixa especial. Na fila do banco não se conformam com a calma dos naturais porque estão sempre  com muita pressa. Gritam, anda  logo e ofendem quem demora. O pessoal ri mas eu fiquei nervosa quando aconteceu  comigo. Eu tinha muita coisa para fazer na máquina  e uma mulher resolveu perguntar se eu era esperta como parecia. Caramba ! Não gostei nada e perguntei o que ela sugeria para eu pagar as minhas contas. Foi muito desagradável.

O Sol está  a pino e as praias cheias. Eu não vou mais. Já fui demais, já nadei muito no mar e amava  dar minhas braçadas na  água fria e refrescante. Mas minha pele não aguenta mais esse solão dos infernos e a praia entulhada de gente querendo aproveitar cada minuto. Envelheci, esta é a verdade. Nem tenho mais corpo para me expor em público, ficando com a cor dourada sem igual de Guarapari e o mar de cor única. Com um detalhe, não há praia poluída , interditada em Guarapari, chamada de Cidade Saúde.

Que role o tempo e que o povo fique cada vez mais educado e respeitoso. E, que dê tempo para eu ver isso acontec .

#verãoemguarapari

quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

- Aos seus lugares !

                    

Eu também acho chatíssimo essa filharada,  trafegando na esteira do pai. Pior é mulher que se acha eleita junto com o marido. Sempre fui contra mulher se dar como primeira dama, nada mais ridículo. Viajar em viagens internacionais, dividir loas de estado,  mesmo por poucos dias. Enquanto  o marido trabalha, ela vai às compras ou faz roteiro turístico.
Agora, a moça aparece até em discurso de posse, fazendo promessas e jurando cumprir a lei. Depois dizem que o cara é machista, se a mulher o traz pelo cabresto.
O cara levou uma facada, quase morreu. E, filho e mulher  ficam a seu lado por  vinte e três dias, dando apoio. Ótimo. Mas isso não é diferente de nenhum doente onde familiares largam tudo para estar junto da pessoa. Quando  ficam no corredor ou na porta do hospital porque impedidos por regras.
Pode ser que o filho tenha ficado no carro, protegendo as costas do pai ou na espera de um tiro para socorrê-lo. Ótimo que esse filho seja seu pitbul e fundamental na eleição. Não gera direitos, além dos familiares. Vai saber... Fazem o que querem...

A eleição acabou e, se quer manter distância dos puxa sacos, comece pela família. Pelo que veremos e como não pode nomear  parentada, vai ser enfiado  guela  abaixo um monte de gente se dando como voluntário. É bom lembrar, que dentro do serviço público, esse serviço requer contrato escrito, senão é mero intrometido.

Eu não sou de agourar fracassos na presidência porque é como cuspir para cima. Deixo isso para quem tem como premissa fazer oposição custe o que custar ou ganhe dinheiro com isso. Mas aguentar família, roubando cena e se dando, embora todos sejam inteligentes e bons profissionais, vai ser dose pra leão.
E, só para atazanar, teve um irmão de presidente que de tão fiel, passou dos limites e se deu muito mal.

Então, acabou a festa. Deixe o protagonismo para o chefe, o Zero 01.  Recolham-se,  cada um na sua função e deixem as confraternizações para as festas familiares, no Palácio da Alvorada.

Vamos ao trabalho !

Longe de mim agourar  mas conhece a história?  Seguro morreu de velho .KLIKA

#blogdamaguicompartilhe

domingo, 30 de dezembro de 2018

Feliz Ano Novo !

                   

Desejo um ano de 2019 cheio de alegrias para todos os que por aqui passam.
Embora não se identifiquem, eu sei que voltam. E, se voltam é porque estamos conversando, juntos.
Agradeço a todos ...

Que sejamos felizes e que não nos venham problemas difíceis de resolver.


sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

E, fica tudo aqui ...

Eldes e Olavinho. Tudo acaba, de repente.
                             

Esse ano a morte passou pente fino, sem dó e nem piedade. E não foi só em pessoas mas em animais de todos os tipos. Agora mesmo vi um filmezinho onde mostra as consequências de uma tromba d'água em cidade do interior de Minas Gerais  em um rio, levando muitas cabeças de gado. Para não lembrar das pessoas, jovens e saudáveis levados água abaixo.
Nessa época do ano tromba d'água é comum por lá assim como chuva de granizo. Pode parecer ruindade mas até tenho saudades dos tempos de criança quando olhávamos as pedras caírem e depois irmos pegar, espantados.

Mas uma coisa impressionante  é como a vida é fugaz. Estamos vivos às nove horas do dia e enterrados menos de vinte e quatro horas depois. Alguns morrem no começo da madrugada e já são pó no fim do dia.
Não sei como é em outros lugares do planeta. Notícias dão conta de cadaver  insepulto por dias e até semanas antes de serem enterrados. Será que são tratados no formol ou seria o clima frio que parece geladeira? Também, não quero saber.

Da morte não se espera nada a não ser que se preocupe o menos possível em vir nos pegar. Mas o que mais me abala é ver uma pessoa viva, andando e sem saber que está caminhando para a morte em seus últimos momentos de vida.
Um desastre de carro, por exemplo, uma família percorre os metros a caminho da morte! Caramba, é de arrepiar.

Um exemplo que me choca muito: Minha irmã passou o Dia das mães de forma festiva em seu sítio no domingo em cidade vizinha a Belo Horizonte / MG. Na  segunda-feira cedo, despacha o marido para ir viajar até  Uberaba onde ele dá aulas na faculdade de medicina, veste-se para ir à academia, desce  para o estacionamento e encontra uma vizinha com quem vai conversando.
Chega no estacionamento, coloca a mão no peito, diz que está sentindo-se mal e cai morta. Caramba ! Nunca ficou doente !!  A morte a esperava na garagem e sem ela saber ... Isso foi às sete horas. Às sete da noite já tinha ido para o forno para ser cremada. Em Belo Horizonte é impressionante a pressa para enterrar.  Velório à  noite, só se morrer à tarde.

O que eu quero dizer, que é importante levarmos uma vida enxuta, sem grandes arroubos, ferindo a tudo e a todos, fazendo inimizades, brigando por dinheiro. Alguns já tem tanto mas preferem fazer cabo de guerra e selecionar quem pode o ser e o não ser sobre seu julgamento seletivo, entre sentimentos, coisas e dinheiro que não fazem diferença.

 Que o próximo ano traga a meditação para o encontro  consigo mesmo e o culto à liberdade, baseado nas coisas simples da vida.

Do mundo nada se leva, a gente morre e fica tudo aqui.


quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Gerson Camata e as feministas

                        
Uma pessoa como Gerson Camata é assassinada e não é possível que uma testemunha de sua trajetória política como governador do Espírito Santo não  se manifeste.
Eu morava em Vitória / ES quando Gerson Camata foi eleito governador. Logo ele abriu audiência pública nas quartas-feiras, à tarde,  para atendimento ao público. Não durou muito tempo porque a fila tinha mais gente pedindo dinheiro e emprego do que sugerindo alguma coisa para o governo. Mas para a  formação dos movimentos populares foi fundamental. Acho que nenhum outro teve a importância para que a população pudesse manifestar seus anseios políticos de forma tão democrática.

Não vou dar nomes porque já se passaram tantos anos, tanta  coisa aconteceu e não quero me comprometer com mais nada nessa vida. Mas vou  relatar de forma  mega resumida. Mesmo porque já contei em outros textos a trajetória do meu grupo feminista.
Uma amiga, Sandra,  entrou na fila para pedir o fim da discriminação das mulheres em concursos públicos. Ele, então, disse para ela fazer um grupo organizado   e voltar com o pedido. Ele não podia atender uma pessoa para uma reivindicação política.
A partir daí, formamos um grupo, com ata de fundação, atas das reuniões, diretoria,  livro de inscrição  e estatuto  registrado em cartório. Chegou a  ter um Boletim mensal. O nome foi tão criativo, sugerido por Sônia, ganhou a escolha em votação nominal, que logo chamou a atenção. Haviam filiadas, desde gari até deputada federal, estadual ( a senadora Rose de Freitas era deputada estadual ). Das diversas profissões e donas de casa, só não havia engenheira. Tinha algumas jornalistas que ajudaram muito para a divulgação e prestígio do grupo.

A partir daí, Camata foi recebendo nossas sugestões e vou citar as duas mais importantes. Uma  foi o concurso para as polícias civil e militar onde ele reservou vinte por cento das vagas para mulheres.  Hoje isso parece um absurdo mas para a época foi uma grande conquista. Foi antes da Constituição de 88 onde consta a proibição  de qualquer discriminação. Nos outros concursos ficou tudo livre. A outra foi a criação da segunda Delegacia da Mulher no Brasil, sediada no bairro  da Paia do Canto onde ele foi morto, com a nossa participação na elaboração da lei.  A primeira foi em São Paulo, capital.

Fomos convidadas para a inauguração da Delegacia da Mulher, ele deixou que fizéssemos discurso  e nos prestigiou, citando nosso  grupo quando divulgou o concurso para a polícia. Só não criou o Conselho da Mulher  por um detalhe interessante : Sua esposa, presente na inauguração da delegacia e ele perguntando se ela queria manifestar-se respondeu com um meneio da cabeça, não. Entretanto, a partir daí ela interferiu na criação do conselho. exigindo que constasse  na lei, que a esposa do governador fosse a presidente. Por não concordarmos, ele não criou o conselho e nos colocou no gelo. Ela não fez parte do nosso grupo, nunca participou de nenhum movimento popular e não era feminista. De certa feita, em um programa de debates na televisão no qual  eu participei,  ela disse que sequer gostava de feministas.

Além do nosso grupo, ele incentivou  a criação de vários grupos populares, estudantis, sociais e profissionais, atendia  a todos. Comparecia  em eventos, feiras que foram feitas pelas entidades, desde Festas do Morango ou Do Vinho, da Cachaça, Italiana, Alemã, Da Pomerânia, Libanesa, Árabe com gente vestida a carater, pelo interior todo, o escambau para as quais era convidado e comparecia, andava no meio do pessoal, cumprimentava  sempre  de forma agradável e feliz. Ganhou prestígio porque atender a população organizada, sem intermediários , propiciava feitos importantes em um governo. Fazia tudo de forma espontânea, sem faceta política  ou ideológica, contribuindo para a politização  da população e acho que foi o primeiro  político a fazer esse tipo de linha direta com o povo.

Depois, eu o perdi de vista mas mandou um telegrama para mim quando meu marido morreu. Se ele  perdeu-se no caminho eu não sei mas quero testemunhar seus feitos e por propiciar a mim uma  época tão  prazeirosa e rica. A gente atuava muito, tanto eu quanto  meu marido nas entidades profissionais. Mas este é outro assunto.

Um homem desses, não merecia  ser morto e ficar caído no chão em uma poça de sangue.  Mas só ele sabia da sua vida e de suas consequências.  Ele era de uma geração capixaba que não leva desaforos para casa, embora tenha contribuído muito para a mudança de mentalidade.

Tá por fora  ? Então KLIKA

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