quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Feliz Natal !

              


Que a mensagem de Jesus Cristo seja renovada nos corações de todos que por aqui passam : 
Amor ao próximo e a si mesmo.
Feliz Natal !

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Por que eu sou homem

Oito irmãos e vovó. Papai  é o primeiro, à direita, da fila do meio
Quer ver maior? KLIKA na foto
                                    
Tenho  ótima convivência com mulher; inteligente. Minha turma sempre foi de mulheres superlativas, nada femininas, todas feministas. No bom sentido e sem bandeira. Mulher mulherzinha, cujas conversas giram em torno do cri-cri, crianças e criados, bonecas que a moda enfeita, jamais fizeram parte da minha roda. Nem nas festas , sejam quais foram. Enquanto as mulheres ficavam ou ficam à parte nas reuniões  enfadonhas eu prefiro as conversas masculinas. Estas giram pelo mundo. Embora Schopenhauer tenha dito que  só tenham duas vertentes, mulheres e cavalos. Pode ser que seja somente entre eles.

A origem de gostar do mundo masculino já deu margem para epítetos dos que mantem-se pregados no chão do mundo falocrata judaico cristão. Quando me chamavam de sapatão eu sabia que não o era porque meus amores foram ( deixa eu falar, são? ) homens e bonitos. Se eu gostasse de mulher não amaria Elvis mas Marilyn Monroe.

Uma das explicações do meu amor pelo mundo masculino pode ter sido porque quem nos criou foi papai. Na casa dele eram oito irmãos e vovó era chamada de Sargento. Ele dizia que só ficou sabendo que mulher comia como homem e falava alto,  depois que nós crescemos.

Quando perguntado ao meu irmão quantos eram lá em casa, ele respondia que eram cinco mulheres e um homem. O interlocutor invariavelmente admirava-se: -  Só você de homem!? E, ele respondia: - Isso na Certidão de nascimento ...

domingo, 20 de dezembro de 2015

Enterrei meu coração em Cachoeiro de Itapemirim

Maio /1973: Nosso casamento 
( para ver maior, klika na foto )
                                                                                 
Não gosto do mês de dezembro. O mês  me deu alegrias mas muitas coisas que, mesmo não querendo lembrar, deixaram cicatrizes indeléveis na minha alma. Não adianta mil propósitos de não olhar para trás, a memória faz ressurgir qual arquivo morto. A poeira não cobre tudo.

No dia 21, Maria Inês, minha irmã, comemora seu aniversário. Parabéns ! No dia 21 conheci Eldes, amor à primeira vista que me deu dois filhos.

No dia 12 de dezembro comemoro todas as minhas formaturas pois é data da fundação de Belo Horizonte/ MG;  a onda vira tzuname. Mas, também,  foi o dia em que enterrei o meu coração em Cachoeiro de Itapemirim/ES. Lá ficou a minha alegria de viver que era o  meu encanto,  lá ficou meu sorriso,  o brilho dos meus olhos, minha vida, minha sorte. Aqui ficou a obrigação de viver para criar meus filhos. Parece ontem.

Esses assuntos nunca escrevi  na net. Mas, como envelheci e  posso morrer a qualquer hora, quero deixar isso na nuvem, eis que ele amava tecnologias e acho muito injusto ele ficar sem participar desse mundo virtual.

Então? KLIKA

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Manifestação de soberba

                                     
                           
Um juiz mandou suspender, por quarenta e oito horas, o aplicativo para celular mais usado no país, o Whatzapp. Para muito gente, o instrumento moderno de comunicação instantânea , serve para trocar mensagens ocas, fazer brincadeiras de adolescente.

No entanto, esse juiz, como vários outros alheios aos acontecimentos, não sabe que o Zapzap é usado para fazer negócios e diálogos emergenciais. Nessas alturas, deve ter alguém pensando: Que se use outros aplicativos.
O debate não é esse. O que importa é que, esse tipo de juiz não resolve coisas muito mais importantes e se perde nas entrelinhas. 

Não foi mostrado o autor da ação e nem noticiado o motivo. A punição não é para o aplicativo mas para o ordenamento moderno das ações entre pessoas. Escancara mais uma vez como são soberbos, autoritários, alheios aos acontecimentos e não sabem contribuir para a sociedade.

Mais? KLIKA ou AQUI

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Que venha o jeitinho brasileiro !

Antes da temporada. Depois publico durante
( klika na foto se quer ver maior)
                                                  
      
Os capixabas reclamam porque, desde sempre, os mineiros vem passar férias em Guarapari e  trazem tudo de casa. É verdade. Dias antes da viagem, há reuniões para dividir tarefas na casa, quem vai comprar o que para levar, quem vai ser o presidente da casa, quem vai ser o contador. Sim, é criada uma caixinha, literalmente, onde é colocada a devida cota quando fica vazia. Ninguém explora ninguém. 

Então, não é verdade absoluta ser tudo  trazido de casa mas somente  a primeira leva. O motivo são os preços multiplicados por até quatro vezes no supermercado tão logo chega meados de dezembro.  Depois, vem gente bestunta dizendo que brasileiro é mal caráter porque sabe dar um jeitinho nas coisas...


Por falar nisso, também vou dar meu jeitinho: Vou fazer as compras, pelo menos para dois meses, antes que os turistas comecem a chegar.

Quem for contra o jeitinho brasileiro, que vá ver se estou em Miami.









domingo, 13 de dezembro de 2015

Para papai, onde estiver

                                Vejam uma vez, somente para reparar nos pés dele.

Papai gabava-se de ter dançado tango com uma artista argentina no Cassino de Belo Horizonte. Ela veio fazer um show e ele teve a cara de pau de chamá-la para dançar. Parou o baile e foram aplaudidos no final.Tinha pouco mais de vinte anos. 
Papai dançava tango comigo na sala de nossa casa. Ensinava os passos e dizia que, para dançar bem, tinha que dançar todos os dias.

Esse dançarino me lembra papai...

Em sua homenagem !
Saudades, papai !

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

As risadas do Velhaco

                                       
Lula, sindicalista  puro, conheceu a fina flor da USP- Universidade de São Paulo. Então, essa  panelinha  da burguesia paulista, arrogante até o último fio de cabelo, que não se dá de São Paulo mas de Brasil, passou a fazer dele seu porta voz no discurso marxista leninista. Ele captou a mensagem, sujeitou-se e chegou ao poder. Lula é resultado do sindicalismo e dos intelectuais da USP. A máquina montada para ele chegar ao poder foi azeitada por essa gente e pelo dinheiro roubado nas espertezas da corrupção. Tanto é que só Fernando Henrique Cardoso lhe fez frente, um intelectual da USP.

Manipularam o cara, dividindo tarefas: Um executava o que o outro pensava. Mas não contavam com a astúcia do pobrinho, catapultado para o meio dos ricos intelectuais paulistas. Daí nasceu o maior velhaco produzido pela política. De esperto virou espertíssimo. Se tapeava quem estudou podia tapear o mundo. Até a arrogância cega do espertíssimo e meio presidente dos USA, foi pega. Dois caras. Um é o Cara  o outro o Calhorda. E, alastrou  o feito pelo mundo, ávido de figuras exóticas do Brasil desde quando levaram o primeiro índio para ser exibido nas cortes portuguesas.

O tempo passou e o sindicalista boquirroto, sem compromisso com as palavras, cunhadas por outras pessoas, virou Chefe de Quadrilha, ladrão do dinheiro público. Enricou total. Comprou avião personalizado, viajou pelo mundo para exibir-se como cãozinho amestrado. - Viaja Lula e deixe o resto conosco, diziam os outros componentes da quadrilha.
O tempo passou, a máscara caiu, seus roubos estão por um fio para ver o sol nascer quadrado. A quadrilha já está enjaulada. Não entregam o chefe. Tem, medo de serem mortos porque no passado já mataram outros.
O que o cara faz ? O Velhaco mais velhaco que pisou o solo brasileiro, viaja pelo mundo para se dar de perseguido. Culpado é o juiz , por azar dele fora do controle da USP e, portanto, difícil de manejar. O juiz é do Paraná. Os intelectuais da USP e a quadrilha do sindicalista não se conformam do Brasil não ser somente  São Paulo. Falam até m separar-se do Brasil. Esquecem que são o que são por sugaram o Brasil, por pelo menos, desde o pacto feito com Getúlio Vargas  e se deram como locomotiva da nação. 
São um bando de apátridas que cunharam essa horda petralha. 
Não vou afirmar que nada disso teria acontecido se o juízo não fosse do Paraná mas tenho minhas dúvidas.

O round, agora é observar se o mundo vai cair  na balela do Velhaco. Estão comprometidos até a medula depois que deram um monte de títulos de doutor honoris causa para ele.  É esperar para ver até quando os estrangeiros, que se dão de espertos e nós de burros, vão digerir a realidade de um país que podia ser grande mas conforma-se em ser pequeno.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Nas entrelinhas

                   



De repente tudo aclarou-se para mim. Existem coisas que levamos anos para descobrir. Mas, como um insight, explodem em nossa mente.

Vim morar no estado do Espírito Santo, movida por meu espírito indômito. Como Juscelino Kubstchek de Oliveira, a palavra  medo não existe no meu dicionário.  Mas aí, mora um perigo imenso. Sair de Belo Horizonte, cidade desenvolvida, povo culto, vivendo em ambiente intelectual, onde cada casa tinha uma estante de livros, emprestados uns aos outros ou buscados na biblioteca pública. Ouvir Chopin ou Deboussy no piano de meia-cauda, tocados pelas pianistas da família. Tudo isso muito perto, em ambiente saudável com rodas de conversas jogadas fora até em barzinhos, desde sempre existentes por lá. Classe média ? TFM ? Ninguém tinha vergonha disso. Minha família orgulhava-se de poder dar aos filhos a melhor educação, com às vezes quatorze horas, diárias, de trabalho duro. 

Mas, afinal descobri, por esses dias e depois de quarenta anos, matutando o motivo desse lugar me trazer um mal inexplicável. Não foi porque perdi meus concertos na Cultura Artística, nem as peças no Teatro Marília, não foi porque não tinha uma árvore plantada na rua quando Belo Horizonte já era a Cidade Jardim, nem pelos poucos monumentos mal acabados. Não é porque ninguém aqui conta causos e se enfurece quando convidado para me visitar e jogar conversa fora. Caiu a cortina no meu cérebro, de repente: É porque esses bestuntos do caramba não possuem senso de humor. Não sabem distinguir um chiste, não sabem ler nas entrelinhas, não entendem patavina quando se fala uma frase mais elaborada. 

E, como descobri? Primeiro, conversando com minha neta. Fez oito anos em final de outubro. Eu faço humor com ela e tenho resposta à altura, vinda com uma risada gostosa. Retruca com outro chiste melhor do que o meu. O fino senso de humor da família do papai. 
Quando ela vem nos visitar e ficamos conversando, meu filho admira-se do diálogo entre nós. Das risadas que damos e há anos estive longe. Entende nada. Puxou o pai que, entretanto fazia um esforço para me agradar. Não retrucava mas achava graça e não cortava o meu barato.

Estou otimista porque, por estes dias, afinal, tive a sorte de encontrar algumas pessoas com sendo de humor na internet. Depois de tantos anos de  blogue,  aprendendo a transitar no Facebook, levando muita grosseria como resposta, apareceram  uns gatos pingados que entendem o sarcasmo, a piada, a brincadeira sem ficar ofendido. Captam a mensagem e devolvem melhor ainda.
Para a maioria, a vida é coisa muito séria e não reconhecem o senso de humor. Quando tentam fazem humor é perverso ou burro. 

Oh, pobre gente! Com minha descoberta, estou mais leve...

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Barulhão por nada

                               

Um passo em falso.
É tudo?

Os contra, piram ...

Ninguém merece?
                              
Lamento informar mas as chuvas chegaram como sempre. Nada de estiagem nem mais e nem menos.Tudo melado pela umidade, a entrar na menor greta encontrada , trazendo a maresia que come até vidro.

Quando eu era adolescente, telefonar interurbano de casa era um sacrifício mas no Posto Telefônico ficava ótimo. Todo mundo sabe que mineiro tem as suas praias no estado do Espírito Santo mas não é bom quando chove a temporada inteira, planejada o ano todo. A informação metereológica não era diária e valia a Folhinha Mariana.

Sou de Belo Horizonte/MG e moro onde está a maior população mineira, fora de Minas Gerais, Guarapari/ES. Naquela época nossas férias eram em Nova Almeida, onde podíamos andar pelados, se quiséssemos. Então, íamos até o posto, que ficava na rua Carijós, pegávamos o catálogo, escolhíamos um número aleatório, telefonávamos para saber se estava chovendo. Se chovesse no mês de dezembro haveria um verão com sol a pino.

Portanto, um bom sinal para os veranistas e para quem sobrevive do verão. Para mim é mais um mês onde minha madorna vai ser quebrada...

sábado, 5 de dezembro de 2015

Cinquenta anos depois

Sou a última, sentada, à direita ( klika na foto para ver maior)
                                


Fui olhar  o bouganville, atrás de mim,  que plantei perto do lote vago e quero fazer uma árvore

Tive sorte, puxei papai. e não tenho cabelos brancos.
                                       

De repente tomei conhecimento que vou fazer cinquenta anos de graduação no curso de Formação. Estudei no Instituto de Educação de Minas Gerais - IEMG - desde os meus dez anos. Naquele tempo havia o curso de admissão ao ginásio. Tinha que fazer prova para conseguir estudar lá, porque era top dos tops para as moças. Eu não olho para trás na minha vida, não amealho lembranças. A não ser uma e outra que não quero esquecer.Tento seguir mamãe que não se lembrava do que passara na semana anterior. E, viveu lúcida, até outro dia, quando morreu, pouco a pouco, com noventa e dois anos.

Minha vocação é professora, alfabetizadora. Tenho uma facilidade monstro em alfabetizar. Alfabetizei crianças muito mais inteligentes do que eu e algumas topeirinhas; algumas moças que vieram do interior para trabalhar em casa de família e eram analfabetas; adultos que não conseguiram aprender a ler com ninguém; em canteiros de obras após o trabalho na construção civil; no interior no Projeto Rondon; meus filhos; minha neta, crianças minhas vizinhas como aula particular e hoje um deles é deputado federal. Uma ocasião pensei em alfabetizar em uma sala de igreja mas fui tão mal recebida que não voltei. Sou um desperdício do estado brasileiro que paga mal o professor e obrigou-me a mudar de profissão.

Então, a foto acima é  da Turma E de 1965. Eu sou a última, sentada à direita. Com a do meio, entre as três ajoelhadas, Marília Ferber , revesei  como chefe e sub chefe de classe, em eleições todo princípio de semestre pois fomos colegas desde o primeiro ano, de três. Fomos as primeiras turmas do plano do John Kennedy, presidente dos USA,  aplicado a dinheiro perdido, na educação da América Latina, em seu programa Aliança para o Progresso. Por isso, fomos disputadas no mercado de trabalho. Eu dei aula em dois horários até passar no vestibular para Direito na UFMG.

Na foto abaixo sou eu, cinquenta anos depois. 

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Maldito envelhecimento

- Que pena! Saber que esse homem vai envelhecer. Seus 1,90 de passadas largas e elegantes, olhar firme e direto, sua forma de conduzir a vida, vai
 perder-se no tempo. Que raiva !!!
                                
Com o mês de dezembro veem as comemorações de formaturas. Festas pelas quais acontecem e pelas que aconteceram.

Fazer quatro, vinte ou cinquenta anos de formado tem uma grande diferença. Não só no passar dos anos como para o que significa. 

Uma pessoa não é a mesma de quando graduou-se ontem. A começar pelo envelhecimento. Não pode ser evitado. Eu estou na fase de bradar contra os anos que passaram e tentar aceitar o lugar em que o sistema vem me jogando pouco a pouco. Não falta quem ressalte as diferenças nas  mudanças no rosto, na aparência. Não falta quem queira explicar  a decadência física e mental. Não falta bestunto para dizer que você não parece a idade  que tem como se isso fosse elogio.
Uma pessoa sempre parece  a idade que tem. O que diferencia é a qualidade dessa aparência. O corpo mostra o que foi feito com ele no decorrer dos anos. A morte vai chegar mas pode pegar um corpo menos horroroso pela forma como foi  tratado pelo próprio dono.

Engana-se quem preocupa-se pelo que sinto por  estar descendo a montanha da vida. Estou ligada é na juventude bonita e produtiva que caminha para o que sou hoje. Serão feios, lerdos e ranzinzas. Terão alguma chance de o ser menos, conforme  cuidem-se, busquem aproveitar a vida e abstrair-se dos desagradáveis de plantão.

#compartilhe
Eu já agradeço.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Musica clássica brasileira




Este choro foi composto em 1919, por ocasião da vitória do Brasil sobre o Uruguai por um a zero, gol de Friendenreich, que valeu a nosso escrete a conquista do Campeonato Sul-Americano de Futebol daquele ano. A gravação, no entanto, só foi feita em 12 de junho de 1946, com a flauta de Benedito Lacerda (que recebeu co-autoria) e o sax de Pixinguinha em dueto (Victor 80-0442-A, matriz S-078543, lançado em setembro seguinte ). Ao todo eles gravaram quinze discos em dupla.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Marcas da vida









Tenho certeza que nenhum de vocês viu a marca de um mico estrela, feita em um tronco.
 O sagui também gosta da seiva das árvores. Vejam três marcas no tronco do limoeiro do meu quintal. Eu os vi fazendo. O buraquinho é onde eles voltaram para roer e tirar a seiva. 

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Homem bomba

                                     


Quando vejo juventude saudável, cheia de vida e rumo a um futuro promissor meu coração aperta-se. Estou assim, lamentando o tempo que passou e ter acreditado nas regras de uma  civilização, sempre em decadência. 
É tudo mentira. As regrinhas, hoje reproduzidas à exaustão na mídia, são estúpidas, autoritárias e servem ao sistema. Por isso diferem de lugar a lugar, de tempo para tempo. São cunhadas na medida do interesse de quem detém o poder. A única regra digestível é o amor ao próximo. Sequer é amar como a si mesmo pois há quem não se dê ao luxo de amar-se.

O que diferencia o ser humano é a vontade de dominar sua própria vida e aquele que nasceu para ser comandado. Uma das frases mais estúpidas cunhadas por algum intelectual beócio é a que diz: 
-Manda quem pode, obedece quem tem juízo. 
Falso como uma nota de três reais. Burra como é um autoritário ou alguém que nasceu para ser capacho.

Gosto de ler  biografias e não conheço nenhuma onde o biografado não foi quem comandou sua própria vida. E, as definições aparecem entre 18 e vinte e três anos. Geralmente é contra o estabelecido e com perseguição pesada de quem custa a entender as coisas ou está sediado em suas  benesses. 
Depois disso, resta seguir o que lhe diz o sistema e, inclusive, ser seu propulsor.

Não é fácil ser você mesmo quando a força para que se enquadre é forte. Muitos sucumbem. Mas, sempre haverá derrotas onde a dor da perda é lamentar por não ter colocado  fogo em tudo e de uma vez.


                                                       
       Nota: Se quiser compartilhar algum texto desse blogue, tem a barrinha com as possibilidades. Inclusive no M pode ser mandado por e-mail . Obrigada pela deferência... Podem copiar a vontade. Não faço questão de mencionar autoria.         

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

O Tico-tico no fubá

                                                                       

Eu sei que na internet ninguém quer saber da opinião de anônimos e muito menos ouvir primores. Mas há quem goste e de falar sozinho.

Se você gosta de pesquisar, comparar, esse vídeo é um bom motivo. É só ir no YOUTUBE através do mesmo, publicado acima e tem uma lista de intérpretes de Tico-tico no Fubá para ouvir e comparar. Esse publicado é imbatível. E, olhe que só tem fera por lá.
Meu ouvido não é bom, senão eu seria musicista mas os desafinados também tem um coração. Sempre gostei de comparar interpretações e faço isso há muito tempo. Chopin é um prato para isso, tenho vários discos com interpretações e não me canso de  comparar A polonésia , que é uma das músicas mais perfeitas. Comparo até Julio Inglesias com outros. E, tenho toca disco porque o som bom para comparar ainda está no vinil, que não é limpo como nos Cds. Mas dá para comparar tudo no  Youtube. 

Um fim de semana chuvoso em casa e sem nada na televisão, vamos de internet.

A história acontecendo na nossa frente


É preciso divulgar, fazer público o quanto mais for para não haver retrocesso.

O Brasil precisa sair do obscurantismo, ingressar no rol dos países desenvolvidos, deixar para trás o colonialismo e o coronelismo. Sair do século XIX, definitivamente.

Bandido é otimista? KLIKA


segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Considerações sobre a velhice

                             
                             

                  


Há quase três décadas, encontrei-me , no portão de casa , com minha vizinha, Dona Zozó. Ela descia a rua para ir à padaria. Tinha oitenta anos. Enquanto conversávamos, um rapaz passou por nós, sem camisa como andam os jovens por aqui. Ela o parou e, enquanto conversavam, ela lhe disse que estava bonito. E, estava mesmo. O rapaz despediu-se, dando-lhe beijinhos de um lado e outro da face e se foi. Então, ela me disse que o conhecia desde que nasceu. E, começou a lamentar-se ter envelhecido e não poder conquistar os homens como fizera de moça. Contou-me de suas aventuras na Praia de Camburi, quando não tinha uma casa sequer, onde  namorava e aproveitara muito a mocidade. 


O irmão de papai, tio Marcílio, era médico, especializou-se nos EUA, sedutor ao máximo, olhos cor de mel, mulherengo no superlativo e casou-se com trinta e seis anos na época em que os homens casavam com vinte e sete, no máximo. Era o furor das moças. Tanto que, casou-se na casa da noiva para não haver escândalo na porta da igreja. E, foi na metade do século passado!
Quando me encontrei com ele, aos oitenta anos e perguntei como estava com as mulheres, ele respondeu que não se conformava em ter ficado velho, desejar uma moça e não ter mais nenhuma chance. E bradou contra a velhice e seus resultados. Junto às mulheres, por supuesto.

Na ocasião não dei a devida atenção a eles porque eu estava muito longe da velhice. Mas hoje me lembro  e entendo o seu discurso. Ficar velho é ser jogado no limbo dos desejos zerados. Quando um senhor ou senhora engatam um romance há comemoração como se fosse algo de outro mundo ou o achincalhe, o deboche, o linchamento. Poder  haver diferença de idade é coisa do passado. Nos dias de hoje, quando acontece, vira tema filosófico ou discussão dos direitos de usufruir  escolhas. Quem envelhece é proibido de ter desejos ( qualquer um que seja) a menos que queira ser ridículo ou tarado. Às mulheres resta ser assexuada e cega à beleza masculina. Isso, nem pensar, não ! Esconde dos filhos, dos netos mesmo que tenha vida independente e não tenha que dar satisfações a ninguém. Para as mulheres resta as novenas nas casas das amigas e aos homens o dominó na praça. 
Papai dizia, e hoje entendo que também lamentando, que o amor na velhice ou é triste ou é ridículo.
Vão todos para aquele lugar, mostrado pelos jovens em peça de teatro, pois eles podem tudo. Deixem quem queira viver a vida real e não o imposto pelo sistema.


sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Pegada sempre firme






Nem sei o que seria de mim sem essa voz, sem essa capacidade de tocar no meu coração com a música saída dessa boca divina. O que teria sido da minha alma, durante minha vida solitária nas decisões difíceis , nas dores das perdas e dos ataques dos inimigos. Ouvir Elvis manteve a minha sanidade, preservou o meu ego intacto. Manteve a mediocridade longe de mim. Nunca tive depressão ou tristeza intocada porque tenho sua voz nos meus ouvidos em linha reta e direta com o meu coração. Que Deus o tenha ao seu lado para ouví-lo cantar com os arcanjos. e admirar, continuamente, ter feito sua criação única e imperecível.

Comentário de Izabella Seniz Bergamasco no Facebook:  Sentimentos sem explicação! Elvis consegue transferir para nós todos os sentimentos e emoções que ele próprio sentia..... amor, amor, amor.... infinito amor! 

Itabira é um retrato na parede

                               
Pico do Cauê/ Itabira/ MG: Antes e depois
 

Se um dia você leu ou ouviu a frase, ITABIRA É UM RETRATO NA PAREDE, pode não ter entendido a  dimensão dela. Não é somente uma frase no lamento do poeta Carlos Drumond de Andrade. É um testemunho do que o desenvolvimento da humanidade pode fazer com a natureza, sua escrava. O Pico Cuê, em Itabira, cidade natal do poeta, desapareceu com a extração do minério sendo apenas  um retrato na parede.

Itabira fica em Minas Gerais. É chamada Cidade do Ferro. A riqueza do solo mineiro é imensa. Eu conheci um geólogo inglês, que ficou boquiaberto com a quantidade de minerais existentes, apenas em um monte de terra colhida com as mãos. O minério de ferro é apenas um deles. E, vem sendo extraído para sustentar a indústria mundial, há décadas. 

Não é só o Brasil que prescinde do minério para pagar suas contas. A China e a Rússia pautam seu progresso nas toneladas que partem das montanhas de Minas Gerais e do Pará. E, querem preço baixo. Nos últimos anos, a queda do preço trouxe crise para cidades mineradoras, com reflexo na vida local da população dependente. Na ânsia de extrair minério, na sofreguidão de carregar nas costas a economia do país, fazer lucro, preocuparam-se com a extração. Não contavam com as consequências? Contam como vantagem a extração de bilhões de toneladas. Caramba!

O mineiro mais atento já viu desaparecer muitos montes, aplainados ou tornados crateras com a retirada da  terra vermelha. No final da linha, nas imediações do portos do Espírito Santo, a consequência é o pó preto dos pelets. Depois de lavada a terra, sobra o minério de ferro, transportado em correias, como pelotas, até o navio e transportado mundo afora. O processo conta com água aspergida para sedimentar o pó. Não impede que o vento espalhe pelas redondezas e vá parar em nossos pulmões, para não dizer, em tudo. Por aqui não tem telhado bonito. São pretos de minério. É uma luta manter os muros limpos  e o interior dos imóveis.

Mais do que isso, ninguém leva em conta que um grupo privilegiado ganha muito dinheiro com esse minério. É gente que fica rica, muito rica. Não questiono sua inteligência para o trabalho, mas o direito de tirar do solo da nação, para fazer valer percentual ínfimo  de aproveitadores, uma riqueza que não é renovável.

A tragédia de Mariana, cidade histórica, belíssima, primeira capital de Minas Gerais, veio a calhar. Sem a fartura do minério a preço baixo, vão dar mais valor. E, pela regra da economia, o preço vai aumentar.
O resto? É consequência da cobrança da natureza, farta de ser tratada sem planejamento. Isso passa...

Quer saber um pouco mais? KLIKA