Em homenagem a Elvis Week |
A cabeça consegue pensar bem ante os crimes do ex governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral? E, se vincular a situação de penúria daquele estado que elegeu esse homem para dois mandatos?
Preocupados com o Carnaval, com o futebol mediano e seus times de massa, esqueceram de prestar atenção no que se passava à sua volta ?
Não acredito que uma população não saiba que seu governador roubava em todas as vertentes do que podia com o seu mandato. Um assalto aos cofres públicos sem precedentes no planeta...
E eleger deputado estadual mais preocupado com ideologias estrangeiras enquanto não reelegia pessoas claramente superiores? Mais reeleição do ladrão público desse calibre?
Há alguns anos, meu filho foi a um show de cantor famoso com um grupo de amigos ao RJ. Todos com pouco mais de dezoito anos. Ficaram apavorados quando, ao identificarem-se, foram parados na entrada. Foram revistados, com PMs passando a mão nos seus órgãos genitais. Meu filho quase surtou e só depois percebeu que era provocação, pretexto armado. Pegaram um deles, um ruivo gordinho de um metro e noventa, levaram para dentro da guarita e deram uns encontrões nele para mostrar onde guardava a droga. Que droga? O rapaz não usava drogas. Fizeram ele tirar a roupa, ficar nu na frente de todos. Revistaram os bolsos, jogaram as notas de dinheiro no chão para depois mandar pegar de volta, abaixando nu. Ao final, depois de vestido, o dispensaram. Nunca mais nenhum voltou a espetáculos de música no Rio. Provocaram reação com desrespeito para levar vantagem.
Minha sócia no escritório foi ao Rio passar a Lua de Mel. Ela não queria ir com medo da violência mas o noivo disse que iria e ponto. Foram. Na chegada, ao descer do táxi na frente do hotel, foram assaltados e ele levou uma coronhada na cabeça.
Um amigo do meu filho que estivera no evento do show, voltou ao Rio a trabalho como delegado da Policia civil do ES. Foi em carro próprio mas armado até os dentes. No meio do caminho foi abordado por um outro carro onde o bandido apontou uma metralhadora. Não sei contar o que aconteceu mas trocaram tiros e ele conseguiu safar-se.
Quando meu filho vai ao Rio a trabalho porque precisa fazer exame médico de seis em seis meses, ele disse que anda rápido, sem olhar para os lados, com muito cuidado para não esbarrar em ninguém e desloca-se de moto-taxi. Já ofereceram para ele celular que custa oitocentos , a setenta reais.
Então, ninguém viu as escolas caindo aos pedaços? O atendimento médico às traças? Não viram os protestos dos médicos e das enfermeiras? Mas encheram os campos de futebol e as passarelas do samba...
A imprensa carioca tão esperta para defender os petralhas e insuflar a baderna não noticiou nada ? O Ministério Público não fez nada sequer quando mataram juízes, delegados honestos e PMs aos mangotes?
Por que os artistas não fazem um mega show para arrecadar dinheiro para os funcionários públicos estaduais há quatro meses sem receber? Mas juntarem-se para insuflar baderna eles fazem.
Quando o novo prefeito recusou dar dinheiro para o Carnaval quase invadiram o palácio do governo como se não fosse da iniciativa privada, que lucra com o evento, arcar com o sua realização.
O Rio é a porta do Brasil para o mundo. Através dele somos avaliados com a ótica carioca, doa a quem doer. Defender, esconder as mazelas, não leva a nada. O povo paga pela inércia, velha de anos, precisa acordar para o futuro e não se ofender porque há críticas e desejo de mudança.
Que consigam sair desse embrulho a que se meteram. Eu não tenho nada com isso. E, nem dó... Mesmo porque o carioca diz que o ES só existe para dificultar a chegada ao carnaval de Bahia.