sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

O preço vil, pago pra ver

- Chefe Boran, caçando livre porque ele nasceu para isso.
                                       
A imprensa insiste em um assunto que o brasileiro não está interessado. Refém da bandidagem, da violência do rastro do consumo de drogas, ninguém está interessado no que passam os bandidos nas cadeias. Se eles se matam é apenas menos um bandido. O preço que essa gente cobra da sociedade para sustentá-los nas cadeias tem  retorno quase zero e  revolta quem trabalha e quer viver tranquilo.

Eu sei porque a mídia mostra tanta sujeira das cadeias, os abusos próprios da masmorra medieval. Eles optaram, por ordem de algum guru, em ficar do lado do pagamento a título de indenização às famílias dos mortos nas cadeias do Amazonas. Defendem essa tese absurda e vislumbraram, até, que os cofres federais pagariam as famílias, que sequer sabem se existem. Porque bandido vive desgarrado. Família aonde? De alguma mulher havida na porta do presídio? A pressa em divulgar quantias a serem  pagas, a disputa no achismo dos oráculos da mídia, causa espanto.

Duvido que o estado do  Amazonas pague uma indenização sequer. Não tem previsão no orçamento, não tem dinheiro, não tem vontade. O circo da mídia continua. Quanto mais noticiam mais esperam haver revoltas e mortes em presídios país afora. Quanto mais mortes nas masmorras mais espaços ocupados a preço vil do salário do fim de mês.
Com o calor que está fazendo, a umidade imensa que cria a fedentina humana a nível altíssimo, homens jovens e cheios de energia presos em cubículos, alguns amontoados, espocar revoltas é o mínimo que se pode esperar de quem  não nasceu para obedecer regras.

A diferença é o papel da mídia escalada para ver o circo pegar fogo.


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