quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

Pornografia

                           
- Sempre tratada na vala dos fornicadores
                                   
Os vetustos do poder, na falta do abate no tiro a tiro, usam as palavras e as teses montadas no absurdo para tentar derrubar um ao outro.

Mas o quê não muda é o uso do cinto de castidade usado às avessas. Pois como arma de estocar vento, os órgãos genitais e periféricos das mulheres são usados para coagir e esconder a malícia  da composição.
Mas não se iludam. As mulheres são usadas  como forma do bater nas partes frágeis e muito íntimas. É como esconder-se debaixo das pernas das mulheres. A mãe já foi pro brejo. A mulher, taxada de necessária para ser protegida contra os homens, é usada para escudo porque não pode ser atacada conforme teoria falocrata cristã. É o acuar, ou o correr para dentro da trincheira e esperar o revide. E, ai dela se atrever-se a entrar na roda.

A mulher continua sendo escudo e arma de dominação quando senhores feudais, machistas no geral, no público e no privado, trazem argumentos para chamar a impossibilidade de revanche. Como arma de estocada, usam as partes íntimas das mulheres. Como são em exibição nos filmes pornográficos, dos quais foi dito que o homem brasileiro é viciado. Ou nas bundas nuas das mulheres que sabem ficar ricas, explorando o mesmo sistema que separa as mulheres em putas e puras. Que olhem, que paguem, que falem, que usem. Porque a mulher é pau mandado do sistema desde o texto sombrio da virgem pisando na serpente para matar o encardido.

Lembra-me dos tempos em que eu era criança. Estava na fase da alfabetização e lia tudo que aparecia na minha frente. Vi escrito em um muro a palavra "buceta" . Perguntei a papai o que significava  e ele respondeu:

- O muro é o papel dos canalhas.

Nada mudou no respeito  devido à mulher. Desde  a de grelo duro, do furo para dar notícia ou  ter vagina não é mais prova de ser mulher.

Que rufem os tambores.

                                     

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Faz parte da vida

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

Embaralhando as cartas

                                                 


Uma coisa a analisar é que o Bolsonaro foi deputado durante vários mandatos mas não tem confiança em nenhum, das dezenas com quem conviveu. Pode ser que haja confiança relativa mas mão no fogo, nenhuma.
Na formação do seu governo, cercou-se de militares. Até  em cargos que poderiam ser preenchidos por civis. Ou deviam.

No caso específico, não serve o : Diga-me com quem andas e dir-te-ei quem és. Há décadas deixou de ser militar. As mesmas décadas que tornou-se político. As más línguas dizem que foi expulso do Exército, que Geisel disse que ele era terrível.
Minha visão de quem gosta de ver a atuação dos líderes naturais, para o bem ou para o mal é diferente. O líder natural pula na frente da baioneta. E sequer  sabe explicar o motivo. Jura não participar de mais nada e só não o faz se o amarrarem no pé da mesa. Se não conseguir soltar-se.

Bolsonaro saiu do exército por uma espécie de pressão pois sofreu processo administrativo depois de fazer protesto por melhores salários. Não foi provado que ele ia colocar bomba em algum lugar como forma de ação. Tudo com uma  boa tese de reivindicação, que era a falta de recrutas para fazer a renovação nas escolas, devido a baixa remuneração. A fala de Geisel não importa. Pois o general era um militar que não admitia desobediência sequer em pensamento. Ordem unida e continência, sempre.

Isso não importa mais, é passado e a vida segue. Há de virar a página e seguir em frente. Muito mais em um país onde a formação de sua democracia vem claudicando. E, com  grupo de gente  a quer chegar ao poder haja o que houver, custe o que custar. Acho que vou morrer sem que fiquemos livres dessa gente que se renova como agentes, mas com o mesmo discurso. A alternância de poder entre  os contrários faz o povo de joguete e obriga a engolir ditaduras que corroem  o surgimento de novas lideranças. Desde os anos vinte do século passado. É muito tempo.

Fazer um governo com predominância de militares não faz diferença histórica. Podemos dizer que os últimos ocupantes do poder foi uma república de  sindicalistas. Houve, até,  sindicalista médico como ministro da economia!

No fundo, Bolsonaro, que levou uma facada na barriga, com morte certa em cem  por cento das vítimas, precisa cercar-se de quem ele sabe que é treinado para cumprir ordens e tarefas. Sem evidente  pretensão política. Portanto, podem focar no  trabalho sem desviar-se em  militâncias políticas.  Em tese, pelo menos.

Vejo militares no poder como quando sindicalistas lá estiveram. Apenas como falta de pluralidade no pensamento. E, sem lideranças civis, naturais, com visão de estadistas e não de caudilhos.

                                   

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Se achou interessante a minha tese, se quer dividir,  como é feito nas redes sociais.   O blog é um componente das redes sociais. Agradeço. Porque falar sozinho é coisa de doido.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

Mosca azul

                                     

Dois ministros com inteligência privilegiada e oportunidades de estudos acima da média falam pelos cotovelos. São os ministros da Economia e da Infraestrutura. Não importa o nome real dos ministérios: Guedes e Tarcísio.
Eles dão palestras, estão em inúmeras entrevistas em destaque e sempre aplaudidos.
Tarcísio fala em código. Pessoa leiga no assunto não entende metade do quê o camarada fala. Mas é aplaudido como se fosse.
Guedes tenta fazer piada e comparações populares.  E dá tiro a esmo na certeza que a maioria não entende mesmo. Então, alguma coisa pega no próprio pé.

Bolsonaro entregou a economia para seu ministro e os entendidos dizem que a equipe é mega técnica e competente. Elogios aparecem até a nível internacional. A Inglaterra, sabidamente crítica de tudo o que se passa no Brasil, premiou o cara como o melhor ministro de 2019. Dizem que  tem gente que abriu mão de ganhar fortunas para dedicar-se a fazer o Brasil tornar-se uma nação economicamente viável.
Eu prestei atenção no elogio da Inglaterra, feito através do jornal The Economist porque previram que o Brasil ia cair em um buraco quando Mantega era ministro da Dilmanta. Como acertaram, minha curiosidade aguçou. Pois que de economia só entendo da minha. Apenas para gerir o nada e  não levar desaforo de quem não paga a minha comida.

Na ânsia de ser aprovado em suas palavras e obras, este governo peca em falar demais. Talvez o fogo das vaidades esteja consumindo a cautela, ao Quem fala demais dá bom dia a cavalo.

Tarcísio é uma metralhadora. Fala pelos cotovelos quando presta contas de suas proezas, aplaudidas até na Alemanha. Tem orgulho das suas metas, cumpridas de forma militar. Mas devia ter cuidado com os inimigos. A vaidade pode ser uma armadilha.

Em alguns ministérios, os quais foram transformados em máquina de propaganda petralha, cheio de pseudos intelectuais, medíocres na cultura universal mas com a Cartilha da Guerrilha decorada até nas vírgulas, ainda os boicotes são claros.
Mas todo cuidado é pouco porque em boca fechada não entra mosquito e nem dá munição para o inimigo.

Falem menos e deixem quem deve buscar as notícias. Nem que seja nas redes sociais. Se dominam as artes da sua profissão , deixem a oratória para o profissional da palavra.

Mosca azul ?  KLIKA

                                         
 

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terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

O outro lado da história


                                 
                                      Não é preciso ter opinião sobre tudo


Qual o papel da imprensa ? Informar ou influenciar ?
A máxima do jornalismo vem do New York Times, jornal considerado o ícone da informação. Algum jornalista, guru da profissão, disse que, se não aparecer no NY Times não apareceu para o mundo. Sua máxima é : Good news is bad news.

O documentário sobre a movimentação popular que resultou no afastamento da presidanta Dilma Roussef mostra como fomos mal informados.  Não me lembro de ter visto notícia completa da caminhada ou do acampamento que fizeram em Brasília. Um dado aqui e outro ali. Mas a boa informação foi omitida.
Portanto, talvez, o documentário, financiado por dinheiro da corrupção desviado para construtora da qual a diretora é filha, tenha razão de ser.
Com a informação pela metade, com tantos ongueiros pagos, na ocasião, para elogiar os petralhas no poder,  a história precisa registrar o embate de informações. Cabe ao público fazer a comparação.

Quanto  o documentário Democracia em Vertigem ter sido indicado para o prêmio do Oscar, isso tem explicação. Hollywood tem sido cobrada por apresentar mais diversidade na apresentação dos candidatos  aos prêmios, nas diversas categorias. Este ano a grita foi grande porque só deu homem e branco. Essas coisas dos EUA, onde não há mistura de raças e as caras são bem definidas pelos guetos que são formados na sociedade daquele país.

O documentário da brasileira, fincada na elite da elite nacional, é para cumprir a cota dos supostos latinos. Também assim classificados quem se atreve a ter a tez morena sem ser , exatamente, preto. Aqueles tipos mistureba vira-latas, indígenas de todos os tipos e  os que falam idiomas originados da Europa. Aquela gente originada da banda podre do povo  desenvolvido e tão limpinho, que nem precisa tomar banho.

Do meu lado, sem ter visto o documentário, acho bom haver o registro dos perdedores. Afinal, o que mais tem é gente dizendo que a história é contada pelos vencedores. Está na hora de ouvir os dois lados. Mesmo que sejam lamúrias contidas e próprias dos derrotados. Tem gente que sofre derrota simples na vida e leva anos para aceitar, outros nunca aceitam.

Ser indicado não vale nada. Ninguém vai lembrar-se daqui a dois Oscars. Como ninguém lembra da Palma de Ouro de  Cannes  cujo vencedor foi do cineasta brasileiro Anselmo Duarte  O  Pagador de Promessas. 
Preencher cota  e continuar denegrindo o Brasil por essa gente que vive em lugares desenvolvidos mas com o dinheiro do povo brasileiro é estilo de vida.

Nota: A partir do filme acima você encontra outros. Apenas informação para você que não viu ou que tenha participado das manifestações. Nunca é menos para o saber.

                             

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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

Sem filtro de papel

Esta é a caixa
                                   

Quero passar para vocês esta novidade: Um filtro de café de aço inoxidável  e que dispensa coador. O que mais se usa é o coador de papel.
Após o uso, o pó pode ser jogado em um saquinho plástico para ser descartado no lixo. O mesmo que vai ser usado na hora do almoço para reter as cascas dos legumes.

Eu vi um anúncio, na internet, desses que entremeiam os textos, onde oferecia  a novidade mas por preço nas alturas. Não precisa comprar o mais caro porque é tudo igual.
Comprei, testei antes de contar para vocês.
Tem vários preços. É preciso verificar se tem o pegador porque tem alguns que não tem. Outros tem a colher mas o que eu comprei não veio.
Apenas uma dica que eu achei interessante e prática.

                                  


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domingo, 9 de fevereiro de 2020

O filme 1917

                                     

Eu vi o filme denominado 1917. Está concorrendo ao Oscar com várias nomeações.

As críticas só podem ser pagas, não é possível ser diferente. O filme não tem relevância como história de guerra e nem como cinema.
A direção é uma piada e os atores inexperientes. O cenário é artificial. O filme Cavalo de Guerra dá de mil e parece que o cenário de 1917 foi aproveitado dele, em algumas cenas.
É um filme inferior a qualquer outro visto sobre o tema. É tão previsível e cheio de clichês que dá ganas de riso. Algumas vezes a gente ri mesmo.

Eu fui narrando e brinquei com meu filho que a autora do script fui eu. E dou  estes exemplos:
- Agora só falta aparecer uma vaquinha branca com manchas pretas.
E, na cena imediata,  lá estava a vaca,  estática, mostrada ao longe.
O personagem acha uma vasilha cheia de leite, mas não há ninguém por perto. Na certa o leite foi tirado pela própria vaca. O leite estava fresco, vasilhame inclusive limpo no lugar imundo! Não sei se a aparição de um grupo de soldados em cena lá na frente quer dizer que eles estiveram ali. Mesmo assim, não justifica um balde de leite fresco em um lugar sem água potável e tantos soldados famintos. E nenhum deles vai até o lugar onde estava o leite. A vaca sumiu.  Estavam de passagem. Não havia ninguém no lugar, antes.

Então o rapazinho leva uma facada na barriga, igual aquela que só Bolsonaro saiu vivo. E morre dois minutos depois, quando esse tipo de morte leva horas ou dias. Tigum !
- Agora ele vai pedir a foto da família para morrer abraçado com ela.
Bingo!
Morre e fica logo azul em rigidez cadavérica ...
Carregam o morto de um lugar para outro mas largam ao léu e vão embora... Será que foi para parecer dramático? O outro ator, que faz dupla com o morto, não mostra nenhum sofrimento.

Antes, um deles machuca a mão no arame farpado. Tudo cheio de cadáver putrefato, excrementos, ratos, podridão  e nenhum dos dois,  durante todo o filme, faz um esgar pelo mau cheiro. Pouco depois escorrega, a mão machucada entra na água suja e depois mergulha na barriga de um cadáver podre no último, ao seu lado.
Eu apostei com meu filho que haveria infecção e ele ia sentir a maior dor. Chegamos a cruzar mindinhos. Mas nada aconteceu. Perdi a aposta.

O rapazinho consegue chegar em um prédio abandonado, depois de levar tiro sem saber de onde. Podia  ter seguido em frente. Mas, por qual cargas d'água, entra na casa e vai entrando devagar, sobe uma escada com aquela cara de Meu Deus o quê é isso ? E, abre uma porta sem quê nem praquê e leva um tirambaço do alemão, sentado e esperando a porta abrir. Eu disse para meu filho:
- O cara é burro a ponto de abrir a porta? Se levou bala do lugar ? Vai levar um tiro.
Não deu outra.

O enredo do  filme é para ser levado uma mensagem de um regimento pra o outro. A crítica diz que é para mostrar o espírito do cumprimento do dever apesar das intempéries. Uia ! E por que escolheram dois adolescentes, fazendo chantagem enquanto davam ordens?

E o rapazinho ficando cego com a poeira só para que ele pule de uma pedra para outra, sem ver nada? Será que foi para dar suspense?

Tá bom, vou admitir que sou brasileira e não entendo nada de sentimentos de guerra, no atravessar um campo de  framboesas ainda em flor e cair na esparrela que mata um deles. Um alemão mau pra caramba que matou um dos adolescentes, bonzinho, que não o matou tão logo o encontrou.
Admito que não entendo o uso de adolescentes em guerras feitas por adultos malvados. E que o filme aparece em um tempo atual, no uso do cinema  para defesa de teses e convicções políticas de seus autores. E eu não captei a tese política do autor.
Eu não sei, estou apenas especulando para aceitar que não entendi nada do que o primeiro mundo quer dizer a uma subdesenvolvida de terceiro mundo. Aceito ser  incapaz de ser solidária a qualquer das guerras  de dominação, aquelas guerras europeias do século passado.

Enfim, vejam o filme mas para dar boas risadas pelo óbvio do óbvio. Com certeza os entendidos vão dizer que só eles entendem. Deve ser por isso que o filme é ruim.

Nota : Acertei. Não ganhou nada. Ufa !
 
                            

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A morte em torno dos humanos

                                     

O dia tem vinte e quatro horas. Mas foi justamente no momento que o cachorro da turista matou  o preá é que eu tive que chegar em casa.

Sexta-feira, á tardinha, uma mulher com dois cachorros, soltos, veio correndo me dizer que um dos cães entrou no lote, na rua paralela,  atrás de um preá.  Furou com as patas um buraco na terra,  debaixo do portão e entrou. Disse toda tristinha que o cachorro havia sujado as patas e que ela ia precisar lavá-las. ( ?! )           
Estava com as guias dos animais nas mãos. Eu disse a ela que aqueles cachorros eram beagles, portanto caçadores e que ela devia mantê-los presos. Que o lugar tinha muitos bichos pequenos.
Mal acabei de falar, os cachorros passaram qual uma bala, atrás de outro preá. Corri até deles, o preá deu a volta pois não achou saída lá na frente. A mulher foi até eles, batendo na cabeça de um deles, o que trazia o bichinho na boca, dizendo solta, solta. O preá rodou no chão, ficou caído de  lado. Eu pensei que ele estivesse imóvel para disfarçar, como defesa. Cheguei perto e o animalzinho tossia e os olhos bem abertos. Cof, cof, cof...
A mulher colocou a guia nos dois e foi embora.
Eu me afastei, pensando que o animal ia levantar-se e ir embora. esperei um pouco e voltei. Mas ele estava morto. Talvez um ataque cardíaco? Coloquei-o em um saco e joguei fora.

No dia seguinte,  ontem, sábado eu a vi outra vez. Disse a ela que o preá havia morrido e perguntei se ela podia me informar se o cachorro havia conseguido entrar no lote. Ela se fez de sonza. Eu disse que apenas queria saber pois ia exalar cheiro ruim se o preá tivesse morrido. Não sei... Não vi... Talvez...
Então a alertei para manter preso os dois assassinos pois se eles matassem algum sagui a coisa ia ficar feia.
Não a vi hoje por aqui.

Turista é a desgraça da cidade. Como todo janeiro, levaram os saguis mais velhos. Inclusive a Artista com seus dois filhotes ainda amamentando e grudados nela.

Por mim o Brasil deve procurar outra forma de fazer dinheiro. Turismo em massa jamais. Dinheiro predador, maldito e destrutivo. Não tem nenhum valor para a sociedade. É um monte de curiosos, atrás de emoção e depredando tudo. E não é só no Brasil. Sabemos bem como funciona no mundo todo. Por isso os franceses odeiam turistas. Mas a diferença é que não podem viver sem eles.

Hoje a catinga sai do lote e chega até o meu portão. O cão matou os dois preás.

                                      

Nota Se puder, de acha que deve, por favor # compartilhe

Para quem quer ler em outro idioma, no alto tem a opção.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

Palavras e ideias

O  escracho  nas  palavras
                   
O dom da palavra não é para qualquer um. Superar a falta de talento, saber falar sem que microcéfalos façam dúbia interpretação é para poucos.
Existem aulas, treinos e mil estudos ensinando um limitado a falar em público. Mas não supera o dom natural. Existem pessoas que, ao falar, nada mais fica deixado nas entrelinhas. Domar o pensamento e tornar palavras a serem ditas e entendidas é facílimo para alguns e impossível, mesmo com treino, para outros.

Por isso, ter o dom da palavra, as democracias são privadas de  homens públicos que expressam mal suas idéias. Ficam para trás e são substituídos por gente que fala muito bem mas não tem compromisso com as palavras. A história da humanidade está cheia desse tipo de gente. Não é privilégio dos subdesenvolvidos.

É um dos motivos do sucesso da peça de Edmond Rostand, Cyrano de Bergerac onde o apaixonado feio e narigudo, contrata um galã para aparecer para a amada dizendo os  seus textos, enquanto ele fica escondido, debaixo da sacada. Muitos atores continuam nessa toada. Só tem palavras boas quando interpretam o texto decorado para a peça a que foram contratados. Mas quando abrem a boca são um fiasco total.
Demóstenes, grande orador grego,  falava bem mas tinha péssima dicção. Diz a história que ele colocava pedras na boca para treinar as palavras. Que eram ditas para dominar o povo e o senado. Alguns, nem com pedra na boca.

Então, percebo que Bolsonaro tem mais um defeito, impróprio para chegar onde chegou: não tem oratória. A rapidez do raciocínio corta frases e deixa a ideia pairando, quase no ar. Para quem é acostumado às letras, torna-se tema de piadas e jogo malicioso da oposição. Ter que desenhar toda vez que fala, e fala pelos cotovelos, é tarefa cansativa. Eu não teria paciência... Ainda mais quando fala em tribuna. Mesmo para os adoradores de plantão. Balança de um lado para o outro. A  oposição, os psiquiatras e especialistas em oratória entendem como insegurança. Bolsonaro inseguro ! Pra mim também é piada.

Falar bem é DNA. Muito esforço melhora. Treino também ajuda. Fazer discurso todo dia é ótimo para aprimorar as palavras, o raciocínio e a garganta. Mas jamais conseguirá ser como alguém que já faz discurso com três anos de idade e sem emitir uma palavra grosseira ou fora do contexto.

                                     
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quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

Verão nos trópicos

Cachorro de rua, aproveitando a sombra fresca 
                              

O calor é o de menos. O pior é a umidade terrível. Quando tem uma temporada de chuva de verão como foi esse ano, parece que estamos em uma sauna.
A natureza por aqui é grandiosa e a Mata Atlântica nessa região é representada por restingas e capim baixo, ervas daninhas que aparecem com força após as chuvas. Todas as folhas são muito hidratadas e à noite a maresia toma conta.

Meu olfato já foi melhor mas percebe-se o odor da maresia no ar. E a densidade da umidade que beira a noventa por cento.
Tem uma vantagem, as pessoas não ficam enrugadas quando envelhecem. A pele das pessoas aproveita a umidade. Ms não é dispensado o beber água o dia inteiro. Um círculo vicioso quando você debulha água, precisa  beber para repor e volta a espirrar água por todos os poros.

Eu me lembro quando cheguei a Vitória/ES, vinda de Belo Horizonte/MG onde o clima é seco. Eu comprava lencinhos umedecidos na farmácia para passar no rosto. Maquiagem foi pro beleléu. Custei a me adaptar. As roupas que eu trouxe não serviam porque até os tecidos  são diferentes. Com o tempo, larguei de mão. Esqueci a pose de montanhesa e virei capixaba onde andar quase nu faz parte.
Minha irmã, quando veio me visitar, vinda de Belo Horizonte,  fez um comentário interessante. Ela comentou que as roupas não podiam ser usadas duas vezes. Quando papai apareceu em uma visita surpresa, ele ficou pasmo com a quentura do asfalto. Disse que queimava os seus pés.
Outro dia eu saí à rua com um Sol inclemente esquentando minha cabeça. Eu coloquei a mão e estava quente. No caminho encontrei com uma moça. Ela estava com sombrinha. Quando paramos para esperar um carro passar eu lhe disse que, se ela não se envergonhava de usar sombrinha , tinha me encorajado. 
Não saio todas as vezes de sombrinha porque procuro andar na sombra. Mas quando tenho que descer em horário de Sol a pino, estou usando minha sombrinha própria para Sol e chuva  comprada pela internet.
Ah! Não dá mais.
Quando a gente é jovem ainda tem vergonha porque todo mundo olha e eu tentei uma vez para nunca mais. Mas o envelhecer nos torna invisíveis. Ninguém percebe, não vê e quando vê pensa que é doido. Já me entreguei à nova realidade e estou adaptando-me pouco a pouco. Minha pele não é como antes quando eu ficava esturricando no Sol, o dia todo na praia.  Em uma festa de família desse último fim de semana, a geração mais velha já chegou aos noventa e tantos  anos. Todos estão um coco. Quem sabe chego lá. Ou adapto ou morro ? Será assim?

É cara de triste ou impressão minha?KLIKA

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  Nota: As fotos por aqui, se você quer ver maior, clica em cima.                             
                                     

terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

Tempo certo

                               

Nunca vi uma campanha, no Brasil, para combater a maternidade infantil ou na adolescência, a gravidez precoce.
O que existe, de forma indireta e há décadas é a sexualização da criança, através de programas na televisão, músicas e festas na periferia., omissão nas escolas.  O medo de ser taxado de retrógrado e puritano.


Agora a ministra dos Direitos da mulher, da família e dos direitos humanos,  lança uma campanha para tentar diminuir a gravidez na infância e adolescência. Os índices no Brasil são altos. A campanha não descarta nenhuma forma de prevenção à gravidez e exorta os jovens a aguardarem mais tempo para a inicialização sexual. A prevenção ao sexo precoce.

A oposição distorce o discurso, a proposta, em deboche de todos os níveis e em notícias que não informam a população. Dizem que a campanha é proposta de abstinência sexual.  Os especialistas de Freud que confundem libido com sexo, direcionamento da libido com sexo desenfreado, estão dando pareceres contrários na televisão, nas redes sociais, ridicularizando sem sequer, percebe-se, saber do que se trata. Nenhum tem coragem de dizer que está errado tratar uma menina de nove, onze anos como mulher. Nem um menino de doze como um homem sem freios.

Eu não aceito o tratamento do adolescente como se mulher ou homem feitos fossem. Uma cultura equivocada em confronto ao que se quer da mulher em contraponto com o homem. Não vou levantar uma questão que é motivo de livros, palestras e que pode ser resumido em educação diferente e equivocada. Uma das facetas mais claras é quando em um programa infantil o apresentador pergunta se a criança de cinco anos tem namorado. O bom é que a maioria absoluta nem entende a pergunta, mesmo com a insistência do bestunto.

A campanha começou  com proposta clara, divulgação boicotada pela imprensa e articulista mal informado. Mas sou francamente a favor. Mesmo porque fazer essa criançada perder-se em sua sexualidade só camufla interesses escondidos e, muitas vezes, sórdidos.

O lema da campanha é #tudotemseutempo.

Desejo que dê certo. Sou absolutamente contra esse tipo de tratamento  dado às mulheres onde o feminino é confundido com o ser servil, pregado pelas religiões que dominam o mundo. E a maternidade a prova  de mais valia.Onde uma mulher independente, focada na vida prática e construtiva é chamada de sapatão, masculinizada. Como se somente o homem tivesse o direito no focar na vida e na sua liberdade, na construção da sua independência.
O futuro dirá se deu certo.

Quer ficar informado na fonte ? KLIKA

Deboches? KLIKA

Tempos melhores? Miltinho canta Tudo tem seu tempo certo : KLIKA


#compartilhe . Faz parte da vida.



quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

O desaforo

                                                 

Toda manhã vejo na sacada lateral do prédio em frente à minha casa o texto do sofrimento de uma família. Roupas de cama, vários lençóis são colocados nos varais, alambrados para secar ao Sol.
Um casal veio de Cachoeiro de Itapemirim a procura de melhor qualidade de vida para o  homem. Com pouco mais de cinquenta anos, o cara está com o Mal de Alzheimer. A mulher, bonita como o marido, está alquebrada, vendo a decadência diária de um homem que vendia saúde. Sem explicação. Todos os dias ela passeia com ele na nossa rua, interage com a natureza exuberante do lugar. Mas já contratou uma cuidadora pois cada dia tudo fica mais difícil para cuidar de um homem de quase um metro e noventa.
Passo por ele, cumprimento e ele responde. Isso mostra que ainda tem lucidez. Mas a mulher disse que ele fica horas parado, olhando o nada. O apartamento tem uma visão belíssima da matinha e do mar. E ela não sabe se ele percebe algo pois não responde a seus estímulos.
Em dezembro chegou a ficar na cadeira de rodas mas o vi, por estes dias, passeando a pé. Respondeu o meu cumprimento com um sorriso e a fala firme. Deve ter melhorado e uma cuidadora o acompanhava. De uma decadência feia no mês passado vejo uma reação mas os lençóis aumentam dia a dia na varanda onde o Sol da manhã é certo.

A vida é o momento porque o passado foi vencido e o futuro ninguém sabe.

Esse filme que eu publico acima é para mostrar que tudo vale a pena, se a pessoa é otimista e aprecia o momento que não volta mais.
Como dizia José Carlos Oliveira, um filósofo popular  capixaba dos anos setenta e que morreu de tanto beber ( ! ):

-Viver é um desaforo.

Brasil para quem não conhece ou tem saudades. Paisagens da natureza brasileira e com sotaque mineiro . KLIKA

                 
                           

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Faz parte da vida


segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

Salve-se

- Pense numa coisa. Existe.
                         

A próxima etapa é o Carnaval. Para tanto, hordas de pessoas, figuras estranhas em suas aparências e fantasias - em latu e stricto sensu - apresentam-se em uma euforia pública mais estranha ainda.

O carnaval, como outras festas do mesmo gênero e  em outros lugares, presta-se para que os loucos de todos os gêneros apresentarem-se em praça pública. Uns observam com olhos cúpidos os exibicionistas, os nudistas, os eufóricos da loucura enquanto todos suam em bicas, bebem hectolitros ou cheiram quilogramas.

No carnaval passado fiquei sabendo que alguns apresentam peças sexuais em cima de caminhões, palanques e até sacadas de prédios.
Sei que nada disso é privilégio dos subdesenvolvidos. Pelo contrário, fui informada que muitos deles aprendem em outra plagas, em viagens pagas em prestações  a perder de vista. Inclusive, existem viagens de navios, cruzeiros especializados em hedonismo.

Como se não bastassem os dias dedicados, propriamente, ao carnaval, inventaram um tal de Esquenta onde as festas já começaram, em hordas pelas ruas de  grandes cidades. Imaginem uma multidão de desempregados, sem nenhum respeito a nada e nem ninguém, abandonados pela educação pública e privada,  precisando tirar seu troco antes que a vida acabe?
A exportação de como aproveitar ao máximo o carnaval, vem sendo feita pelos baianos. Estes possuem uma indústria do carnaval com caminhões, músicos e estilo que viaja pelo Brasil. Em algumas cidades essas festas eram bancadas pelo dinheiro público mas as torneiras fecharam com a caça aos corruptos. Só as grandes cidades, onde tirar alguns milhões não fazem diferença para quem gosta do carnaval, continuam a financiar tudo.

Se não tem emprego formal, uma saída é deixar o pessoal ganhar sua vida nas várias vertentes que alimentam a loucura coletiva e distraem o populacho de suas mazelas. Pelo menos dá uma sensação que nem tudo está perdido.

                        
#compartilhe  Se acha que pode , se acha que deve. Assim funcionam as redes sociais. Eu agradeço.




domingo, 26 de janeiro de 2020

A pose

                                         

Caiu uma tromba d´água no sul do estado do Espírito Santo. Os rios que cortam as cidades transbordaram invadindo tudo.
Ainda mais que as cabeceiras dos rios estão em Minas Gerais onde a chuva caiu pra valer. Acho até que a chuva caiu mais nas cabeceiras dos rios. Na descida, levam tudo.

Mas o que eu quero destacar  é a necessidade de analisar o governador do ES, Renato Casagrande.
Logo de início ele disse que não era coisa para espanto e preocupação e que a população estava fazendo drama. Dispensou a vinda do exército e qualquer ajuda do governo federal. Isso obrigou os prefeitos a pedirem ajuda, dispensando qualquer outra ordem ou hierarquia institucional.

O governador é de um partido político puxadinho dos petralhas e tem governado na base do lulalivre. Juntou-se com o senador Conta Rato, eleito apoiando o presidente  e virou casaca tão logo tomou posse. Por isso, fazem parte da oposição radical. Tudo que o Bolsonaro faz eles repetem os jargões e frases cunhadas na cadeia de Curitiba e depois nos grotões do pensamento obscuro, liderados pelo Velhaco mais velhaco que a humanidade já produziu.

Depois que a coisa acalmou-se, o governador apareceu em Iconha  e fingiu tirar lama da rua com uma pá. O povo está ensandecido porque ele tirou esta foto para propaganda. Notem que não tem um pedacinho de lama nas galochas.

Eu quero registrar esse momento de canastrice e canalhice política. 


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sábado, 25 de janeiro de 2020

Da árvore ao tamborete

E a chuva continua
                                   

O forum econômico de Davos é um evento privado. Não é lugar de debate estatal mas reunião capitalista na essência. Por lá o centro de tudo é o dinheiro e seus caminhos em busca de mais dinheiro. Os discursos dos representantes do dinheiro e dos estados interessados em atrair mais investimento privado não contam.
O dinheiro internacional só vai para onde pode fazer a multiplicação dos pães. O mesmo dinheiro que financiou as caravelas ao Brasil e que oscila nas aplicações conforme recebem as benesses da multiplicação.
Quando os juros chegaram na estratosfera de 25% ao ano, o capital internacional correu para o lucro e contribuiu para o crescimento interessante do capital e do dinheiro em circulação. Até eu ganhei com minhas aplicações. Hoje com 4% ao ano, o capital está desconfiado a ponto de dizer que não está seguro em vir ao Brasil porque não acredita na preservação da Amazônia. Çei...

Mentira que o capital internacional entra no Brasil para investir diretamente em bens materiais ou no progresso.  Ele vem ao Brasil para emprestar dinheiro para a produção e o consumo. E empréstimo lembra agiota. E nem todo agiota está fora da lei, se é institucionalizado. É um castelo de cartas insuflado pelo governo que leva vantagem sobre o dinheiro circulante e dos impostos pagos com o aumento do consumo, feito na base dos empréstimos. Até dos velhos eles levam, nos consignados e na ilusão da geladeira trocada sem necessidade. Mas nada fica a não ser a dívida do consumismo e longe da poupança. E dinheiro não aceita desaforo.

Melhor seria se o país estivesse com  arrecadação real, vinda da produção originada no trabalho do empreendedor, da qualificação, do resultado da criatividade. Sem ser pilhado por impostos a esvaindo-se por inúmeros buracos na economia da mentira e do fausto da aparência. E do enriquecimento ilícito.
O importante é o capital vir para investir em bens e serviços, industrialização e conhecimento, deixar sua marca a olhos vistos e não no abstrato dos números que vão e veem.
Um país progride com o trabalho e a criatividade de seus cidadãos, na qualificação da mão de obra para crescer junto com seu trabalho. Afim de que esta possa construir os seus sonhos em cujo máximo é usufruir das benesses da modernidade e suas tecnologias. Na poupança de seus ganhos pelos quais vivem sem  alimentar o vértice da sociedade em constante aumento das diferenças. E em cuja poupança faz a volta para beneficiar a sociedade, circulando na riqueza construída.

Portanto, Davos é tribunal de condenação às populações  pobres, aos países sem industrialização forte. Tanto é assim que este ano ficaram mais preocupados em dizer que o Brasil não é confiável porque não cuida da natureza. Tudo  para disfarçar,  no pano de fundo, o índice dos juros que não vai engordar as burras como no passado.

Alguém confia em banqueiro? KLIKA
Ou em novos hábitos ? KLIKA

                          

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sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

O fantoche da oposição

                                       

Colocar um estrangeiro, longe da cultura e do vivenciar o Brasil, como boi de piranha já é ultrapassar todas as medidas. O cara, um arrogante, tem a convicção absoluta que é superior ao brasileiro. E coloca o queixo nas nuvens para ensinar ao subdesenvolvido os caminhos corretos para construir uma nação.

 A multidão nas ruas, os anseios do brasileiro em buscar caminhos entre pessoas de bem não valem nada. Afinal, o civilizado baixado dos Estados Unidos da América por contrair  matrimônio com outro cidadão, já basta para o senhor feudal ter certeza que está acima desse brasileiro latino americano e menos americano do que ele. Brasil colônia pode ser para qualquer estrangeiro que não entende nada, que  o Brasil não é fácil de entender.

O senhor professor de cidadania,  possui a certeza da inferioridade do povinho do sul porque  aprendeu nos bancos escolares dos EUA. Lá ensinam que americano são eles.  América não é um continente mas três. O norte é  a América. Os outros são Sul América ou América Latina   e mais nada.
E como são mais ricos e organizados, possuem o poder de ensinar os de baixo que  precisam enquadrar-se nos seus desígnios primorosos de xerifes do mundo. Na cabeça desse cidadão, não bastam as armas e os drones oficiais para enquadrar o mundo. Urge que cidadãos, como ele evidentemente,  criem formas de interceptar aparelhos eletrônicos como forma de coagir e perceberem o seu lugar. Tudo dentro da ótica de quem manda a quem deve obedecer. ( Manda quem pode e obedece quem tem juízo, a máxima trazida do estrangeiro para enquadrar o brasileiro meia boca).

Eu nem sei quem é o esperto na história. O  estadunidense é estrangeiro no pensar e no agir, a ensinar pacientemente os subdesenvolvidos que eles precisam ser guiados. Mas não está sozinho,  tem por trás os petralhas,  quiçá como os espertalhões em uso do arrogante útil.

Já está provada a cumplicidade e a orientação petralha.
Vale dizer, petralha como  seus puxadinhos e penduricalhos , formando o todo. Os ungidos para salvar o Brasil da ditadura em que se encontra. Com a ajxchjuda do  circense estapeado para colocar-se em seu  devido lugar. O tapa na cara não valeu nada. Pois por trás de tudo, está a malta cuja mentira é estilo de vida. Tudo para  entregar o Brasil de volta a corrupção, matando a honra de quem os colocou na cadeia.

Na certa o pseudo sabido não conhece o Brasil. Nem o que é ser fantoche da política ;  na Sul América.

                          

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