segunda-feira, 2 de março de 2020

Cortando galhos

                                  

Apenas para registrar sobre as chuvas que caem nesse fim de verão. Enquanto o ano passado foi de seca brava, este ano chove bastante.
As notícias de inundações e perdas de patrimônio são altas. Comprar carro usado vai ser dose de paciência no preço baixo. Quem garante que não é carro sobrevivente das enchentes urbanas?
Eu não sei como pode uma pessoa sair às ruas quando o céu está com nuvens baixas, trovoadas fortes, mostrando que vem água. Talvez alguns estejam estacionados nas ruas por falta de estacionamentos nos prédios ou casas. O fato é que, pelo menos o motor está perdido.
Eu já peguei chuva repentina e forte em Belo Horizonte. E foi nessa época do carnaval quando fui visitar meus pais. Quem dirigia era meu filho e, sem experiência, fez a manobra errada e entrou água no motor. Já pensou, viajando e tendo que trocar o motor ? Ainda voltar para casa a seiscentos quilômetros?
No caminho, passando pela  Serra do Caparaó, paramos em um posto de gasolina para esperar a chuva cair aos borbotões. Com meu filho querendo enfrentar a chuva que caia como uma parede d´água. Depois, peguei o volante e dirigi até Vitória. É que papai havia me alertado  para tomar cuidado com meu filho porque ele tinha muita coragem. Não é fácil criar filhos sozinha, sem que outros nos alertem do que não vemos.

Com o vento a dez quilômetros por hora, a água entra por debaixo das portas e nas frestas das janelas. Depende do tipo de construção. Fico pensando como deve ser terrível um vento a sessenta quilômetros ou furacões a cento e cinquenta.
A sibipiruna  em frente da minha casa, na rua,  resiste porque eu monitoro o ano todo. A coisa mais interessante é que eu tenho que fazer requerimento de poda na prefeitura e pagar uma taxa.  Aí vem um técnico, estuda se precisa mesmo fazer a poda e autoriza.
Acho uma graça quando dizem, do estrangeiro, que estão colocando abaixo a floresta Amazônica, se não podemos cortar um galho da árvore da rua sem autorização oficial. Não fazem ideia do que seja esse país.

Enquanto chove tanto, a umidade nas alturas, tudo fica verdinho. Quando vejo as árvores de fora do Brasil, com seus galhos secos ou com meia dúzia de folhas tenho certeza que morar por aqui vale o preço que se paga por viver de forma tão natural e simples.

E tome chuva!

                                       
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Mineiro gosta de crônica. Dizem as más línguas que, quando há concurso de crônicas, os Correios de Minas Gerais ficam lotados de manuscritos. Ah, isso antes da internet e do PDF.

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

À beira do pânico

                                  

O dólar passou dos quatro reais, quase cinco  e a gasolina idem. O povo perto da miséria e os membros dos  poderes da nação, ganhando mais de trinta mil reais por mês. É beirar o pânico.
No Legislativo e Judiciário tem ajuda de custo para moradia mesmo que o pilantra tenha casa própria no local de trabalho. Mais bolsa de estudo, gasolina, viagens de avião, farmácia, paletó mesmo sem saber o que é isso. Boicotam qualquer reforma que possa mudar  mordomias colonialistas.

Um país de terceiro mundo não é classificado pelo lugar que ocupa na lista de maiores economias do mundo. Não faz a menor diferença. É absolutamente indiferente. O quê conta é a diferença imoral, amoral da gritante distância entre os privilégios de uma casta indiana que ocupa o poder e o povo que a sustenta.

E, ai de quem proteste ou tentar mudar isso aí. Periga ser tragado pelos donos da nação.  Tumulto, acusações, confrontos mostram que mudar é impossível. O dinheiro é farto para quem fica longe do país em qualquer oportunidade. Tudo pago pelos impostos do povo mas isso também não importa. Há de espernear para não perder o dinheiro  contaminado pela miséria.

Convocam mais  protestos contra essa gente que teima em manter privilégios acima da miséria e do avanço. Ameaças, palavrões, ofensas de todo tipo a quem propõe o fim. Seja quem seja. Mesmo que os privilegiados na liderança e poucos miseráveis nas hostes do protesto. A ira de quem quer ser o Quarto Poder da nação   mas com o dinheiro público  é ensandecida.

Brasil e  sua casta de privilegiados no berço esplêndido,  seu eterno lugar , como  deitados na rede. E, quem balança é o serviçal da miséria

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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Arma na cintura

                                          

Quando eu leio textos ou manifestações contra as feministas o meu dia acaba.
Não consigo controlar  minha adrenalina frente a ataques de homens com vida estruturada, mãe protetora e pai provedor. Alguns quase imberbes. Essa gente se dá no direito de atacar mulheres que buscam o respeito, direitos iguais e o fim dos ataques porque são mulheres. Não medem palavras, não medem gestos pornográficos, palavras e epítetos grosseiros, não medem limites.
Se algumas exageram na forma de protestar elas tem motivos. Alguns energúmenos não captam a mensagem, sendo preciso exagerar para ser entendido. Com gente de cérebro curto, pouca capacidade de interpretação de texto, letras garrafais ajuda muito. Pode ser que essa gente seja míope, ou tenha deficiência de leitura da mensagem.

Para esses indivíduos, que atacam as feministas ou qualquer mulher que busca a vida sozinha, uma mulher só vale alguma coisa se tiver um homem. Qualquer homem vale mais do que uma mulher sozinha a enfrentar a vida. Como se mulher fosse mercadoria e precisasse ter valoração auferida nos moldes do sistema falocrata judaico cristão. Raça de ordinários, com  livro amoldado conforme o jogo do poder dessa gente. Como se buscar direitos iguais fosse buscar  a mesma vida desregrada e sem compromisso de quem abusa da mulher sexualmente e usa a força física para impor poder.

Vou dar um exemplo, pequeno e insignificante. Estou tentando arrumar um pedreiro para trabalhar na minha casa, em alguns estragos feitos pela chuva. O pedreiro que trabalhava aqui em casa sumiu. Deve ter morrido pois o número do telefone não atende desde novembro. Pode ser que esteja na Alemanha onde tem uma filha e disse que estava com vontade de ir visitá-la. Uma pena para mim, pois é uma raridade no trabalho. Vinha, fazia o trato, cumpria, recebia e ia embora. Crescem  na falta de respeito quando percebem  que o homem da casa sou eu. Alguns tem a cachimônia de me passar cantada. Aqui na cidade, pequena, um pedreiro matou uma chinesa. Dá medo. É preciso ser  grosseira e eles ainda retrucam. Arma na cintura seria bom para que essa gente saiba com quem está falando.

Debocham das muçulmanas porque  precisam andar com um homem quando saem de casa para serem respeitadas. Nem que for uma menino de três anos. A diferença por aqui não é grande não.

Todos os dias, todos os dias, todos os dias eu agradeço a Deus por não ter parido uma mulher. Pelo menos não tive filha para sofrer os desaforos por ser mulher. Para eu não ver  repetido ad infinitum o que vejo desde menina. Porque a vida é dura para todos mas nenhum homem sofre desaforo porque é homem. Eu não conheço.

Meu discurso é velho? Pois que seja repetido até ser entendido pelos bestuntos, microcéfalos dessa república de nanicos morais.

Esgotada...

                                          

                    

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

Fumaças do comportamento

                                        Um canta e o outro responde.

Mudar a política como ? Se quem lidera faz parte de uma geração do confronto nas trincheiras da falta de educação? E esconde a luta para manter as velhas práticas?

Um país desenvolvido, onde a ciência e a filosofia fazem parte do orgulho nacional, escolhe governantes à sua semelhança.
Em um país de gente semi analfabeta, que orgulha-se de nunca ter lido um livro na vida por preguiça de ler elege, também,  um semelhante.

Ora, não tem nada a ver estas afirmativas. Ser simplório não quer dizer ser ignorante, mau caráter ou criminoso em potencial. Como ter vários títulos do saber não é aval para ser honrado ou que vá aplicar o aprendizado de sua trajetória intelectual. A história recente do Brasil está farta de exemplos.

E, mesmo na esfera internacional do laico e do santificado, andam a desejar nos tapas nas mãos das beatas e nas bençãos aos pecadores sem arrependimento. Enquanto as farpas são disfarçadas nas loas e mesuras reais sobre quem quer se ver livre das inutilidades.

Retroescavadeiras ou bananas como gesto de agressão não são atitudes de bom exemplo. Mas mostram como andam os bastidores do poder enquanto o gado pasta.
Quem chegar por último é mulher do padre !

Não sabe? KLIKA
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#compartilhe se achar que deve. Agradeço sempre.


sábado, 22 de fevereiro de 2020

Nostalgia


                                                    

Enquanto os amores concretos rolam, no carnaval, vamos aos românticos e seus tempos.
William Holden está divino nesse filme e Jennifer Jones dos deuses. Em português, Suplício de uma saudade. Não sei por que não passa nos canais de filmes antigos.


Ou delicie-se com a essa interpretação : Aqui
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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

Pornografia

                           
- Sempre tratada na vala dos fornicadores
                                   
Os vetustos do poder, na falta do abate no tiro a tiro, usam as palavras e as teses montadas no absurdo para tentar derrubar um ao outro.

Mas o quê não muda é o uso do cinto de castidade usado às avessas. Pois como arma de estocar vento, os órgãos genitais e periféricos das mulheres são usados para coagir e esconder a malícia  da composição.
Mas não se iludam. As mulheres são usadas  como forma do bater nas partes frágeis e muito íntimas. É como esconder-se debaixo das pernas das mulheres. A mãe já foi pro brejo. A mulher, taxada de necessária para ser protegida contra os homens, é usada para escudo porque não pode ser atacada conforme teoria falocrata cristã. É o acuar, ou o correr para dentro da trincheira e esperar o revide. E, ai dela se atrever-se a entrar na roda.

A mulher continua sendo escudo e arma de dominação quando senhores feudais, machistas no geral, no público e no privado, trazem argumentos para chamar a impossibilidade de revanche. Como arma de estocada, usam as partes íntimas das mulheres. Como são em exibição nos filmes pornográficos, dos quais foi dito que o homem brasileiro é viciado. Ou nas bundas nuas das mulheres que sabem ficar ricas, explorando o mesmo sistema que separa as mulheres em putas e puras. Que olhem, que paguem, que falem, que usem. Porque a mulher é pau mandado do sistema desde o texto sombrio da virgem pisando na serpente para matar o encardido.

Lembra-me dos tempos em que eu era criança. Estava na fase da alfabetização e lia tudo que aparecia na minha frente. Vi escrito em um muro a palavra "buceta" . Perguntei a papai o que significava  e ele respondeu:

- O muro é o papel dos canalhas.

Nada mudou no respeito  devido à mulher. Desde  a de grelo duro, do furo para dar notícia ou  ter vagina não é mais prova de ser mulher.

Que rufem os tambores.

                                     

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Faz parte da vida

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

Embaralhando as cartas

                                                 


Uma coisa a analisar é que o Bolsonaro foi deputado durante vários mandatos mas não tem confiança em nenhum, das dezenas com quem conviveu. Pode ser que haja confiança relativa mas mão no fogo, nenhuma.
Na formação do seu governo, cercou-se de militares. Até  em cargos que poderiam ser preenchidos por civis. Ou deviam.

No caso específico, não serve o : Diga-me com quem andas e dir-te-ei quem és. Há décadas deixou de ser militar. As mesmas décadas que tornou-se político. As más línguas dizem que foi expulso do Exército, que Geisel disse que ele era terrível.
Minha visão de quem gosta de ver a atuação dos líderes naturais, para o bem ou para o mal é diferente. O líder natural pula na frente da baioneta. E sequer  sabe explicar o motivo. Jura não participar de mais nada e só não o faz se o amarrarem no pé da mesa. Se não conseguir soltar-se.

Bolsonaro saiu do exército por uma espécie de pressão pois sofreu processo administrativo depois de fazer protesto por melhores salários. Não foi provado que ele ia colocar bomba em algum lugar como forma de ação. Tudo com uma  boa tese de reivindicação, que era a falta de recrutas para fazer a renovação nas escolas, devido a baixa remuneração. A fala de Geisel não importa. Pois o general era um militar que não admitia desobediência sequer em pensamento. Ordem unida e continência, sempre.

Isso não importa mais, é passado e a vida segue. Há de virar a página e seguir em frente. Muito mais em um país onde a formação de sua democracia vem claudicando. E, com  grupo de gente  a quer chegar ao poder haja o que houver, custe o que custar. Acho que vou morrer sem que fiquemos livres dessa gente que se renova como agentes, mas com o mesmo discurso. A alternância de poder entre  os contrários faz o povo de joguete e obriga a engolir ditaduras que corroem  o surgimento de novas lideranças. Desde os anos vinte do século passado. É muito tempo.

Fazer um governo com predominância de militares não faz diferença histórica. Podemos dizer que os últimos ocupantes do poder foi uma república de  sindicalistas. Houve, até,  sindicalista médico como ministro da economia!

No fundo, Bolsonaro, que levou uma facada na barriga, com morte certa em cem  por cento das vítimas, precisa cercar-se de quem ele sabe que é treinado para cumprir ordens e tarefas. Sem evidente  pretensão política. Portanto, podem focar no  trabalho sem desviar-se em  militâncias políticas.  Em tese, pelo menos.

Vejo militares no poder como quando sindicalistas lá estiveram. Apenas como falta de pluralidade no pensamento. E, sem lideranças civis, naturais, com visão de estadistas e não de caudilhos.

                                   

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Se achou interessante a minha tese, se quer dividir,  como é feito nas redes sociais.   O blog é um componente das redes sociais. Agradeço. Porque falar sozinho é coisa de doido.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

Mosca azul

                                     

Dois ministros com inteligência privilegiada e oportunidades de estudos acima da média falam pelos cotovelos. São os ministros da Economia e da Infraestrutura. Não importa o nome real dos ministérios: Guedes e Tarcísio.
Eles dão palestras, estão em inúmeras entrevistas em destaque e sempre aplaudidos.
Tarcísio fala em código. Pessoa leiga no assunto não entende metade do quê o camarada fala. Mas é aplaudido como se fosse.
Guedes tenta fazer piada e comparações populares.  E dá tiro a esmo na certeza que a maioria não entende mesmo. Então, alguma coisa pega no próprio pé.

Bolsonaro entregou a economia para seu ministro e os entendidos dizem que a equipe é mega técnica e competente. Elogios aparecem até a nível internacional. A Inglaterra, sabidamente crítica de tudo o que se passa no Brasil, premiou o cara como o melhor ministro de 2019. Dizem que  tem gente que abriu mão de ganhar fortunas para dedicar-se a fazer o Brasil tornar-se uma nação economicamente viável.
Eu prestei atenção no elogio da Inglaterra, feito através do jornal The Economist porque previram que o Brasil ia cair em um buraco quando Mantega era ministro da Dilmanta. Como acertaram, minha curiosidade aguçou. Pois que de economia só entendo da minha. Apenas para gerir o nada e  não levar desaforo de quem não paga a minha comida.

Na ânsia de ser aprovado em suas palavras e obras, este governo peca em falar demais. Talvez o fogo das vaidades esteja consumindo a cautela, ao Quem fala demais dá bom dia a cavalo.

Tarcísio é uma metralhadora. Fala pelos cotovelos quando presta contas de suas proezas, aplaudidas até na Alemanha. Tem orgulho das suas metas, cumpridas de forma militar. Mas devia ter cuidado com os inimigos. A vaidade pode ser uma armadilha.

Em alguns ministérios, os quais foram transformados em máquina de propaganda petralha, cheio de pseudos intelectuais, medíocres na cultura universal mas com a Cartilha da Guerrilha decorada até nas vírgulas, ainda os boicotes são claros.
Mas todo cuidado é pouco porque em boca fechada não entra mosquito e nem dá munição para o inimigo.

Falem menos e deixem quem deve buscar as notícias. Nem que seja nas redes sociais. Se dominam as artes da sua profissão , deixem a oratória para o profissional da palavra.

Mosca azul ?  KLIKA

                                         
 

#compartilhe , faz parte da vida

terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

O outro lado da história


                                 
                                      Não é preciso ter opinião sobre tudo


Qual o papel da imprensa ? Informar ou influenciar ?
A máxima do jornalismo vem do New York Times, jornal considerado o ícone da informação. Algum jornalista, guru da profissão, disse que, se não aparecer no NY Times não apareceu para o mundo. Sua máxima é : Good news is bad news.

O documentário sobre a movimentação popular que resultou no afastamento da presidanta Dilma Roussef mostra como fomos mal informados.  Não me lembro de ter visto notícia completa da caminhada ou do acampamento que fizeram em Brasília. Um dado aqui e outro ali. Mas a boa informação foi omitida.
Portanto, talvez, o documentário, financiado por dinheiro da corrupção desviado para construtora da qual a diretora é filha, tenha razão de ser.
Com a informação pela metade, com tantos ongueiros pagos, na ocasião, para elogiar os petralhas no poder,  a história precisa registrar o embate de informações. Cabe ao público fazer a comparação.

Quanto  o documentário Democracia em Vertigem ter sido indicado para o prêmio do Oscar, isso tem explicação. Hollywood tem sido cobrada por apresentar mais diversidade na apresentação dos candidatos  aos prêmios, nas diversas categorias. Este ano a grita foi grande porque só deu homem e branco. Essas coisas dos EUA, onde não há mistura de raças e as caras são bem definidas pelos guetos que são formados na sociedade daquele país.

O documentário da brasileira, fincada na elite da elite nacional, é para cumprir a cota dos supostos latinos. Também assim classificados quem se atreve a ter a tez morena sem ser , exatamente, preto. Aqueles tipos mistureba vira-latas, indígenas de todos os tipos e  os que falam idiomas originados da Europa. Aquela gente originada da banda podre do povo  desenvolvido e tão limpinho, que nem precisa tomar banho.

Do meu lado, sem ter visto o documentário, acho bom haver o registro dos perdedores. Afinal, o que mais tem é gente dizendo que a história é contada pelos vencedores. Está na hora de ouvir os dois lados. Mesmo que sejam lamúrias contidas e próprias dos derrotados. Tem gente que sofre derrota simples na vida e leva anos para aceitar, outros nunca aceitam.

Ser indicado não vale nada. Ninguém vai lembrar-se daqui a dois Oscars. Como ninguém lembra da Palma de Ouro de  Cannes  cujo vencedor foi do cineasta brasileiro Anselmo Duarte  O  Pagador de Promessas. 
Preencher cota  e continuar denegrindo o Brasil por essa gente que vive em lugares desenvolvidos mas com o dinheiro do povo brasileiro é estilo de vida.

Nota: A partir do filme acima você encontra outros. Apenas informação para você que não viu ou que tenha participado das manifestações. Nunca é menos para o saber.

                             

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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

Sem filtro de papel

Esta é a caixa
                                   

Quero passar para vocês esta novidade: Um filtro de café de aço inoxidável  e que dispensa coador. O que mais se usa é o coador de papel.
Após o uso, o pó pode ser jogado em um saquinho plástico para ser descartado no lixo. O mesmo que vai ser usado na hora do almoço para reter as cascas dos legumes.

Eu vi um anúncio, na internet, desses que entremeiam os textos, onde oferecia  a novidade mas por preço nas alturas. Não precisa comprar o mais caro porque é tudo igual.
Comprei, testei antes de contar para vocês.
Tem vários preços. É preciso verificar se tem o pegador porque tem alguns que não tem. Outros tem a colher mas o que eu comprei não veio.
Apenas uma dica que eu achei interessante e prática.

                                  


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domingo, 9 de fevereiro de 2020

O filme 1917

                                     

Eu vi o filme denominado 1917. Está concorrendo ao Oscar com várias nomeações.

As críticas só podem ser pagas, não é possível ser diferente. O filme não tem relevância como história de guerra e nem como cinema.
A direção é uma piada e os atores inexperientes. O cenário é artificial. O filme Cavalo de Guerra dá de mil e parece que o cenário de 1917 foi aproveitado dele, em algumas cenas.
É um filme inferior a qualquer outro visto sobre o tema. É tão previsível e cheio de clichês que dá ganas de riso. Algumas vezes a gente ri mesmo.

Eu fui narrando e brinquei com meu filho que a autora do script fui eu. E dou  estes exemplos:
- Agora só falta aparecer uma vaquinha branca com manchas pretas.
E, na cena imediata,  lá estava a vaca,  estática, mostrada ao longe.
O personagem acha uma vasilha cheia de leite, mas não há ninguém por perto. Na certa o leite foi tirado pela própria vaca. O leite estava fresco, vasilhame inclusive limpo no lugar imundo! Não sei se a aparição de um grupo de soldados em cena lá na frente quer dizer que eles estiveram ali. Mesmo assim, não justifica um balde de leite fresco em um lugar sem água potável e tantos soldados famintos. E nenhum deles vai até o lugar onde estava o leite. A vaca sumiu.  Estavam de passagem. Não havia ninguém no lugar, antes.

Então o rapazinho leva uma facada na barriga, igual aquela que só Bolsonaro saiu vivo. E morre dois minutos depois, quando esse tipo de morte leva horas ou dias. Tigum !
- Agora ele vai pedir a foto da família para morrer abraçado com ela.
Bingo!
Morre e fica logo azul em rigidez cadavérica ...
Carregam o morto de um lugar para outro mas largam ao léu e vão embora... Será que foi para parecer dramático? O outro ator, que faz dupla com o morto, não mostra nenhum sofrimento.

Antes, um deles machuca a mão no arame farpado. Tudo cheio de cadáver putrefato, excrementos, ratos, podridão  e nenhum dos dois,  durante todo o filme, faz um esgar pelo mau cheiro. Pouco depois escorrega, a mão machucada entra na água suja e depois mergulha na barriga de um cadáver podre no último, ao seu lado.
Eu apostei com meu filho que haveria infecção e ele ia sentir a maior dor. Chegamos a cruzar mindinhos. Mas nada aconteceu. Perdi a aposta.

O rapazinho consegue chegar em um prédio abandonado, depois de levar tiro sem saber de onde. Podia  ter seguido em frente. Mas, por qual cargas d'água, entra na casa e vai entrando devagar, sobe uma escada com aquela cara de Meu Deus o quê é isso ? E, abre uma porta sem quê nem praquê e leva um tirambaço do alemão, sentado e esperando a porta abrir. Eu disse para meu filho:
- O cara é burro a ponto de abrir a porta? Se levou bala do lugar ? Vai levar um tiro.
Não deu outra.

O enredo do  filme é para ser levado uma mensagem de um regimento pra o outro. A crítica diz que é para mostrar o espírito do cumprimento do dever apesar das intempéries. Uia ! E por que escolheram dois adolescentes, fazendo chantagem enquanto davam ordens?

E o rapazinho ficando cego com a poeira só para que ele pule de uma pedra para outra, sem ver nada? Será que foi para dar suspense?

Tá bom, vou admitir que sou brasileira e não entendo nada de sentimentos de guerra, no atravessar um campo de  framboesas ainda em flor e cair na esparrela que mata um deles. Um alemão mau pra caramba que matou um dos adolescentes, bonzinho, que não o matou tão logo o encontrou.
Admito que não entendo o uso de adolescentes em guerras feitas por adultos malvados. E que o filme aparece em um tempo atual, no uso do cinema  para defesa de teses e convicções políticas de seus autores. E eu não captei a tese política do autor.
Eu não sei, estou apenas especulando para aceitar que não entendi nada do que o primeiro mundo quer dizer a uma subdesenvolvida de terceiro mundo. Aceito ser  incapaz de ser solidária a qualquer das guerras  de dominação, aquelas guerras europeias do século passado.

Enfim, vejam o filme mas para dar boas risadas pelo óbvio do óbvio. Com certeza os entendidos vão dizer que só eles entendem. Deve ser por isso que o filme é ruim.

Nota : Acertei. Não ganhou nada. Ufa !
 
                            

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A morte em torno dos humanos

                                     

O dia tem vinte e quatro horas. Mas foi justamente no momento que o cachorro da turista matou  o preá é que eu tive que chegar em casa.

Sexta-feira, á tardinha, uma mulher com dois cachorros, soltos, veio correndo me dizer que um dos cães entrou no lote, na rua paralela,  atrás de um preá.  Furou com as patas um buraco na terra,  debaixo do portão e entrou. Disse toda tristinha que o cachorro havia sujado as patas e que ela ia precisar lavá-las. ( ?! )           
Estava com as guias dos animais nas mãos. Eu disse a ela que aqueles cachorros eram beagles, portanto caçadores e que ela devia mantê-los presos. Que o lugar tinha muitos bichos pequenos.
Mal acabei de falar, os cachorros passaram qual uma bala, atrás de outro preá. Corri até deles, o preá deu a volta pois não achou saída lá na frente. A mulher foi até eles, batendo na cabeça de um deles, o que trazia o bichinho na boca, dizendo solta, solta. O preá rodou no chão, ficou caído de  lado. Eu pensei que ele estivesse imóvel para disfarçar, como defesa. Cheguei perto e o animalzinho tossia e os olhos bem abertos. Cof, cof, cof...
A mulher colocou a guia nos dois e foi embora.
Eu me afastei, pensando que o animal ia levantar-se e ir embora. esperei um pouco e voltei. Mas ele estava morto. Talvez um ataque cardíaco? Coloquei-o em um saco e joguei fora.

No dia seguinte,  ontem, sábado eu a vi outra vez. Disse a ela que o preá havia morrido e perguntei se ela podia me informar se o cachorro havia conseguido entrar no lote. Ela se fez de sonza. Eu disse que apenas queria saber pois ia exalar cheiro ruim se o preá tivesse morrido. Não sei... Não vi... Talvez...
Então a alertei para manter preso os dois assassinos pois se eles matassem algum sagui a coisa ia ficar feia.
Não a vi hoje por aqui.

Turista é a desgraça da cidade. Como todo janeiro, levaram os saguis mais velhos. Inclusive a Artista com seus dois filhotes ainda amamentando e grudados nela.

Por mim o Brasil deve procurar outra forma de fazer dinheiro. Turismo em massa jamais. Dinheiro predador, maldito e destrutivo. Não tem nenhum valor para a sociedade. É um monte de curiosos, atrás de emoção e depredando tudo. E não é só no Brasil. Sabemos bem como funciona no mundo todo. Por isso os franceses odeiam turistas. Mas a diferença é que não podem viver sem eles.

Hoje a catinga sai do lote e chega até o meu portão. O cão matou os dois preás.

                                      

Nota Se puder, de acha que deve, por favor # compartilhe

Para quem quer ler em outro idioma, no alto tem a opção.