quinta-feira, 9 de março de 2017

Ai de ti, tempos românticos!

Eldes  com  Maurício. 
                            

Ontem à noite levei uma pessoa para embarcar na rodoviária rumo ao trabalho. A moda é construir rodoviárias onde Judas perdeu as botas para beneficiar as empresas de ônibus e retirar o tráfico do meio da cidade. Mas não deram suporte aos que viajam sem quem os leve e precisam ir e vir  de ônibus ou taxi.

Tive ímpetos de dar carona para os que esperavam o ônibus, um ou dois e facilitar a vida deles. Era tarde da noite e ninguém merece ficar em pé, esperando condução. Mas contive-me porque lembrei-me do que meu marido disse-me há muito tempo.

Em uma ocasião, em que tive processos em Cachoeiro do Itapemirim, dei carona, em mais de uma vez, para pessoas na estrada; velha, jovem, homens e mulheres, crianças.
Da última vez, peguei quatro crianças, uniformizadas, que esperavam carona, saindo de uma  escola rural. Perguntei a elas se os pais ou elas mesmas não tinham medo de um tarado ou sequestrador fazer mal a elas. Ao chegar em casa, comentei com meu marido. Homem de poucas palavras, eu sempre o ouvia por reconhecer sua inteligência superior à minha e ponderação superlativa. Foi o bastante para ele me proibir de dar carona pois se um motorista podia fazer mal a alguém, a recíproca era verdadeira. Além do perigo de haver um desastre e eu responder por uma vida perdida ou indenização certa. E, o carro estava em nome dele o que o envolveria, certamente.
A partir desse dia fico somente na vontade. O mundo anda tão complicado que dar carona, como nos  tempos românticos da ingenuidade, ficaram na poeira das ruas e das estradas. Quem paga é quem não tem nada com isso.

terça-feira, 7 de março de 2017

Utopia tragada


                                      
                                           -  Que homem!

Qualquer data, criada pelo sistema para comemorar algo, pode esconder algum interesse escuso. Mas a humanidade precisa  dar destaques a eventos, feitos históricos, ocorridos inesquecíveis ou exemplos imperdíveis. Por isso, entendo a criação do Dia Internacional da Mulher e o ridículo da criação do Dia Internacional do Homem. 

Mas o que não entendo é  aproveitar a ocasião para dar destaques a violências, erros, equívocos do confronto entre os sexos e não aproveitar para educar, fazer um fluxo na direção da trégua, do buscar avançar para o fim do sofrimento gerado pela insanidade existente entre homens e mulheres ou seus atos. A quem interessa manter o status quo ou reforçar condutas equivocadas e criminosas?


Pode parecer incorreto mas quando uma notícia é estampada nos jornais o número alto de bestuntos copia, imita e faz igual. Não estamos, não estou, ninguém está livre da influência do massacre de informações. 

Ora, se noticiam suicídios, estes crescem. Se noticiam homens matando a família e suicidando-se, estes casos aumentam. Se aparecem nos filmes e novelas personagens cheirando cocaína ou fumando drogas, isso aumenta. E por aí vai. 

Tenho lido ou visto depoimentos de mulheres sempre no negativo em destaque das formas de tratamento da sociedade e nas relações familiares. Qualquer educador sabe que o melhor método para educar é dando destaque as coisas positivas, às forças que podem desenvolver e impulsionar o ser humano para o construtivo. Um dos pilares da educação é o exemplo e, por isso, o destaque do melhor, de grandes atitudes deve ser a tônica para chegar ao melhor resultado. Um exemplo: Está provado que um viciado , qualquer vício, cabeça do casal, pode levar os filhos a repetirem a prática.


Por isso mesmo, não acredito na condução dada em comemoração, em destaques para Dia da mulher ou do homem; da forma como é feita. Minha proposta, e  não vou abrir mão dela, é unificação de interesses, é buscar a convivência harmônica e perene. Educar homens e mulheres para controle dos seus maus instintos. Eu sei que é utopia. O ser humano  existe e sobreviveu porque não é coisa boa. Mas a utopia nunca deve perder para a perversidade.

domingo, 5 de março de 2017

Nuvem negra no horizonte

                                 
Se tem um assunto político  que  me dá nos nervos, quase supito, é querer fazer do Brasil um parlamentarismo. Nem quero lembra-me do uso desse sistema de governo, para dar ponto sem nó, na época do Jango. Quem deu a ideia foi Tancredo Neves, assumindo ser primeiro ministro quando Jânio renunciou e a elite temia Jango no poder por ter tendências comunistas. A gambiarra foi feita, não deu certo, voltou-se atrás e acabamos com vinte anos de ditadura nas costas.  Tancredo Neves  nunca conseguiu ser presidente da república.

Volta e meia aparecem os com essa conversa atravessada. Mesmo havendo dois plebiscitos nacionais, dizendo não. Quem capitaneia o discurso são os paulistas. Com oitenta deputados federais e a conversa mole que carregam o Brasil nas costas, o resto do Brasil merece ficar sentado enquanto ocupam cargos de mando e usam os nordestinos para fazer nuvem de poeira no parlamento, escondendo  falcatruas. Eles tem certeza que são merecedores.


Já foi o tempo em que MG produzia grandes pensadores na política. Com a ditadura, os paulistas acabaram com as únicas lideranças mineiras e impediram o surgimento de novas. O sistema permitiu preencher as vagas com jogadores de futebol, radialistas ou herdeiros mimados de antigos caciques de peso. Acabou e MG não produziu e não produz  mais nada que preste. Já foi o tempo em que um mineiro na política era respeitado e até temido por sua ponderação e capacidade de compor e realizar. Hoje, nem isso. Só inventam formas de roubar o povo.


Eu já fui liderança política e participava muito de debates na televisão. Como tenho facilidade para expor minhas idéias e minha dicção é universal, sem nenhum sotaque identificável, eu fiz muitas palestras, também defendendo o presidencialismo. Em muitas delas, haviam na mesa de debates parlamentares ou executivos. Naquele tempo, lideranças populares eram ouvidas e filósofos do achismo passavam longe.


Então, uma noite, acompanhei meu marido em um coquetel político, em Vitória/ES, onde compareceram o governador, os senadores, deputados e uma gama grande de segundo escalão. Meu marido era do terceiro escalão. Estávamos nós, tomando um vinho branco e conversando, em um grupo de engenheiros e empresários quando o governador e um senador pararam na nossa frente. Interromperam a conversa e o senador dirigiu-se a mim, perguntando de onde eu era. Respondi que era de Vitória. Ele insistiu querendo saber onde nasci e fui criada. Quando eu disse que era mineira de Belo Horizonte onde estudei e que cheguei a Vitória já adulta e advogada, ele virou-se para o governador e disse:
- Não falei ?! Ganhei a aposta...

Então o governador me disse que o senador apostara com ele que eu era mineira pela minha postura política, típica dos mineiros, minha forma de argumentar, liderar, defender e conduzir as propostas do meu grupo. O senador replicou que os mineiros eram os maiores políticos que ele havia conhecido em toda sua carreira e sempre encontravam uma saída para os problemas do Brasil. Que enquanto o paulista sempre era o preferido para conduzir a área econômica, o mineiro era  a saída para os impasses políticos. Que o dia em que Minas Gerais deixasse de produzir políticos o Brasil ficaria em uma encruzilhada.

Esse dia chegou.




DNA explica

                                               -Já viu? Vale a pena...

É muito interessante verificar que blogueiros cujo tema versa  sobre esmaltes, cosméticos, cabelo e suas pinturas, chegam a viver de publicidade estampada em suas páginas. O número de acessos beiram milhões, os comentários são centenas e seus seguidores milhares. A renda proveniente desses produtos beira a bilhões de dólares. Gera emprego e renda no mundo todo.

Um participante de conversa fiada, na televisão, disse que teve uma namorada que maquiava-se muito pouco, usava o cabelo natural e dizia ser incompreensível para ela, um homem suportar as mulheres pelo nível de futilidades e falta de senso. Por isso, um dia, ele perguntou a moça se ela era gay. Ante o espanto da moça e de suas argumentações, feitas para a namorada, que uma mulher que não aceita os instrumentos de  feminilidade da mulher só pode ser gay, a resposta foi afirmativa. Depois, a moça deu o fora nele sem explicações e até hoje ele não sabe onde errou. Mas tem dúvidas se ela é gay.(!!!!!)

Eu tenho a convicção que cada um vive como quer. Ninguém tem o direito de julgar tipos e modos se não é crime. Muito menos dar rótulos ou exigências descabidas. Até as drogas sou favorável a liberação porque não me conformo de pagar com os impostos a recuperação dos boas vidas ou doentes, sei lá. A criminalidade cairia noventa por cento. Bêbado existe em todo lugar, se organiza e trata de suas mazelas sem precisar usar o dinheiro público. O mesmo será feito com os drogados, visto não precisar esconder mais nada.

A mesma coisa é a aparência, a moradia e o estilo de vida. O DNA é a única força de conduta do ser humano. Embora Freud afirme que é o inconsciente. Mas ele é anterior ao DNA.  Portanto, cada qual que se organize e exclua quem não é compatível. O que não pode é insistir em enquadrar o que não é enquadrável.

Nota: Estou indo no blog Grande Onda mas lá não tem como  comentar. Fica aqui o registro.

quinta-feira, 2 de março de 2017

A natureza ao natural

                      Gravei cinco minutos mas o Youtube só aceitou esse tempo.


A chuva foi muita. Mal deu tempo de correr e fechar as janelas. Minha casa é feita para apreciar a chuva. Meu marido era um poeta e as manifestações da natureza sempre foram privilegiadas em seus projetos. Ele deve estar revirando-se na tumba porque mudei algumas características quando coloquei um toldo que é fechado quando começa a chover e não cair água dentro de casa. Ele ficava sentado em frente, apreciando a chuva cair, espalhar dentro de casa, tudo feito para ser assim. É uma espécie de janela mas é um pergolado no meio da casa. Se não chove fica aberto e ventila bastante. Nem uso ventilador em pleno verão. Mesmo porque tem muitos jardins e, como consequência, muitas plantas e gramas que não sei até quando vou conseguir manter bonitas. Tomara que me deem incentivo para quando eu estiver com oitenta anos.

De qualquer forma, a tempestade de verão caiu forte durante vinte minutos com trovões e relâmpagos, um atrás do outro. Pensei que iria cair na árvore, na casa, no prédio da frente que está com o para-raios estragado e eles nem sabem, embora eu tenha avisado ao administrador. Fez estragos na cidade, choveu pedras em alguns lugares mas estamos vivos.

De diabo a ermitão

                             
      
Começa o ano útil com o fim do carnaval. 

Quando  criança, o máximo era  ver os desfiles e blocos nas ruas. 
Não havia essa ingenuidade que alguém imagina para aqueles tempos. Carnaval sempre foi água turva. E, assim é sua característica. O Lança Perfumes foi proibido não porque Jânio Quadros era maluco mas porque matava jovens que inalavam muito. Quem vai esquecer  uma notícia que o filho de algum conhecido caiu da sacada do clube, depois de cheirar bastante ? 

Pulamos em clubes fechados e valeu a pena. Foram bailes memoráveis e paqueras homéricas. As fantasias nós desenhávamos e mamãe fazia na máquina Singer. Papai comprou uma joelheira ortopédica porque no último dia meu joelho estava doendo e a fantasia era de jogador de futebol, adaptada para o fato e estilizada. Como esquecer dos entreveros onde, no salão, uma noiva jogava aliança no noivo porque este dançava com outra? Ela, sentada na mesa com cara fechada e o noivo, animado, dançava com outra. 
E, os ex namorados, algumas paixões enrustidas, apareciam na festa com a nova namorada  loira, os dois sem aproveitar a folia e com cara de panela. Que se danasse a dor de cotovelo, era carnaval e se fosse para ficar sem pular, melhor ficar em casa.

Ou o dia em que, em plena ditadura, o Jacaré da Medicina ( porque vivia na água) apareceu vestido de Guerrilheiro do Caparaó de espingarda e tudo e foi barrado na porta. Voltou de fraldão e chupetão, fantasiado de bebê chorão. Foi colocado pra fora do salão porque tirou a camisa, para dar mais realidade a sua fantasia. 

Enquanto umas esbaldavam-se no calor e suor, outras fantasiavam-se com peças maravilhosas, compradas em butiques, pulavam moderadamente para não suar; nem pensar em ficar feia. 

Ah! Lembrei-me daqueles rapazes que levavam bolsas com camisas para trocar durante a noite e não perder a elegância.

Tudo na esbórnia como sempre foi. Ainda bem que os dias contam e o tempo devia passar somente para os intragáveis que não sabem viver.

Quem não aproveitou perdeu. Nem que fosse para ter do que lembrar-se  e não se tornar azedo, bradando contra a folia e contra quem sabe que do mundo nada se leva. Ou porque o diabo quando fica velho, torna-se ermitão.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Corrigindo o português!

                                       - Que maldade !

A internet abriu as portas para o mundo. Qualquer um pode entrar em uma página nas diversas formas de manifestação da nuvem tecnológica. Desde os semi analfabetos, os metidos a sabichões e os doentes mentais. Não faço parte daqueles que consideram que, somente os letrados tem direito de escrever seus textos, sejam eles quais forem. E, em alguns é preciso atenção para entender o que a pessoa quer dizer. Mesmo assim , sou a favor deles. Refiro-me a comentários em textos de qualquer natureza. O importante é que a pessoa está lendo e tentando comunicar-se. Não gosto nada dos  entendidos no idioma a corrigir, debochar e querer fazer valer a correção e o primor na escrita. Fariam melhor se fizessem sua manifestação, corrigindo sem ofender mas ensinando de forma indireta. Houve até alguém, dentro do Ministério da Educação, defendendo a tese de aceitação da escrita disforme como se falando estivesse. A grita foi geral e não prevaleceu.

Mas o insuportável é aquele que cultiva a arte de ser estúpido, grosseiro e azedo na expressão da palavra. Esse não tem perdão. Conforme seja a tragédia do dia, as páginas dos jornais escritos, falados e da internet destilam desgraça, raiva e poder destrutivo. É esse o dia em que não se pode ver nada nos jornais. E, por pior que pareça, melhor é bandear para ver o BBB. Que azar!

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Parte com o demônio

Desenho representativo da misoginia do sistema 
                                                       
O Poder Judiciário no Brasil é a causa direta da incapacidade do país  sair do atraso, avançar na ética e construir uma nação de verdade. A magistratura é calcada em  gente sem escrúpulos e focada no próprio umbigo. Sua grande maioria pertence a uma classe social acostumada a ter o melhor da produção social e tem certeza ser merecedora. Por poder estudar em melhores colégios, viajar pra cima e pra baixo e ter um meio social mais culto, essa gente tem certeza que os parcos de inteligência ou de chance na vida é inferior, com todas as letras.

O STF dá o exemplo da irresponsabilidade e da distância entre essa classe nefasta e os anseios do povo. Não contente em abrir espaço para indenizar criminosos que sofrem em prisão indigna, agora vem a notícia que o goleiro Bruno, condenado a vinte e dois anos de cadeia, preso há quase sete anos, pode librar-se solto porque sua sentença não transitou em julgado. É sabido da alta periculosidade desse indivíduo e do crime hediondo do qual ele foi coautor, matando a amante com torturas, queimando e desaparecendo com seus restos mortais. Mas o ministro do STF tem certeza que não foi provado o dolo e por sentença sem trânsito em julgado. O escrever rebuscado faz parte para mostrar a distância imposta entre quem está no oráculo e o imbecil que o escuta.

Depois aparece idiota para dizer que é coisa de comunista quando um grupo de miseráveis, de excluídos parte pra cima da polícia quando querem retirá-los da pocilga em que vivem.

Se uma pessoa não tem parte com o demônio, não se atreva em ser magistrado. É condição sine qua non.

Não sabia? KLIKA

O conto que conta

Casa do meu bisavô paterno, Chico Leonel, em Pium-i / MG
                                   
O bom de ser brasileiro da gema é que não assume sonhos desfeitos de quem veio de fora enxotado como cachorro sarnento.

Ouvir contar casos do Brasil sendo construído aos poucos, forja a personalidade e dá respaldo para entender melhor como um país pode ser formado sem precisar copiar o estrangeiro.

Os contadores de causos são importantes porque passam os costumes nas histórias que contam. E meu bisavô paterno era contador de causo. Em um tempo em que não haviam os meios modernos de comunicação e entretenimento, sobrava tempo para a roda na praça ou os saraus nas casas. Também não impede que ainda hajam contadores capazes de reunir em volta deles muita gente presa a capacidade de enredar as atenções. Meu irmão Fernando poderia ter ficado famoso e rico se tivesse tido incentivo porque dava de mil nesses piadistas que aparecem na televisão. Não sei porque não enveredou por esse caminho. Um mistério que ele nunca me respondeu.

Então, cuidado com o que você fala para seus filhos. Especialmente em um momento conturbado onde a corrupção é a tônica. Comparar com o estrangeiro no estágio atual é passar coisa pronta que não tem o brilho do ouro como aparenta ter. Toda nação foi construída aos trancos e barrancos. A diferença de idade de um país para outro conta muito.                                        

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Feche a porta e não olhe para trás

                             

Apenas para informar os  desavisados que o imigrante brasileiro no Japão, se tiver filhos, estes não serão japoneses. Não há como registrar uma pessoa nascida que não seja japonês da gema. Para resolver o problema, o Brasil fez uma lei para os filhos dos brasileiros, filhos estes nascidos no Japão, serem registrados na Embaixada do Brasil como brasileiros. Até então não tinham registro, eram apátridas, sem condição  sequer de estudar, por exemplo.

Não posso crer que pessoas descendentes de estrangeiros, chegados ao Brasil tocados pela miséria, arregimentados por campanha dos governos de origem para imigrarem, como solução da pobreza de seus países, ainda são capazes de admirar esses lugares. Pois, nenhum de nós está aqui porque seus ascendentes eram ricos, letrados e inseridos em uma sociedade,  mantida pela morte e dor de seus excluídos. 

Agora a Noruega, como solução para expatriação de imigrantes, encontrou uma saída à altura de seu lugar no mundo. Está investigando quem mentiu ao entrar no país e se constatar que a razão declarada é falsa, vai colocar para fora os pais que mentiram e os filhos nascidos na Noruega. Rua, porque naquela terra insonsa e nula para a humanidade, só pode acoitar vestais certificados.
Não contam que seu bem-estar está alicerçado em um petróleo extraído do fundo das águas profundas e pago com a morte ou debilidade de mergulhadores usados e manipulados cientificamente pelo governo associado ao USA. Estes mergulhadores descobriram o embuste após pesquisa e sacrifício próprios. Jamais foram indenizados assim como suas famílias. Tudo abafado a sete chaves. Afinal, para as vestais, isso não conta no mundo real.

Com todos os nossos defeitos, ainda somos melhores que muita gente amada e elogiada por brasileiro. Saiam mas queimem suas caravelas.

Nota: Se puder #compartilhe

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

No fim do arco-iris tem uma cloaca

Foto de Andriça Maia
                                   

Não é quem, é como. É o ponto em que chegou essa república nas mãos de uma gente que se mantém no poder porque se acha com esse direito, revesando entre eles, fatiando desonra.

A Constituição manda repor uma peça do STF, indicando quem for probo e com grande conhecimento das leis. Isso não é aval para colocar gente espertinha com trânsito nos corredores do poder. Do jeito que fazem é impossível um anônimo, estudioso e comprometido com o direito, ser escolhido para fazer parte dos quadros do STF. Escolhem os achistas. Então, na sabatina, ele acha isso, acha aquilo e vira remelexo de opiniões políticas. Tudo transforma-se em uma pantomima disforme de agressões político partidária ou exposição de teorias presas a culturas vetustas e desligadas do país. O Senado da república é antro de bestas sem cérebro.

A ética desapareceu dos quadros do STF porque não é levado em conta o julgador mas o político, amigo dos amigos, do poder, os sabujos da hora. O argumento que alguém foi escolhido, anteriormente assim, não pode prosperar. É argumento de gente ignorante.

Quando eu fui ao Projeto Rondon, em Coari no Amazonas, fiz palestras a pedido do estudante de medicina cujo tema era a importância de filtrar ou ferver a água para beber. O futuro médico não sentia-se seguro para falar em público e pediu-me que o fizesse em seu lugar. A palestra foi no salão da escola e ficou cheio. Expliquei a razão da necessidade de ferver a água, o tempo de fervura e como fazer para voltar a ter oxigênio nela. Falei de várias formas e jeitos. Escolhi as palavras e as formas de expressão. Quando terminei, perguntei se tinham entendido. Então, pedi um e outro para repetir.  Eu mesma voltei a falar e a explicar. Lá pelas tantas uma pessoa pediu a palavra e disse que aquilo tudo era uma bobagem, coisa de lugar longe dali, que sempre beberam água dos rios sem ferver e estavam todos ali sem problemas. Mesmo depois que expliquei, que as filas no posto para atendimento com o doutor, haviam doenças cuja consequência era a verminose contida na água natural, vários passaram manifestar-se, dizendo que sempre foi assim e que continuaria a ser  assim.

Se não houver a cultura da mudança, do buscar o melhor, a evolução da vida e da melhoria em tudo, o avançar na civilização, não seremos uma grande nação. Muito menos haverá evolução do país governado pelo mal exemplo em ética, com poderosos de inteligência limitada, falta de raciocínio e avaliação do futuro, preguiça mental própria dos países subdesenvolvidos.

Lideres da mediocridade e evasão de quem abandonou a esperança.


segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

A felicidade está longe do STF

- Brasil para quem é alegre 
                         
Nem sempre moramos em um lugar onde pensamos ou planejamos. Mas já que estamos aqui, precisamos fazer da nossa estada  algo que valha a pena.
Quando vemos fotos da zoropa é sempre prédios antigos, velhos, reformados à exaustão. Há muito é lugar do passado e se não houvesse o Brasil, como outras plagas, aquilo seria inviável. Talvez fizessem novas guerras para matar os gentios.
Comparar Brasil com outros lugares demonstra equívoco total da história e das propostas da formação do novo.
Eu sou contra sair e estudar em outros lugares, a não ser para fazer especialização técnico científica. Mas, para estudar filosofia e derivados periga voltar com visão equivocada de sua própria terra natal.

Como exemplo simples e rasteiro, menciono a petralhada que foi estudar nos EUA com bolsas de estudos pagos pelo povo brasileiro. Quando voltaram, vieram com o discurso afiado do racismo e muitos outros que por aqui não existia. Nem precisava ir lá fora para voltar com a cabeça feita . Bastava ler mais e procurar soluções brasileiras para nossa gente, sem precisar trazer discurso mal adaptado. Quer coisa mais ridícula trazer para o Brasil a especulação racista das origens  de um e outro ? Citar alguém no Brasil como afro descendente, ítalo descendente é de um ridículo beirado a pândega intelectualóide.

Como se não bastasse, essa elitizinha surgida do nada tem a novidade de falar mal do carnaval. Sai do Brasil, talvez a estudar em algum lugar macambuzio e volta mal humorado não concordando com a alegria do povo que faz piada de tudo. Não sabem que o brasileiro é citado no Japão onde existem  exercícios para pessoas rirem mais.  Alemão, o certinho do planeta, tem motivo para não rir porque pesa sobre eles horrores indescritíveis e ainda não esquecidos. Ainda bem que eles tem vergonha embora não possa dar moleza senão eles tripudiam. Minha irmã foi a Polônia e ficou pasma com a tristeza do povo, a forma contrita de andarem nas ruas e chegou a passar mal com o ambiente triste do lugar. Dos USA não digo nada porque é um país imenso e diversificado e também tem proposta do moderno.

O que eu quero dizer é que, o brasileiro que não gosta da vida, não quer construir uma nação e pegar tudo pronto, que o mundo está precisando de serviçais de segunda linha. E, mal falando a língua do lugar, serviço não falta lá fora. Mesmo sendo a morar com casinha merreca mas garantida. Cidadania e inserção? Essa eu não sei se vai conseguir. Não tenho notícias nem de jogador de futebol, ganhando muita grana, conseguir sequer namorar uma moça do lugar. Queiram ou não queiram, melhor trabalhar, planejar, poupar e ler menos sobre o que fazem os ministros do STF.

domingo, 19 de fevereiro de 2017

Carnaval na paz

                                - O Loft para alugar para temporada

Os tamborins já começam a esquentar porque o carnaval se avizinha. Com ele os foliões prontos para pular e esbaldar-se. Mas também vem os chatos, os azedos de roldão, lamuriando como sempre, não gostam da festa.

Para quem não gosta de carnaval e sua cidade vive intensamente a data,  resta sair da cidade e passar os dias em outro lugar. Meus filhos tem um loft para alugar para gente educada porque é completo e foi comprado de porteira fechada de uma decoradora mega caprichosa. É uma beleza. Cabem quatro pessoas porque tem duas camas de casal, no mesmo quarteirão da praia. Vai ser alugado por temporada porque é mobiliado, tem tudo e tudo para uma pessoa ficar muito melhor que em hotel. Dividido por quatro fica mais barato. Minha parentada hospeda-se assim quando viaja, inclusive para o exterior. Alguns lugares pega e devolve a chave com alguém mas nas zoropa, quando sai, deixa a chave dentro do ap e fecha a porta. Tudo para gente civilizada.

Carnaval mesmo existe em poucos lugares. Eu me lembro de uma vez em que fui a Belo Horizonte/MG na data do carnaval e, quando cheguei tinha uma faixa na rua, lá pros lados do Bairro Funcionários, chegando na Praça da Liberdade :
- Silêncio! É carnaval em BH.

Portanto, não sejam azedos de primeira linha, a vida é boa para quem sabe viver. E reclamar demais, dizem, leva ao câncer que é doença dos amargurados.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Não deu para parar

                                        


Generalizar qualquer coisa é perigoso, quanto mais sobre um país imenso e diversificado como o Brasil. Aqui, pela experiência que eu tenho, quase nada ou nada, cada estado da federação é um país com costumes, sotaques, comidas, roupas e forma de expressar. Em alguns lugares uma palavra pode ter um significado diferente. O mesmo deve se dar com o inglês e nos lugares onde é língua oficial. Os idiomas são mutáveis. O próprio português nasceu dos gentios que falavam espanhol e por isso é mais simples, menos rebuscado mas quem conhece  os dois idiomas consegue entender como se fosse único.

Portanto, a forma como o ES e o RJ trataram os terroristas de fardas que se esconderam debaixo das saias das mulheres foi completamente diferente. Eu tenho a convicção absoluta que a forma como as mulheres foram tratadas é o reflexo de como é a mulher fluminense e a mulher capixaba. Para não dizer, os homens de cada estado.

Já descrevi como é a mulher capixaba ( KLIKA ) e como os homens são mansos no domínio delas. E, percebo que o homem e a mulher fluminense respeitam-se mais e invadem menos os espaços de cada um. Portanto, a reação no RJ quando as mulheres fizeram campana na frente das portas dos quartéis, as lideranças foram mais fortes, a tropa mais bem treinada e independente do comando que não fosse o da sua profissão. Talvez já tivessem o sinal do que aconteceu no ES onde os policiais estão respondendo criminal e militarmente por seus crimes, inclusive as mulheres, e que não foram poucos.

Parabéns PM do Rio de Janeiro, tão injustiçada, tão perseguida porque uns poucos são corruptos e cedem aos bandidos. Mas morrem como moscas e na flor da idade, protegendo a sociedade e deixando um rastro de sangue no coração das suas famílias.
Não cederam à pressão de algumas malucas e , poderão até pagar o preço em suas casas mas foram profissionais e competentes.

                                   ¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
- Ah, você é o Ramos?
- Major Ramos pra você...

Plantando buriti

                                  
Subindo a rua para vir para minha casa, passo em frente a um prédio onde tem uma palmeira que eu suspeito ser um buriti. Pelas folhas e os frutos que caem no chão parece ser um buriti.

Um certo dia, tropeçando nos frutos, espalhados pelo passeio, peguei  três ou quatro e plantei à esmo, no canteiro, outro em um vaso grande e num vaso pequeno.

O que germinou no vaso pequeno era forte e bonito. Desconheci os outros, esperei pegar e passei para uma lata de tinta que guardei para isso mesmo. Tem dois anos mais ou menos. Está uma planta belíssima e eu já cogito duas saídas: Uma, deixar na lata mais uns dois ou três anos ( se eu viver até lá) ou plantar na calçada  na próxima vez que chover dias seguidos.

Precisa ser em um lugar onde parte da tarde dê uma sombra. Já escolhi, na rua perpendicular à minha, onde o prédio faz sombra no lugar à tarde.

Como diz Pero Vaz de Caminha na Certidão de Nascimento  do Brasil: 
- Nessa terra, em se plantando, tudo dá.

                                        
O mesmo buriti, seis meses atrás.