O Brasil não é mais o país dos moços. Foi minha geração que produziu o maior número de nascimentos. Há lógica na consequência quando foi maior número de adolescentes, adultos e começa o maior contingente de velhos.
Uma geração que parou as guerras, encontrou maneiras e formas de melhorar a qualidade de vida e buscou a igualdade social. Portanto, nada mais compreensível que tenha produzido, também, pessoas nefastas. Mesmo que agindo em seu nicho próprio.
Quando olhamos as idades dos caras presos na Lava Jato, percebemos que são da mesma geração. E, da mesma geração que levou, de uma maneira e outra a uma ditadura de vinte anos.
O embate foi mais ideológico do que concreto. Quando chegaram ao poder, implantaram suas idéias mas buscaram pagamento alto. Portanto, não foram ideológicos mas velhacos. Ficaram na ala dos que defendem a igualdade social porque excluídos do meio social que sempre teve vantagens. Entretanto, tão logo chegaram ao poder, buscaram imediatamente a saída para não voltar a fazer parte dos excluídos da mesa farta.
Essa gente pensa e age como qualquer poderoso descrito na história. Não são pessoas comuns mas vieram ao mundo com a inteligência acima da média. O que diferencia é o ajustamento dos parafusos.Uns ficaram soltos e outros mais ajustados que outros. Os medíocres, os certinhos ficaram no limbo, servindo os primeiros. No confronto, uns ganham e outros perdem mas sempre em função das vantagens que eles levam.
Se a Lava Jato não estivesse em Curitiba, duvido que teria o mesmo desfecho.
No lugar onde a história do país agrupou os espertinhos da nação, não tem e nunca teve uma máquina judiciária para decapitar vagabundo. Se não for para enricar, os lugares hegemônicos não produzem uma cabeça cujo catecismo decorado tenha essa previsão.
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