sábado, 14 de janeiro de 2017

Os onipresentes

Psicopata de colarinho branco,  produzido no Brasil
                                    
Estes últimos anos, o Brasil foi tomado por hordas de vigaristas. Não só na política quanto em atividades públicas, administradas ou relacionadas com o meio político. O líder máximo é um vigarista, psicopata de alta periculosidade Marcelo Odebrecht. Emparelha com os grandes psicopatas da história pela capacidade de engendrar crimes com a maior desfaçatez inimaginável.

Os escândalos, as altas quantias envolvidas em transações e serviços, pagos pela Odebrecht são inacreditáveis. Milhões e bilhões de reais tem referência como centavos ou reais para os comuns. Cada dia que passa vem mais bandalheira, irresponsabilidade e desfaçatez.

A última é sobre o estádio do Maracanã. Está abandonado, saqueado ,depredado e incapacitado para grandes jogos. Um estádio onde foram gastos quase dois bilhões de reais para reforma e sediar a Copa do Mundo de Futebol e as Olimpíadas. Quem é o responsável? Sempre a Odebrecht. Está envolvida em todas as grandes construções.É um câncer que consome o Brasil, sugando sua riqueza. Os donos dessa empresa devem ser quadrilhardários. Não basta a cadeia para essa gente. Pensar que mais cinco anos e o psicopata mor, autor e cabeça de todos os crimes no Brasil e em vários países, estará nas ruas, solto,  entrando e saindo dos lugares entre gente que não tem a capacidade de cuspir na sua cara. O mundo deveria ser interditado para essa corja.

Essa gente são como ladrões de bancos que roubam, escondem o dinheiro e saem da cadeia para usufruir da grana em outros lugares.

Não tem cabimento. É incompreensível.


Mais? KLIKA

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Para a meditação do encanto

                      
Para meditar, relaxar e matutar da vida.
Nos anos sessenta quando a ditadura só permitia roquinho iêiêiê dos Beatles que não suporto e a bossa nova que eu abomino, bandeei para os clássicos. Por isso tenho discos raros hoje em dia e herdei os discos de Tia Mimita quando ela morreu. Espanto por que? Ou não sabem que fizeram passeata contra a guitarra?

Quando minha neta não dorme e fica nervosa à noite, precisando relaxar eu  coloco Chopin ou esta sinfonia de Liszt. Ela acalma e dorme logo.
Quando fui professora, meus alunos chegavam do recreio suados e  excitados e  eu colocava esta sinfonia ou  as Quatro estações de Debussy. Fazia relaxamento com  eles. Um dia uma mãe disse que encontrou o filho  no quarto, com tudo fechado, no escuro , deitado imóvel de barriga pra cima e ouvindo música. Ela pensou que ele estivesse tendo algo. Quando perguntado o que era aquilo, se estava bem o menino respondeu que estava relaxando. Como assim? Dona Magui ensinou na escola.

A vida é boa para quem sabe viver!

O preço vil, pago pra ver

- Chefe Boran, caçando livre porque ele nasceu para isso.
                                       
A imprensa insiste em um assunto que o brasileiro não está interessado. Refém da bandidagem, da violência do rastro do consumo de drogas, ninguém está interessado no que passam os bandidos nas cadeias. Se eles se matam é apenas menos um bandido. O preço que essa gente cobra da sociedade para sustentá-los nas cadeias tem  retorno quase zero e  revolta quem trabalha e quer viver tranquilo.

Eu sei porque a mídia mostra tanta sujeira das cadeias, os abusos próprios da masmorra medieval. Eles optaram, por ordem de algum guru, em ficar do lado do pagamento a título de indenização às famílias dos mortos nas cadeias do Amazonas. Defendem essa tese absurda e vislumbraram, até, que os cofres federais pagariam as famílias, que sequer sabem se existem. Porque bandido vive desgarrado. Família aonde? De alguma mulher havida na porta do presídio? A pressa em divulgar quantias a serem  pagas, a disputa no achismo dos oráculos da mídia, causa espanto.

Duvido que o estado do  Amazonas pague uma indenização sequer. Não tem previsão no orçamento, não tem dinheiro, não tem vontade. O circo da mídia continua. Quanto mais noticiam mais esperam haver revoltas e mortes em presídios país afora. Quanto mais mortes nas masmorras mais espaços ocupados a preço vil do salário do fim de mês.
Com o calor que está fazendo, a umidade imensa que cria a fedentina humana a nível altíssimo, homens jovens e cheios de energia presos em cubículos, alguns amontoados, espocar revoltas é o mínimo que se pode esperar de quem  não nasceu para obedecer regras.

A diferença é o papel da mídia escalada para ver o circo pegar fogo.


Ambição de pioneiro

- Brasileiros autênticos, criados por pioneiros para ser pioneiros e o foram.
                                                                         

O sonho de migrar para fora do país não é prática cultural localizada.  Conta muito o querer voltar as origens  daqueles que vieram chorando de seus países, fugindo de perseguição política, religiosa ou da miséria que  não deixa uma pessoa sair de onde veio e permanece ligado ao que se foi.

Em vez de criar o filho para ser pioneiro na nova terra, o tempo passa e o imigrante, transmite  para seus filhos a lenga-lenga, vinda no rastro da saudade. Querer mudar-se para país estrangeiro dá a ilusão de prosperidade e não conta que serão sempre cidadãos a cobrir lacunas deixadas pelos nativos. 

No Brasil, a sensação que não haverá chance, que nunca haverá um futuro promissor, a falta de esperança conduz hordas de brasileiros para fora do país. Eu mesma já pensei em sair porque a ladroagem é muita e a malandragem forma uma barreira intransponível que não deixa uma pessoa passar dali. Em vez de incentivar novas lideranças, novas ideias, pessoa criativa, estas são barradas por trogloditas, defendendo seu território. Dali não passa.

O presidente eleito dos USA disse que vai barrar a entrada por terra. Esquece que o país tem fronteira por mar e impedir o acesso de clandestino consumirá mais dinheiro que fazer postos para permitir sua entrada, com peneira somente para a bandidagem. Deixa o pessoal entrar e a não integração os fará voltar.


O círculo vicioso havido pelo vai e vem da prosperidade e da vontade nômade do ser humano, é difícil de ser  barrado. E, não havendo um novo continente para onde foram os que chegaram primeiro e tomaram posse como seus dos que já existem, resta encontrar uma forma melhor de convivência. 

Pensa que não ? Aí, KLIKA

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A foto acima é dos pais do meu pai e seus oito filhos. Todos formados em curso superior, do meu avô médico a seus filhos, em história de luta e muito sacrifício mas jamais pensando em sair do Brasil. Alguns estudaram fora do país, para aprimoramento na medicina, mas voltaram para implantar o que aprenderam.Todos pioneiros em suas profissões. Como dizia minha avó, que está na foto:
- Tudo raça ruim. Que não peneirassem muito pois não sobraria ninguém.
Quer ver maior? KLIKA na foto.


quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

A quem interessa eles mesmos ?

Desmoralizar um presidente da república faz parte da cultura brasileira há décadas. Mas nos EUA o cara era endeusado mesmo que fizesse bacanais na Casa Branca ou fosse trabalhar sob efeito da bebida alcoólica. Ali,   uma nação para ser respeitada, nunca se pode falar mal do chefe supremo. Ele é sempre o líder maior e intocável.

Aqui no Brasil quem quer ser um ícone precisa enfrentar a calúnia antes e depois de sua vida pública. Ninguém vale nada e em qualquer campo da vida humana. Um exemplo é Tiradentes, pessoa com poucos rastros de vida a não ser sua participação na Inconfidência Mineira mas existem dezenas de estudiosos, perdendo tempo em demolir o cara, de todas as formas e jeitos.

Pois a moda pegou. Do Brasil para o mundo. Pela primeira vez o povo estadunidense aplica-se em desmoralizar, até mesmo antes de tomar posse, aquele que ganhou as eleições. E batem forte. E nos detalhes. A turma que perdeu as eleições não deixa passar batido a derrota e, se nunca duvidaram do sistema centenário em eleger presidente da república, até isso virou porcaria.

O interessante é que o choro vem da mesma classe a que veio no Brasil, os atores de cinema. É para rir a bom rir. Um classe que vive de demolir a sociedade, os costumes, o sistema moral e religioso, debocha de tudo e todos, que vive do fingir que é ou faz, se dar de moralizador. Ricos e milionários com o dinheiro  das gentes, ostentando e ostentando, defendendo minorias. Caramba! A máscara não sai da cara! Gente que vive da glória e não admite perder. Alguns com liderança tão forte entre os seus, que recebem prêmios atrás de prêmios por interpretações sempre iguais porque interpretam eles mesmos. 

Quem diria, estou viva para ver a decadência onde menos se esperava. Ainda bem que os USA  andam sem essa gente.
A mídia destrutiva que vive de noticiar tragédias, desgraças, mortes e vandalismo deita e rola. Até uma possível trégua com a Rússia, trazendo um vislumbre de paz irrita essa gente. 
Para diferenciar do Brasil, poderiam investigar quem tem interesse nas guerras  contínuas e se há sociedade na indústria das armas de grosso calibre. Ou quais os interesses havidos em desmoralizar um presidente se a campanha para as eleições já acabou. De graça não é...


O fim do mundo

                                   
                                   
Acompanho, de longe, as manifestações de grupos feministas, algumas tirando a roupa, contra cantadas masculinas. Também, as manifestações contrárias e não são poucas e nem educadas. A guerra dos sexos e suas muitas batalhas continua, infelizmente.

Ontem recebi um telefonema e não sei se acho graça ou fico com raiva. Com o tempo passando, vamos deixando os percalços da mocidade e mergulhamos em um outro mundo mais sério e mais responsável. O humor e a tolerância não são tão fáceis como antes. Ou as coisas mudaram mais do que nós mesmos. Ou perdemos, pelo caminho, algumas lantejoulas da vida.

Outro dia, perguntei para meu filho se os homens não faziam mais fiu-fiu para as mulheres. Que antes eu ouvia tanto e hoje não ouvia mais. Ele deu uma risada e disse que eu não ouvia mais porque tinha envelhecido. Caramba! Respondi que se eu soubesse que eram para mim teria aproveitado mais.

De outra feita, Dra. Alda e eu, voltávamos para o escritório, passando pela Praça 8 de setembro ( Vitória/ES) quando  um mendigo imundo, com um fedor que chegou até nossos olfatos, sorriu com a boca desdentada  e disse qualquer galanteio. Alda ficou horrorizada e disse do absurdo de um mendigo daqueles soltar gracinhas para nós. Eu dei uma risada e disse que pelo menos um mendigo nos via com bons olhos. 

Penso que perdi meu bom humor, minha paciência com estas coisas. Pode ser  porque eu mesma tenha mudado, ou os costumes, o tempo ou pelos homens perderem a graça nos seus chistes , tornando-se grosseiros e passando dos limites.

O telefonema que recebi ontem, foi de um engenheiro solteirão, meu vizinho quando morei no centro de Vitória/ES, depois que Eldes morreu. Converso com ele esporadicamente pelo telefone e depois que vim para Guarapari o vi uma ou duas vezes porque tem apartamento por aqui. Nunca dei intimidade mas ele é do tipo que se dá de cortejador, elogia, todo meloso.  Quando  morávamos no mesmo prédio dele, evitava subir sozinha com ele no elevador para não precisar ser grosseira. Meus filhos sabem disso e quando ele me telefona é para dizer que não estou, que não sabe quando volto. Meu filho disse que nem pensa em ficar solteiro para não tornar-se esse cara.

Uma coisa é certa, os homens tem certeza que uma mulher sozinha representa uma andorinha no verão, exposta aos gaviões. Uns avançam e outros evitam, com medo da mulher avançar.
Ainda há que tenha a certeza que uma mulher sozinha é porque lhe falta capacidade de arrumar um homem. Daí as frases: Ela é mal amada, Ela precisa de homem. Não passa pela cabeça desses energúmenos que há opção de vida e que algumas prioridades humanas quando saldadas , ficam para trás.

O telefonema que eu recebi foi, depois de muitos elogios e loas, para convidar-me a passar um fim de semana com o cara em Vitória, com todas as mordomias. Que tudo seria como eu determinasse e com muito prazer. Ainda perguntou, mais de uma vez, se eu tinha entendido o que ele estava me dizendo. Se eu tivesse certeza que este  senhor entenderia minha pergunta, esta seria: - Cobra quanto?

Há muito tenho matutado sobre as manifestações, que parecem malucas, de jovens enfezadas. Aos poucos vou entendendo melhor porque as mulheres protestam, até  com passeatas e desnudas, contra as cantadas do homem contemporâneo. Se exageram no protesto é porque a mansidão já não faz efeito. Eu fui militante feminista mas as reivindicações eram mais intelectuais, e as reações à altura.
A gentileza ficou longe e as mulheres estão sendo tratadas sem respeito algum. Se algumas não se dão o respeito, há de se diferenciar umas das outras, como tudo na vida. Até onde vamos parar?

Detalhe, a frase não é A mulher não se valoriza. A frase é A mulher não se dá o respeito. Valor se dá a alguma coisa e mulher é pessoa, como todo ser humano. Mesmo que ela se dê como coisa ou o sistema avalize como tal.



terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Brasil na corda bamba

Camilla Faustino

Para quem quer ficar por dentro das novidades que não são divulgadas pela mídia óbvia e paga.

Mais Brasil? KLIKA


segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

O destrutivo funcional

                             
      
Uma prática comum entre os empregados de uma empresa, pública ou privada, é apagar os  programas de seus respectivos computadores, tão logo sejam exonerados ou demitidos.

Não é prática nova. Acontece até com quem é contratado para criar ou instalar um programa no sistema de uma empresa. Uma vaidade às avessas e mostra quão essa gente é medíocre. Nem por isso seja raro porque a mediocridade é a tônica do ser humano.

Tudo que um empregado faz na empresa integra o patrimônio desta. Deixa de ter autor, proprietário ou o que o valha. Não lhe pertence, esquece. Mas a  mentalidade mesquinha, sem estrutura ética, sem a ambição de ser pioneiro, construtivo e deixar algo por onde passa, construído sobre princípios equivocados, conduz uma pessoa a apagar todos os programas ou parte deles, quando sai do lugar onde trabalha.

Computador não é coisa tão nova. Algum parlamentar federal já deveria ter apresentado um projeto de lei, tornando crime esta prática tão nociva.

Ninguém fica para sempre em um emprego a não ser funcionário público com estabilidade. Mesmo assim, existem os comissionados, que ocupam cargos de confiança e com indicação política. Pode ser de fora a integrar o quadro de funcionários ou do quadro da instituição. Os indicados de fora dos quadros, o são  por um político ou um partido. Raramente são livres, sem rabo preso. Deviam saber que, ao ocupar o cargo de confiança, será exonerado tão logo mude quem o indicou e, certamente, quando muda o partido do principal. Pode até ser mantido no cargo com o afastamento de quem o colocou no cargo e não é raro. Mas, de toda forma, quando sai não pode deletar tudo da máquina - programas, arquivos, indicadores, dados em geral -  e deixar terra arrasada.

Portanto, vai minha sugestão para  solução de questão tão grave para o desenvolvimento do país: Criminalizar a prática de deletar programas no computador, pelo empregado, quando é demitido.


domingo, 8 de janeiro de 2017

As paixões da vida

- Feliz Aniversário
                                    
Hoje seria o dia do aniversário de Elvis. Eu não me lembro de datas de aniversário, nem do meu mas os fans estão bombardeando a data  no Facebook e resolvi fazer minha publicação. Assim o homem fica vivo mesmo sendo pó.
Eu o faço em agradecimento a companhia que sua voz tem feito na minha vida, nos momentos difíceis onde tenho que tomar decisões sozinha e não é fácil não ter alguém para trocar idéias. Devo muitos favores às minhas amigas e não tenho o direito de pedir mais nada a nenhuma delas, todas mulheres inteligentes e profundamente generosas comigo. Minha vida sou eu mesma mas não quer dizer que não reconheça e agradeça a quem a facilita e enfeita.

Então, vou contar um causo onde Elvis esteve presente.

Em uma ocasião, durante um ano mais precisamente, fui advogada em um órgão público cujo diretor era um político medíocre e estúpido. Nem quero lembrar-me dele para não estragar meu dia. O atendimento era feito aos pobres em ações simples para agilizar e não ir para a Defensoria Pública do Estado.
Ao chegar a  ficha de um senhor para atendimento, verifiquei que a data de nascimento dele era 08 de janeiro de 1935. Logo vi que a data era familiar para mim, eu a conhecia muito bem.

Quando o senhorzinho entrou, pequeno, cabelos brancos e aparência simplinha, envelhecida nos seus setenta anos de vida de  trabalho operário, olhei para ele pensando que Elvis, se vivo, poderia estar assim. ( Capaz!!!!! )

Depois das boas vindas e de ele sentar-se mas antes dele dizer-me o motivo de procurar um advogado, perguntei a ele:

- O Senhor sabe quem é Elvis Presley ?
Ele respondeu:
-Sei. É o Rei do Rock. Gosto muito dele.
- O senhor sabe qual o dia em que ele nasceu?
-Não. Qual?
Eu disse:
- No mesmo dia que o senhor, 8 de janeiro de 1935...

Ele bateu palmas e riu satisfeito e comemoramos a coincidência. Ele disse:
- E, eu sem saber disso a minha vida toda! Nasci no mesmo dia do Rei.

Depois, quando ele retornou para outra entrevista, apresentou-se para a recepcionista, que mandou ele esperar. E, ele falou para a moça:
- Não, diga para doutora que Elvis Presley está aqui.

A recepcionista abre a porta do meu escritório e diz espantada:
- Tem um senhor, dizendo que é Elvis Presley e que não vai esperar.

E mais espantada ficou quando eu falei:
- Manda ele entrar logo.

E, daí para frente, entrava direto para falar comigo. O pessoal achou ótimo quando expliquei o motivo e entrou na onda.

Depois de encerrado o caso dele, com sucesso e rápido porque fiz acordo, ele passou pela última vez, agradeceu e deu-me de presente um frango, que ele matou, do galinheiro da casa dele.

Assim, a vida tem alegrias e retornos quando  temos paixão por ela.
A senha do meu celular é o ano de nascimento de Elvis.

Para quem gostava de viver :
-  Feliz aniversário, Elvis !

sábado, 7 de janeiro de 2017

É preciso desenhar

                       
Minha rua não era varrida pela prefeitura. São apenas folhas secas, caídas das árvores. Pedi de todas as formas: Por telefone, verbalmente no balcão da empresa CODEG,  por escrito, fiz abaixo-assinado, falei com a Chefe de Gabinete do prefeito, dei presente para o encarregado, para as varredoras da rua. Nada.

Então resolvi varrer a rua. Me empetequei toda ou ia de qualquer jeito, suando em bicas, no Sol da manhã ou no frescor da noite, calada ou bradando absurdos. Lá ia eu.

Juntei as folhas no meio da rua e taquei fogo. As labaredas subiam e a fumaça comia solta. Ninguém reclamava. Mudei o horário para incomodar os moradores e ninguém fazia nada. Um dia, quando as folhas estavam molhadas porque chuviscou a noite e a fumaça estava muita, um cara saiu de balde na mão para apagar o fogo. Mas eu disse que ele não ia apagar mas telefonar para a CODEG e exigir a varredura porque uma doida estava varrendo e tacando fogo. Forneci o telefone e ele deu meia volta.

De outra vez, um morador do prédio chamou a polícia, por causa da fumaça, e, quando esta chegou, eu fiz um discurso em plenos pulmões, dizendo que não era caso de polícia mas de participação do cidadão exigir varredura de sua rua. Que eu estava fazendo o papel do gari que recebia seu salário, enquanto eu trabalhava. Os policiais sorriram e se foram. 
Uma  vez um turista, da sacada do apartamento alugado para a temporada, me xingou de ignorante, de estúpida, que ele era ambientalista, que não podia colocar fogo em lixo. Eu respondi que não era lixo mas folhas secas e a própria natureza queimava  folhas. Ele continuou me insultando e eu não respondi até  o fogo acabar. Nunca durava mais de dez minutos.

De outra vez, saiu uma senhora alemã, pensei que era francesa pelo sotaque, veio do prédio mais embaixo, com sacos na mão para eu ensacar as folhas. Ela disse que, se era caso de comprar os sacos, ela forneceria. Não aceitei e disse para ela reclamar na prefeitura para varrerem a rua que eu, uma senhora, advogada estava fazendo. Que minha mãe ou qualquer outra pessoa minha conhecida precisou varrer rua. Que só eu mesma porque sou doida. Que devia me agradecer por eu manter a rua limpa.

Quando o muro foi pintado de branco eu aproveitei a tinta e escrevi no muro do lote ao lado da minha casa: A  PREFEITURA NÃO  VARRE   ESTA  RUA. 
Tempos depois, escrevi : GODEG, CADÊ VOCÊ ?

Algumas vezes, varri a rua fazendo discurso na maior altura, dizendo que brasileiro gosta de lixo porque é lixo, que falam mas não fazem nada, que adoram reclamar mas são incapazes de pegar o telefone para pedir a prefeitura para fazer o serviço.

Para não falar nas sugestões de derrubar as árvores pois assim não teriam folhas para varrer.
Fora os vizinhos que passavam, me viam varrer a rua e ainda debochavam, perguntando se eu estava trabalhando de gari para a prefeitura. Eu custei a achar a resposta mas pararam de falar quando respondi para meia dúzia e na maior altura para todos ouvirem:

- Varrer a rua, que ninguém varre, não é vergonha para mim. Não tenho vergonha de trabalhar pesado porque sou descendente de imigrantes. Para eles o trabalho representou a redenção da miséria. Tem vergonha de trabalhar o descendente de escravo porque o trabalho representa, no inconsciente dele, as chicotadas no lombo e a humilhação feita pelo sinhozinho, que nunca fazia nada, enquanto ele trabalhava.

Isso durou anos e anos. Eu varria de mês a outro, quatro meses ou de quinze em quinze dias. Dependia das folhas no chão. Até que um prefeito foi eleito, fez concurso para gari e tomou a limpeza  a sério. Mandou um funcionário da prefeitura falar comigo. Pedi a ele que fizesse palestra para os garis falando da importância da profissão para a cidade. Que participasse para mostrar que não era vergonha ser gari. Para dar o exemplo. Ele prometeu que minha rua seria limpa.  E, cumpriu.

Portanto, burguesia metida a dar palpites mas não sai do bem-bom, o prefeito eleito de São Paulo está certo. Para gente burra como é o brasileiro, é preciso desenhar. É isso que ele está fazendo quando pega a vassoura, bem vestido, sorridente e varre  a rua no maior estardalhaço. Em vez de debochar, se não entendem, prestem atenção e aprendam. Ele está mostrando que todo trabalho é importante. Que ter cuidado com sua cidade deve ser do prefeito ao gari. De quem trabalha no gabinete ou na rua.

A mesma imprensa que dá destaque a gangs  que se matam nas cadeias, defendendo o direito dessa corja ser indenizada, é a que debocha do prefeito porque não captam a mensagem dele.

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Os apátridas

               

Os professores de Direito, oráculos da jurisdicidade, estão na mídia e ensinam a torto e a direito, que a indenização aos bandidos do AM esta prevista na Constituição Federal.

Bons tempos eram aqueles em que estudar era ler livros de quem tinha mérito e não achistas da internet. Bons tempos eram aqueles em que as estantes dos advogados estavam cheias de livros escritos por filósofos do Direito. Bons tempos eram aqueles em que um advogado defendia sua tese, baseada em estudos e mudava uma jurisprudência ultrapassada. Bons tempos eram aqueles em que prevalecia a inteligência desenvolvida a custas da queima das pestanas e não de meia dúzia de papagaios, repetindo teorias do achismo.

Não é verdade que a lei manda indenizar bandido preso e morto em brigas de gangs na cadeia. A lei protege o preso que morre em erro do estado onde faltou controle. E, briga de gang é incontrolável. Pode ser comparado a caso fortuito, tragédias da natureza onde não há controle.
Defender a tese que uma facção criminosa, brigando  entre si, tem direito a indenização mostra o nível jurídico do país.
Indenização cabe quando o preso morre em fato controlável e o que houve não há controle. É como um terremoto, sabe-se que pode acontecer mas não pode ser controlado.


Para defender bandido, jurista dá  nó em pingo d' água mas , na hipótese de levar unzinho a cambada mergulha!

Raça de apátridas!!!



sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Antes eles do que nós

                                 
   
O que eu acho da matança de presos? Acho que tem um viés interessante para a população vítima dessa gente, nós.

Aqui no estado do Espírito Santo quando foram feitas reportagens, mostrando um chefe da bandidagem, talvez um traficante, preso em um container de metal, no solão do caramba, a criminalidade diminuiu a olhos vistos. Basta dizer que o índice de criminalidade, este ano, ficou abaixo de 2004.

Portanto, sou otimista na minha visão de mundo. Guerra nunca traz somente desgraça. Costuma ter um um rescaldo a favor de quem leva a vida a sério.

A briga é da bandidagem? São os chefes, os cabeças, a nata da criminalidade que está se matando? O que eu tenho com isso se é um mundo paralelo? Um mundo para o qual muita gente séria e trabalhadora paga seu preço por nada?

O governo do estado do Amazonas disse que vai indenizar as famílias dos mortos? É mesmo? Com que dinheiro? Acha que vai meter a mão na burra do dinheiro  público assim, assim? Se não pagam os precatórios dos direitos dos trabalhadores nem com ordem judicial?

Juristas inflamados, jornalistas sem ter o que escrever explicam por que a família dos presos tem que receber indenização. Ora, indenização deve ser paga por preso morto em decorrência de motivos expostos em lei. Rebelião de bandidão é caso comparado a um tzuname, a uma vendaval, a chuva de granizo. Procurar culpados vai dar em quê? Em nada. É apenas para cumprir formalidades. Eu acredito que o índice de crimes vai diminuir a partir daí. Finjam que se importam mas deixem o pau comer.

Portanto, a mídia escandalosa pode trazer um benefício ao noticiar tanta rebeliões e mortes. A cada notícia , espalha-se a cizania entre as facções e os tornam agentes propagadores de mortes e rebeliões. É isso que procuram? Então comemorem. O retorno vai ser livrar o Brasil de uma gente que não interessa nada que sobreviva, nem nas cadeias.

Assim, caminha a humanidade.