quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

Palavras e ideias

O  escracho  nas  palavras
                   
O dom da palavra não é para qualquer um. Superar a falta de talento, saber falar sem que microcéfalos façam dúbia interpretação é para poucos.
Existem aulas, treinos e mil estudos ensinando um limitado a falar em público. Mas não supera o dom natural. Existem pessoas que, ao falar, nada mais fica deixado nas entrelinhas. Domar o pensamento e tornar palavras a serem ditas e entendidas é facílimo para alguns e impossível, mesmo com treino, para outros.

Por isso, ter o dom da palavra, as democracias são privadas de  homens públicos que expressam mal suas idéias. Ficam para trás e são substituídos por gente que fala muito bem mas não tem compromisso com as palavras. A história da humanidade está cheia desse tipo de gente. Não é privilégio dos subdesenvolvidos.

É um dos motivos do sucesso da peça de Edmond Rostand, Cyrano de Bergerac onde o apaixonado feio e narigudo, contrata um galã para aparecer para a amada dizendo os  seus textos, enquanto ele fica escondido, debaixo da sacada. Muitos atores continuam nessa toada. Só tem palavras boas quando interpretam o texto decorado para a peça a que foram contratados. Mas quando abrem a boca são um fiasco total.
Demóstenes, grande orador grego,  falava bem mas tinha péssima dicção. Diz a história que ele colocava pedras na boca para treinar as palavras. Que eram ditas para dominar o povo e o senado. Alguns, nem com pedra na boca.

Então, percebo que Bolsonaro tem mais um defeito, impróprio para chegar onde chegou: não tem oratória. A rapidez do raciocínio corta frases e deixa a ideia pairando, quase no ar. Para quem é acostumado às letras, torna-se tema de piadas e jogo malicioso da oposição. Ter que desenhar toda vez que fala, e fala pelos cotovelos, é tarefa cansativa. Eu não teria paciência... Ainda mais quando fala em tribuna. Mesmo para os adoradores de plantão. Balança de um lado para o outro. A  oposição, os psiquiatras e especialistas em oratória entendem como insegurança. Bolsonaro inseguro ! Pra mim também é piada.

Falar bem é DNA. Muito esforço melhora. Treino também ajuda. Fazer discurso todo dia é ótimo para aprimorar as palavras, o raciocínio e a garganta. Mas jamais conseguirá ser como alguém que já faz discurso com três anos de idade e sem emitir uma palavra grosseira ou fora do contexto.

                                     
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quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

Verão nos trópicos

Cachorro de rua, aproveitando a sombra fresca 
                              

O calor é o de menos. O pior é a umidade terrível. Quando tem uma temporada de chuva de verão como foi esse ano, parece que estamos em uma sauna.
A natureza por aqui é grandiosa e a Mata Atlântica nessa região é representada por restingas e capim baixo, ervas daninhas que aparecem com força após as chuvas. Todas as folhas são muito hidratadas e à noite a maresia toma conta.

Meu olfato já foi melhor mas percebe-se o odor da maresia no ar. E a densidade da umidade que beira a noventa por cento.
Tem uma vantagem, as pessoas não ficam enrugadas quando envelhecem. A pele das pessoas aproveita a umidade. Ms não é dispensado o beber água o dia inteiro. Um círculo vicioso quando você debulha água, precisa  beber para repor e volta a espirrar água por todos os poros.

Eu me lembro quando cheguei a Vitória/ES, vinda de Belo Horizonte/MG onde o clima é seco. Eu comprava lencinhos umedecidos na farmácia para passar no rosto. Maquiagem foi pro beleléu. Custei a me adaptar. As roupas que eu trouxe não serviam porque até os tecidos  são diferentes. Com o tempo, larguei de mão. Esqueci a pose de montanhesa e virei capixaba onde andar quase nu faz parte.
Minha irmã, quando veio me visitar, vinda de Belo Horizonte,  fez um comentário interessante. Ela comentou que as roupas não podiam ser usadas duas vezes. Quando papai apareceu em uma visita surpresa, ele ficou pasmo com a quentura do asfalto. Disse que queimava os seus pés.
Outro dia eu saí à rua com um Sol inclemente esquentando minha cabeça. Eu coloquei a mão e estava quente. No caminho encontrei com uma moça. Ela estava com sombrinha. Quando paramos para esperar um carro passar eu lhe disse que, se ela não se envergonhava de usar sombrinha , tinha me encorajado. 
Não saio todas as vezes de sombrinha porque procuro andar na sombra. Mas quando tenho que descer em horário de Sol a pino, estou usando minha sombrinha própria para Sol e chuva  comprada pela internet.
Ah! Não dá mais.
Quando a gente é jovem ainda tem vergonha porque todo mundo olha e eu tentei uma vez para nunca mais. Mas o envelhecer nos torna invisíveis. Ninguém percebe, não vê e quando vê pensa que é doido. Já me entreguei à nova realidade e estou adaptando-me pouco a pouco. Minha pele não é como antes quando eu ficava esturricando no Sol, o dia todo na praia.  Em uma festa de família desse último fim de semana, a geração mais velha já chegou aos noventa e tantos  anos. Todos estão um coco. Quem sabe chego lá. Ou adapto ou morro ? Será assim?

É cara de triste ou impressão minha?KLIKA

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  Nota: As fotos por aqui, se você quer ver maior, clica em cima.                             
                                     

terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

Tempo certo

                               

Nunca vi uma campanha, no Brasil, para combater a maternidade infantil ou na adolescência, a gravidez precoce.
O que existe, de forma indireta e há décadas é a sexualização da criança, através de programas na televisão, músicas e festas na periferia., omissão nas escolas.  O medo de ser taxado de retrógrado e puritano.


Agora a ministra dos Direitos da mulher, da família e dos direitos humanos,  lança uma campanha para tentar diminuir a gravidez na infância e adolescência. Os índices no Brasil são altos. A campanha não descarta nenhuma forma de prevenção à gravidez e exorta os jovens a aguardarem mais tempo para a inicialização sexual. A prevenção ao sexo precoce.

A oposição distorce o discurso, a proposta, em deboche de todos os níveis e em notícias que não informam a população. Dizem que a campanha é proposta de abstinência sexual.  Os especialistas de Freud que confundem libido com sexo, direcionamento da libido com sexo desenfreado, estão dando pareceres contrários na televisão, nas redes sociais, ridicularizando sem sequer, percebe-se, saber do que se trata. Nenhum tem coragem de dizer que está errado tratar uma menina de nove, onze anos como mulher. Nem um menino de doze como um homem sem freios.

Eu não aceito o tratamento do adolescente como se mulher ou homem feitos fossem. Uma cultura equivocada em confronto ao que se quer da mulher em contraponto com o homem. Não vou levantar uma questão que é motivo de livros, palestras e que pode ser resumido em educação diferente e equivocada. Uma das facetas mais claras é quando em um programa infantil o apresentador pergunta se a criança de cinco anos tem namorado. O bom é que a maioria absoluta nem entende a pergunta, mesmo com a insistência do bestunto.

A campanha começou  com proposta clara, divulgação boicotada pela imprensa e articulista mal informado. Mas sou francamente a favor. Mesmo porque fazer essa criançada perder-se em sua sexualidade só camufla interesses escondidos e, muitas vezes, sórdidos.

O lema da campanha é #tudotemseutempo.

Desejo que dê certo. Sou absolutamente contra esse tipo de tratamento  dado às mulheres onde o feminino é confundido com o ser servil, pregado pelas religiões que dominam o mundo. E a maternidade a prova  de mais valia.Onde uma mulher independente, focada na vida prática e construtiva é chamada de sapatão, masculinizada. Como se somente o homem tivesse o direito no focar na vida e na sua liberdade, na construção da sua independência.
O futuro dirá se deu certo.

Quer ficar informado na fonte ? KLIKA

Deboches? KLIKA

Tempos melhores? Miltinho canta Tudo tem seu tempo certo : KLIKA


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quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

O desaforo

                                                 

Toda manhã vejo na sacada lateral do prédio em frente à minha casa o texto do sofrimento de uma família. Roupas de cama, vários lençóis são colocados nos varais, alambrados para secar ao Sol.
Um casal veio de Cachoeiro de Itapemirim a procura de melhor qualidade de vida para o  homem. Com pouco mais de cinquenta anos, o cara está com o Mal de Alzheimer. A mulher, bonita como o marido, está alquebrada, vendo a decadência diária de um homem que vendia saúde. Sem explicação. Todos os dias ela passeia com ele na nossa rua, interage com a natureza exuberante do lugar. Mas já contratou uma cuidadora pois cada dia tudo fica mais difícil para cuidar de um homem de quase um metro e noventa.
Passo por ele, cumprimento e ele responde. Isso mostra que ainda tem lucidez. Mas a mulher disse que ele fica horas parado, olhando o nada. O apartamento tem uma visão belíssima da matinha e do mar. E ela não sabe se ele percebe algo pois não responde a seus estímulos.
Em dezembro chegou a ficar na cadeira de rodas mas o vi, por estes dias, passeando a pé. Respondeu o meu cumprimento com um sorriso e a fala firme. Deve ter melhorado e uma cuidadora o acompanhava. De uma decadência feia no mês passado vejo uma reação mas os lençóis aumentam dia a dia na varanda onde o Sol da manhã é certo.

A vida é o momento porque o passado foi vencido e o futuro ninguém sabe.

Esse filme que eu publico acima é para mostrar que tudo vale a pena, se a pessoa é otimista e aprecia o momento que não volta mais.
Como dizia José Carlos Oliveira, um filósofo popular  capixaba dos anos setenta e que morreu de tanto beber ( ! ):

-Viver é um desaforo.

Brasil para quem não conhece ou tem saudades. Paisagens da natureza brasileira e com sotaque mineiro . KLIKA

                 
                           

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Faz parte da vida


segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

Salve-se

- Pense numa coisa. Existe.
                         

A próxima etapa é o Carnaval. Para tanto, hordas de pessoas, figuras estranhas em suas aparências e fantasias - em latu e stricto sensu - apresentam-se em uma euforia pública mais estranha ainda.

O carnaval, como outras festas do mesmo gênero e  em outros lugares, presta-se para que os loucos de todos os gêneros apresentarem-se em praça pública. Uns observam com olhos cúpidos os exibicionistas, os nudistas, os eufóricos da loucura enquanto todos suam em bicas, bebem hectolitros ou cheiram quilogramas.

No carnaval passado fiquei sabendo que alguns apresentam peças sexuais em cima de caminhões, palanques e até sacadas de prédios.
Sei que nada disso é privilégio dos subdesenvolvidos. Pelo contrário, fui informada que muitos deles aprendem em outra plagas, em viagens pagas em prestações  a perder de vista. Inclusive, existem viagens de navios, cruzeiros especializados em hedonismo.

Como se não bastassem os dias dedicados, propriamente, ao carnaval, inventaram um tal de Esquenta onde as festas já começaram, em hordas pelas ruas de  grandes cidades. Imaginem uma multidão de desempregados, sem nenhum respeito a nada e nem ninguém, abandonados pela educação pública e privada,  precisando tirar seu troco antes que a vida acabe?
A exportação de como aproveitar ao máximo o carnaval, vem sendo feita pelos baianos. Estes possuem uma indústria do carnaval com caminhões, músicos e estilo que viaja pelo Brasil. Em algumas cidades essas festas eram bancadas pelo dinheiro público mas as torneiras fecharam com a caça aos corruptos. Só as grandes cidades, onde tirar alguns milhões não fazem diferença para quem gosta do carnaval, continuam a financiar tudo.

Se não tem emprego formal, uma saída é deixar o pessoal ganhar sua vida nas várias vertentes que alimentam a loucura coletiva e distraem o populacho de suas mazelas. Pelo menos dá uma sensação que nem tudo está perdido.

                        
#compartilhe  Se acha que pode , se acha que deve. Assim funcionam as redes sociais. Eu agradeço.




domingo, 26 de janeiro de 2020

A pose

                                         

Caiu uma tromba d´água no sul do estado do Espírito Santo. Os rios que cortam as cidades transbordaram invadindo tudo.
Ainda mais que as cabeceiras dos rios estão em Minas Gerais onde a chuva caiu pra valer. Acho até que a chuva caiu mais nas cabeceiras dos rios. Na descida, levam tudo.

Mas o que eu quero destacar  é a necessidade de analisar o governador do ES, Renato Casagrande.
Logo de início ele disse que não era coisa para espanto e preocupação e que a população estava fazendo drama. Dispensou a vinda do exército e qualquer ajuda do governo federal. Isso obrigou os prefeitos a pedirem ajuda, dispensando qualquer outra ordem ou hierarquia institucional.

O governador é de um partido político puxadinho dos petralhas e tem governado na base do lulalivre. Juntou-se com o senador Conta Rato, eleito apoiando o presidente  e virou casaca tão logo tomou posse. Por isso, fazem parte da oposição radical. Tudo que o Bolsonaro faz eles repetem os jargões e frases cunhadas na cadeia de Curitiba e depois nos grotões do pensamento obscuro, liderados pelo Velhaco mais velhaco que a humanidade já produziu.

Depois que a coisa acalmou-se, o governador apareceu em Iconha  e fingiu tirar lama da rua com uma pá. O povo está ensandecido porque ele tirou esta foto para propaganda. Notem que não tem um pedacinho de lama nas galochas.

Eu quero registrar esse momento de canastrice e canalhice política. 


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sábado, 25 de janeiro de 2020

Da árvore ao tamborete

E a chuva continua
                                   

O forum econômico de Davos é um evento privado. Não é lugar de debate estatal mas reunião capitalista na essência. Por lá o centro de tudo é o dinheiro e seus caminhos em busca de mais dinheiro. Os discursos dos representantes do dinheiro e dos estados interessados em atrair mais investimento privado não contam.
O dinheiro internacional só vai para onde pode fazer a multiplicação dos pães. O mesmo dinheiro que financiou as caravelas ao Brasil e que oscila nas aplicações conforme recebem as benesses da multiplicação.
Quando os juros chegaram na estratosfera de 25% ao ano, o capital internacional correu para o lucro e contribuiu para o crescimento interessante do capital e do dinheiro em circulação. Até eu ganhei com minhas aplicações. Hoje com 4% ao ano, o capital está desconfiado a ponto de dizer que não está seguro em vir ao Brasil porque não acredita na preservação da Amazônia. Çei...

Mentira que o capital internacional entra no Brasil para investir diretamente em bens materiais ou no progresso.  Ele vem ao Brasil para emprestar dinheiro para a produção e o consumo. E empréstimo lembra agiota. E nem todo agiota está fora da lei, se é institucionalizado. É um castelo de cartas insuflado pelo governo que leva vantagem sobre o dinheiro circulante e dos impostos pagos com o aumento do consumo, feito na base dos empréstimos. Até dos velhos eles levam, nos consignados e na ilusão da geladeira trocada sem necessidade. Mas nada fica a não ser a dívida do consumismo e longe da poupança. E dinheiro não aceita desaforo.

Melhor seria se o país estivesse com  arrecadação real, vinda da produção originada no trabalho do empreendedor, da qualificação, do resultado da criatividade. Sem ser pilhado por impostos a esvaindo-se por inúmeros buracos na economia da mentira e do fausto da aparência. E do enriquecimento ilícito.
O importante é o capital vir para investir em bens e serviços, industrialização e conhecimento, deixar sua marca a olhos vistos e não no abstrato dos números que vão e veem.
Um país progride com o trabalho e a criatividade de seus cidadãos, na qualificação da mão de obra para crescer junto com seu trabalho. Afim de que esta possa construir os seus sonhos em cujo máximo é usufruir das benesses da modernidade e suas tecnologias. Na poupança de seus ganhos pelos quais vivem sem  alimentar o vértice da sociedade em constante aumento das diferenças. E em cuja poupança faz a volta para beneficiar a sociedade, circulando na riqueza construída.

Portanto, Davos é tribunal de condenação às populações  pobres, aos países sem industrialização forte. Tanto é assim que este ano ficaram mais preocupados em dizer que o Brasil não é confiável porque não cuida da natureza. Tudo  para disfarçar,  no pano de fundo, o índice dos juros que não vai engordar as burras como no passado.

Alguém confia em banqueiro? KLIKA
Ou em novos hábitos ? KLIKA

                          

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sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

O fantoche da oposição

                                       

Colocar um estrangeiro, longe da cultura e do vivenciar o Brasil, como boi de piranha já é ultrapassar todas as medidas. O cara, um arrogante, tem a convicção absoluta que é superior ao brasileiro. E coloca o queixo nas nuvens para ensinar ao subdesenvolvido os caminhos corretos para construir uma nação.

 A multidão nas ruas, os anseios do brasileiro em buscar caminhos entre pessoas de bem não valem nada. Afinal, o civilizado baixado dos Estados Unidos da América por contrair  matrimônio com outro cidadão, já basta para o senhor feudal ter certeza que está acima desse brasileiro latino americano e menos americano do que ele. Brasil colônia pode ser para qualquer estrangeiro que não entende nada, que  o Brasil não é fácil de entender.

O senhor professor de cidadania,  possui a certeza da inferioridade do povinho do sul porque  aprendeu nos bancos escolares dos EUA. Lá ensinam que americano são eles.  América não é um continente mas três. O norte é  a América. Os outros são Sul América ou América Latina   e mais nada.
E como são mais ricos e organizados, possuem o poder de ensinar os de baixo que  precisam enquadrar-se nos seus desígnios primorosos de xerifes do mundo. Na cabeça desse cidadão, não bastam as armas e os drones oficiais para enquadrar o mundo. Urge que cidadãos, como ele evidentemente,  criem formas de interceptar aparelhos eletrônicos como forma de coagir e perceberem o seu lugar. Tudo dentro da ótica de quem manda a quem deve obedecer. ( Manda quem pode e obedece quem tem juízo, a máxima trazida do estrangeiro para enquadrar o brasileiro meia boca).

Eu nem sei quem é o esperto na história. O  estadunidense é estrangeiro no pensar e no agir, a ensinar pacientemente os subdesenvolvidos que eles precisam ser guiados. Mas não está sozinho,  tem por trás os petralhas,  quiçá como os espertalhões em uso do arrogante útil.

Já está provada a cumplicidade e a orientação petralha.
Vale dizer, petralha como  seus puxadinhos e penduricalhos , formando o todo. Os ungidos para salvar o Brasil da ditadura em que se encontra. Com a ajxchjuda do  circense estapeado para colocar-se em seu  devido lugar. O tapa na cara não valeu nada. Pois por trás de tudo, está a malta cuja mentira é estilo de vida. Tudo para  entregar o Brasil de volta a corrupção, matando a honra de quem os colocou na cadeia.

Na certa o pseudo sabido não conhece o Brasil. Nem o que é ser fantoche da política ;  na Sul América.

                          

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quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Antes e depois


Cachoeira da Matilde / Alfredo Chaves-ES
                                      


                              Depois da chuva/ clica que é um filminho


A chuva caiu demais em alguns municípios do estado do Espírito Santo. Mais pro sul de Guarapari. Onde habito por esses dias. Algumas cidades estão debaixo da lama. Iconha por exemplo, diz o prefeito, será reconstruída. Alfredo Chaves, meu marido que era de Cachoeiro do Itapemirim e passa por ela vindo para Vitória. chamava de Alfredo Choves.
Declarado Calamidade Pública pelo governo federal, já foi liberada verba para os municípios.
Mas o governo estadual dispensou a vinda do exército para ajudar a limpar as ruas, debaixo de camada grossa de barro e tirar a terra das estradas onde caíram barreiras. É da competência dele aceitar ou não e ele é do PSB, partido puxadinho dos petralhas, oposição ao presidente da república. Pode? Cogita-se ingressar na justiça federal para que haja licença judicial e mudar a competência para os municípios atingidos.

Acima publico a Cachoeira da Matilde em Alfredo Chaves, antes e depois das chuvas.

Por hoje melhorou e tocar pra frente  é o quê conta.
Já vou adiantando que não tem nada com aquecimento global. Poupem-se. Apenas esqueceram de avisar para a natureza que por ali não pode mais passar visto os humanos tomarem o seu lugar. Em uma entrevista, um morador disse chorando:- "O rio não entendeu que aqui não era rio "


Se pode, se acha que deve:
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segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

Profissão

Artista com seu filhote
                                       

Com o frenesi do fim de ano e começo do outro, os turistas indo embora, restou o rescaldo. Notei maior educação no trânsito, no respeito a cidade.
Entretanto, não faltou o apoderar-se dos saguis da minha vizinhança. Todos os anos, alguém pega os saguis, os mais velhos. Difícil saber quem é mas os roubos de sons , que ocorriam, acabaram. Parece que o ladrão preferiu mudar o seu foco ou foi mero acaso.

Já fico pensando, o ano que vem será a vez do Espertinho. De todos, é ele  o quê fura a fila para comer a banana e vem para o meu ombro, brinca com meu filho, carrega os filhotes nas costas, ajudando o grupo, dá saltos maiores. Em um texto coloquei  o filme dele, aprendendo com Chefe Boran a andar nos galhos, todo chorão. Sempre foi diferente. Quem sabe ao chegar em certa idade o sagui imigra para formar o seu próprio grupo? É a tese de um amigo, sempre em especulação. Fico na dúvida pela coincidência da data.

No entanto, com todas as hipóteses, pensando onde estaria a Amora, tão dengosa, agora some a Artista com seus dois filhotes em estado de amamentação, grudados nela.
Na especulação do que poderia ter acontecido, ela estava muito agressiva e Chefe Boran deu uns tapas nela,  chegou a morder enquanto ela atacava La Fúria, a matriarca do bando. Tudo na disputa de poder quando comem a banana no meu quintal.
Talvez Chefe Boran deu um bota fora nela. Talvez seja a época do assumir seu próprio caminho. Não me lembro de quando Chefe Boran e La Furia apareceram por aqui. Também, não sei quem é o pai dos filhotes. Suspeito ser o Forasteiro. Não notei nenhum do grupo, ajudando  carregar os filhotes que permaneceram grudados nela o tempo todo. Meu filho tentou puxar para ver o que aconteceria mas não conseguiu tirar pois estavam segurando firme na mãe.

De qualquer forma, se for o curso da natureza ou gente pegando para si, ocorre-me que, na segunda hipótese, existem certas pessoas que não conseguem deixar de pegar as coisas, fazer propriedade, invadir o campo alheio, infernizar a vida de quem está quieto. É da sua natureza.

Pelo nome que lhe demos Artista, a saguizinha gostava de posar para as fotos, lambia a banana várias vezes antes de comer, fazia pose o tempo todo. Tomara que não a tratem mal.

Quer ver o filme do Chefe Boran, ensinando Espertinho? AQUI

#não comprem animais silvestres
# tráfico de animais silvestres
#proteçãodanatureza

#compartilhem

domingo, 19 de janeiro de 2020

Fio da meada

                                 

O assunto do qual vou tratar não é para criar polêmica nem defender bandeira. Mas a necessidade de participar, de opinar, de tentar trazer à meditação, para o aprimoramento da convivência social e da busca pela felicidade entre mulheres e homens.

Pesquisadores das relações humanas, especialmente entre os homens e mulheres, chegaram a conclusão que a mulher procura um homem capaz de ganhar dinheiro, que tenha formas maiores de sobrevivência porque, atavicamente, ela procura um parceiro que vá arcar com a subsistência da família.
Se a mulher, na formalidade imposta pela sociedade e ainda não ultrapassada completamente, cuida da casa e dos filhos o homem é o provedor da família. Um preguiçoso, um incapaz de enfrentar o trabalho e ganhar dinheiro para dar sustento a sua família não tem cotação merecedora a mais, frente àquele  que sabe prover. Se à mulher coube parir e dar os cuidados de primeira hora, o quê restou ao homem? Será  a inutilidade?

Portanto, preocupa-me os artigos, as piadas, os chistes obscenos dedicados ao foco feminino em valorizar um trabalhador mais que um homem incapaz de prover a vida. Em valorizar mais o homem que tem dinheiro ao pobretão com maior trânsito à  margem. E o desempregado?
Não vejo homens planejando sua paternidade, evitando ter filhos. Nem  educação  nesse sentido. O que vejo é o mau exemplo de homens públicos no meio artístico, político e até intelectual, tendo filhos com várias mulheres e deixando a seu cargo a educação e o sustento quando enfaram-se.  Deixam para a mulher a contracepção.

Mais do que debochar do  sucesso do homem que ganha mais, em reflexo feminino do atavismo inconsciente, vejo a misoginia de muitos homens em debochar  da mulher, tratá-la como prostituta. Deveria ser motivo de pesquisa, como um dos motivos do estupro e da violência contra a mulher. E esse é um assunto a desdobrar.

Alguma piada, algum chiste de brincadeira é tolerável mas o escracho, a misoginia não pode prevalecer.
Publico acima  um exemplo do meme que recebi com a seguinte frase acompanhando: Esse sabe das coisas e do que é ser romântico.
Por quê não saio da página? Porque preciso ficar informada e não posso isolar-me do mundo. E essa é minha intensão, aqui, em assunto que dá um livro, tratado apenas como forma de buscar o fio da meada.

                          
Se acha que deve, se acha que pode #compartilhe. Gratíssima...¨

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É impressionante como esse texto escrito em 2011 tem procura. Um dos mais prestigiados. O título é Flor na Espada de São Jorge. AQUI



sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

Sem perdão

Mais sobre? KLIKA
                       

O Brasil é um país em formação mas precisa encontrar o seu próprio discurso. Quando vejo pseudos filósofos forjados pela mídia, com palavrórios e sotaques esquisitos me dá ânsia de vômito. São citações de autores estrangeiros, como se o Brasil não tivesse seus pensadores.
Não vou citar nenhum estrangeiro e nem brasileiros porque precisamos expor nossas idéias como um mosaico, afinal formado  e acabado, com múltiplas cores mas formando um só.

O reflexo está nas atitudes e falas das autoridades, alçadas ao céus por conseguirem furar a barreira social, chegar perto de lideranças, colar no sucesso das mídias.

Hoje, espantados, tomamos conhecimento da fala do Secretário Especial da Cultura do Governo Federal, ao lançar o  Prêmio Nacional das Artes copiada ou inspirada na fala do Ministro da Propaganda de Hitler, Goebbels.
Não importa a intenção, não importa quem redigiu. Mais do que a própria fala, deslocada no tempo e radical na origem, é copiar um estrangeiro, abatido em guerra da vergonha onde morreram hordas de homens em plena mocidade, arrastou milhares para a tortura e o extermínio que envergonha a história moderna.

A aparência  pode ser aquela em que se busca um rumo na nossa cultura, produção genuína mas também demonstra censura ao pensamento e direcionamento marcado a ferro. Sei que é produzida cultura rica, impressa e nas artes plásticas que permanecem distantes dos centros hegemônicos e muito mais dos documentários e programas demonstrativos da mídia. Conhecida apenas nas redondezas. Enquanto nos são mostradas aberrações e bobagens dos amigos do rei.

Mas o quê importa nesse momento é mudar o rumo do que se avizinha e colocar outra pessoa no lugar do extremista  chefe da Secretaria Especial de Cultura.

Sem desculpas.

Não sabe? KLIKA
Bolsonaro demite o   secretário especial de cultura: KLIKA                             
                                 

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