segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Incentivo e aprendizagem

                                   


Preciso registrar minhas observações sobre o clã de Chefe Boran. Ele é o sagui, macho alfa, que apareceu na minha vizinhança com uma fêmea e um filhote.
Chamei um técnico da Secretaria de Meio Ambiente para planejarmos o controle do nascimento dos filhotes, dois de cada gestação, uma a cada semestre.
Ele ficou encantado com os saguis, nunca tinha visto um de perto a ponto de poder passar a mão. Veio com o discurso de não poder alimentar, tese feita por algum sabido que desconhece a realidade. E, concordou que a saída é a castração do macho alfa. Eu estou disposta a pagar o veterinário mas preciso de licença do IBAMA e quem consegue isso é a Secretaria de Meio Ambiente. O técnico ficou de dar retorno mas é preciso esperar a mudança de gestão com o novo prefeito.

Ao que eu disse que o pessoal do IBAMA havia deixado os saguis aqui perto, ele disse que deve ter sido alguém que os mantinha cativos e ficaram agressivos. Eu concordei porque macho alfa não se faz, nasce. E, Chefe Boran não deve se sujeitado ao cativeiro. 

Tenho feito vários textos para mostrar quão é maravilhoso esse macho alfa mas o prazer de ver ele agir é muito maior.

Pela manhã um dos filhotes, talvez o maior do vídeo e que nasceu em fevereiro, caiu várias vezes na tentativa de sair da cozinha e não conseguia. Os outros correram mas Chefe Boran ficou na saída , grunhindo como se incentivasse o filhote. Quando o pequeno alcançou o pai, pasmem, Chefe Boran o abraçou como se perguntasse se estava tudo bem. Eu não interferi porque já notei que o pai não interfere nas tentativas de aprendizagem dos filhotes e, no máximo, executa a tarefa para mostrar como deve ser feito. E, mais uma vez, pude presenciar esta cena e lamento não poder filmar para mostrar para vocês.

Eu não sei sei se bicho pensa mas é impressionante o que observo nesse sagui e seu bando, o retrato do pai, bonito, manso e de pulso firme. Ele deixa os filhotes no meu quintal porque sabe que, por aqui, também manda e desmanda.

                                  




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